E quando dei por mim
Era tarde demais
Tudo ficou pretérito
Policiado e acobertado
Pela necessidade lânguida
Da carne ardendo
Na privação do desejo
Turvando a água
Trazida da lama
Do fundo do poço
E quando dei por mim
Era mais tarde do que demais
Não dei conta de que sentia
A incompletude do silêncio
Obsequiador que ardia
Mostrando claramente
A borda de uma taça trincada
Fechado para o balanço:
Na vida nada se perde
Tudo se transforma
Em experiência
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