por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Vale conferir - José Nilton Mariano Saraiva




Duas horas e quarenta e cinco minutos de projeção (durante os quais você não consegue tirar o olho da telinha), um roteiro prá lá de inteligente e uma fotografia soberba. O resultado é um “faroeste” daqueles (só visto nos nossos “tempos de menino”), enfocando a importância da “ferrovia” no desbravamento e afirmação do oeste norte-americano, com seus ônus e bônus (e o mais importante, sem nenhum índio por perto), além de uma novidade em filmes da espécie: a ganância humana e o surgimento do tema corrupção, já àquela época.
Tendo por protagonistas a jovem, belíssima e exuberante italiana Cláudia Cardinale (exalando beleza por todos os poros, embora que discretamente), Charles Bronson (como o mocinho durão, esbelto e praticamente em começo de carreira) e Henry Fonda (como o vilão da trama e numa atuação soberba, com o seu olhar frio e implacável), o filme ERA UMA VEZ NO OESTE é algo de magistral e digno de ser visto por quem aprecia um “faroeste” diferente de tudo que você imagina - inclusive e principalmente o “duelo final” entre os personagens de Bronson X Fonda é de arrepiar - quando finalmente Fonda tem a resposta que o incomoda e o persegue durante toda a trama: quem na realidade era Bronson (na realidade, o menino-testemunha ocular do assassinato de um irmão, perpetrado por Fonda, lá atrás). De quebra, num segundo DVD, a opinião de consagrados diretores sobre o filme e a história/bibliografia de todos os principais personagens. Vale conferir.

Adendo:

O ator norte-americano Charles Bronson foi uma das vítimas do Mal de Alzheimer. Perto de perder a vida, aos 81 anos, em 2003, o ator de ERA UMA VEZ NO OESTE praticamente havia esquecido a sua identidade e não se lembrava de nada de seu passado como astro de Hollywood.

2 comentários:

socorro moreira disse...

GOSTO MUITÍSSIMO DOS TEXTOS DO MARIANO SOBRE OS CLÁSSICOS DO CINEMA. AINDA ONTEM ASSISTI A MAIS DOIS: "El Dia que me quieras" com Carlos Gardel(1935) e "Dama por um dia" com Glenn Ford e Bette Davis.
O último ainda assistirei algumas vezes: é demais!
Valeu, amigo!

Abraços.

jose nilton mariano saraiva disse...

Socorro,

Agradecemos e pedimos desculpas por ter esquecido um detalhe por demais relevante: a apropriada trilha musical, que cai como uma luva no desenrolar da trama.
Memorável.