Guardo bem a sua imagem
Na entrada da fazenda
Com sua fragilidade
Mostrando a simplicidade
Quando em tempo de moagem
Uma estrada de rodagem
Por onde tudo passava
Acabava o teu sossego
Ainda tenho na lembrança
Teu retrato, tua imagem
Sua madeira lavrada
Pelo sol tão ressequida
Sem trato, já encardida
E o mourão de aroeira
Que se cobria de poeira
A cada carro que passava
O sol forte, inclemente
Tratou de lhe envelhecer
Mas, quem passou ao teu lado
Nunca vai te esquecer
Ainda guarda certamente
Num canto do coração
A exata dimensão
Do que fostes no passado
Hoje vives desprezada
Num tronco velho encostada
Mas, ainda és capaz
De revirar a saudade
Sacudir minha lembrança
Remoendo a minha dor
Ao lembrar dos que passaram
E por ti nunca voltaram
Marcos Barreto de Melo
3 comentários:
Marcos,
Grande Poeta!!!
Você sempre trazendo pra nós suas lembranças, com seu dom da poesia.
Grande abraço
Aloísio
Parabéns, poeta !
Grande abraço.
Socorro e Aloísio,
Quisera eu ser poeta!
Sou apenas um aprendiz. Obrigado a vocês pelo estímulo.
abraço,
Marcos
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