por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Amar com razão ou sem razão ? - Por Socorro Moreira



Assim pensávamos, quando nos apaixonávamos :
Não valia a declaração de amor, sem a promessa de que ele seria pra toda vida.
E para dar maior ênfase, dizíamos, olhos nos olhos, voz emocionada e cheia de medo:
-Não posso viver sem você!
Mas podíamos...
Porque a paixão terminava
As diferenças ficavam acentuadas
E tudo que os dois queriam
Era uma despedida sem traumas.
Impossível!
Um dos dois tinha que sofrer e chorar, até que o encontro de um novo amor lhe trazia o sorriso de volta.
Hoje eu sei o quanto era ilusório a paixão desenfreada, o amor imenso, e as promessas, sob impulso das emoções.
Hoje eu suavizaria o absurdo, e diria:
Não posso te esquecer! Vou gostar de você eternamente.
E esse gostar, esse querer o bem, estar presente quando é lícito e é possível, é uma forma de amor, talvez a mais verdadeira!
O amor que encontra o caminho da harmonia, crescimento na compreensão, é deveras sábio, e abençoado!
Acho difícil a felicidade amorosa. Se existe amor, ela é fato!
Quem sabe alimentar um relacionamento, (pode até sofrer pequenas dores), sem perder a fé, experimenta a felicidade que todos procuramos, pelo menos por algum tempo: um amor para sempre!
Os anos passam , os círculos se renovam , e agora estou vivendo mais no futuro do que no presente. Fechei algumas janelas do passado, mas ficaram brechas no coração, por onde espiono alguns amores e algumas lembranças.
Depois que passa um tempo, a gente percebe quem fez a diferença. Quem foi amor, quem foi amizade, e o sentimento de paixão que não vingou.
Chega um tempo em que o coração se escancara, mas já não faz escolhas. Fica no limbo sentimental, sem ousar viver um inferno amoroso descondensado. E o paraíso? Ele é um oásis, num deserto imaginário. Amor construção é:
Pequenos abalos, alternados de orgasmos, que faz chorar, e sorrir. Que faz serenar e inquietar... Que faz pensar que é como se fosse o primeiro, e será para sempre o único.
Meu coração silencia pequenas impressões, que não calam, nem falam.
O que foi, o que é, você, na minha história?
Um carinho, um cravo-rosa, um som diferente, que acalenta um coração minado?
Que bom, quando uma relação não é finita. Começa no anestésico, e continua, num prazer infindo!


Socorro Moreira

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