por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Algodão doce - por Socorro Moreira



O coração comporta muitos amores. A felicidade faz a opção de fidelidade. Num encontro amoroso de qualidade, ela é inerente. Não deixa entrar outros requerentes.
Pra que o desassossego, se o amor só deseja um tempo pro amor?
O malabarismo afetivo é tarefa circense. Por que deixar o circo pegar fogo?
Às vezes acontece...
Não por mal, nem por bem.Por acaso, talvez... Aí, se o sentimento de posse não existir, se a liberdade de amar foi conquistada, os sentimentos são lícitos e administráveis.
Melhor não deixar que a paixão cegue a razão.Deixar que ela siga por aí, sem destino, até se perder de sentir, ou transcender na poesia.

Ocultar emoções pode ser como dissolver um doce de algodão.
Gosto do branco, sem anilinas.Lembram nuvens, onde o rosa é possível.
Prazer  do cinturão queimado, brincadeira que esconde aquilo que procuramos.
Alegria da ciranda de roda com passos cadenciados que exorciza o que nos traz comoção.

Enfim...Nem tudo tem explicação.
Chamo de ilusão o que deveras sinto.
Chamo de realidade  tudo sem solução.

Noite de pensar, sem pesar; de sorrir à toa.
De dormir pra sonhar
E acordar, preocupada com o almoço
Sem o apetite apertar.

Romances morrem no ar.
Soltos, eles voam...
Aterrissam num lugar comum
Chamado lar.
Lá a paz é singular
E a felicidade se cria, e se fomenta
Na cumplicidade do abraço.

Abraços... .Cumprimentos humanos!
Alguns apertados
Outros mais chegados
Uns itinerantes...
Abraço é a expressão sagrada
Do corpo animal, se humanizando!

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