UM OLHAR DE TERNURA
Cicero Braz de Almeida
Te ensinaram que a vida é tão dura,
Que ser forte é realização,
E esconderam a tua ternura
No oásis do teu coração.
Te ensinaram a acordar cedinho.
Lá, no berço, eu queria carinho.
Esqueceram que a tua verdade
É chão, fazendo nosso caminho.
Esqueceram, pai,
Que parto não é só de montanha
Que amar é sublime
Que na vida o amor é que ganha.
Se um dia eu ficar bem tristonho
E sentir os meus olhos sem brilho,
Lembrarei que, também, tenho filhos,
Que sou pai, que também tenho sonhos
De mostrar minha realização.
Vou lembrar que nós somos iguais:
Pai e filho, homem e trabalhador
Lembrarei que um porto seguro
Não precisa de um homem tão duro
Basta, apenas, um olhar bem maduro,
Basta, apenas, um gesto de amor.
Um comentário:
Parabéns pelo texto!
Abraços
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