Acho sincero o silêncio do amor não declarado. Por mais sutil que seja a sentença, ela considera o imponderável.
O amor decantado vive da própria essência e prolifera num habitat especial, paralelo à realidade.
Ele é incerto, sendo unilateral.
Ele é completo, no percurso das heras. Ele não vive na espreita, sabe a falta do encalço. Não posso condená-lo, se o campo é imaginário. Meu juízo perdoa a falta de reciprocidade. Levianamente extrapolo em palavras, e deito no rio dos sentimentos as pedras que nos separam. Permeiam águas correntes, que deslizam, nos mares dos prazeres. Unificar o amor é objetivo perene. Objetivá-lo é deixá-lo livre, na corrente que circunda fios interiores.
Quando um dia passar, vou entender que foi vivido, no fórum da eternidade.
Macacos me mordam, corujas guardem os meus segredos... Meu amor é crédito, sem cartão de saque.
É previdência, na providência do vazio, quando se instala.
Nada trágico. Tudo dentro do previsto mensal. E assim os anos e ânimos se sucedem. Começou em Janeiro de um ano infindo.
socorro moreira
4 comentários:
Putz!!! Aí você foi fundOO!
Lindo texto.
Bjus!
Atire a primeira pedra quem nunca teve na vida um amor platônico...
Sensacional! A imagem do cartão de crédito sem a possibilidade de saque é ótima. Mas, aqui para nós, isso não é trágico?
Boas vindas!!!
A transcendência pereniza o sentimento.
Abraços Ângela.
Abraços, Mara !
Socorrinho , voce falou e disse o que tanta gente tem medo de expressar. valeuuuuuuuuuuuuuuuu. bjs, Rosa
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