Socorrendo Socorro
Ninguém pega no pé
Não nasci pra papagaio
Mas confesso que a muié
Muitas vezes dá trabaio
E se o home é a besta fera
É porque mora na esfera
De se achar um quebra gaio
É por isso que eu me calo
Desisti, agora tento
Nunca mais cantar de galo
Nem comer pastel de vento
Na parede do reboco
Sem querer me fiz de moco
Pra fugir do desalento
Socorro, fique sabendo
Que esse povo fuxiqueiro
Morre do próprio veneno
Pendurado no poleiro
Toda lingua que se preze
Pode ser que um dia reze
a canção do amor primeiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário