por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sexta-feira, 23 de março de 2012

Felicidade e(m) fim !- socorro moreira

-Você é materialista!
Núbia tomou foi um susto...!
Lutou a vida toda pelo equilíbrio das finanças, justo por gastar à toa com livros, alimentação, viagens, e outras coisinhas mais, que tornam a vida prazerosa ou no mínimo suportável.
Não capitalizou, pagou impostos, mais-valia, plano se saúde, afora alguns danos e prejuízos.
Continua fazendo contas, e a contabilidade, sempre pendente, continua lhe tirando o juízo, embora venha melhorando o tino para administrar a própria vida. Supressão é a solução!
Viver com os gastos, na ponta do lápis é o mais estressante de todos os trabalhos.Ninguém logra paciência,iluminação contando o dinheiro, e preocupado com a sobrevivência.
Buda, Cristo, São Francisco e outros terráqueos santificados pelo desapego e amor à humanidade entregaram o que tinham e viviam daquilo que não tinham pelo êxtase da santidade.Ficaram seguidores, a exemplo!
Num estágio comum e humano apertamos os cintos e encontramos a simplicidade.Simplicidade é dignidade! Neste patamar, encontra-se uma minoria.
Núbia trabalhou pra ficar de pernas pro ar, e não ficou. O ócio é estafante, insuportável. A cabeça não para; o sono é salvo- contudo para outra realidade.
Muita gente sofre do mal da ansiedade.. Esta vilã nos conduz aos excessos... Vícios, compulsões de naturezas diversas: trabalho, tabaco, e outras drogas... Como comer, por exemplo.
A gente vive o processo da liberação/desprendimento, paradoxalmente, escravos da sobrevivência.
-Morremos na praia, quase sempre!
Se antes brigávamos pelas horas extras, outras horas nos eram impostas. Quando muito ficávamos com férias no verão, em busca da cor moreno-desbotável. Queríamos o “frisson”, overdose-vida!
Hoje, por que não desligamos a internet, TV; excluímos carros da garagem, e paramos de consumir os enlatados?
-Porque não!
Existem as construções de vida.
O preço do consumo ou da simplicidade é a morte. A busca incessante é a “felicidade”.
Por que não somos andarilhos aspirando sombra e água fresca e um pedaço de pão?
-Porque não!?
Trabalhamos para pagar o essencial e o supérfluo. Alguns pra juntar o que não vai gastar.
Núbia tinha pão com manteiga, cama com travesseiros, e umas mudas de roupas apresentáveis.
No imaterial, o bem comum é o ideal.Respeito ao próximo se não puder amá-lo.
É pra matar o tempo?
-O tempo nos mata!

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