Nem claro e nem escuro. Pode ser um estado transitório, mas nunca se sabe o destino quando nele se encontra. Mas uma voz do outro lado da ligação se põe fora do novelo em me encontrava com estas palavras:
- Doutor José? Sou eu! Tô escondido! Tô Baleado! É o Luiz Carlos! O Pitico! Do Escondidinho!
Luiz Carlos Prestes veio-me o nome revolucionário. Algo maior do que os nossos pequenos cantos de apartamentos, do que nossas prateleiras de tijolos repletas de livros estruturalistas e existencialistas, da revista da Civilização Brasileira, da revista da Vozes, dos textos de sociologia e antropologia. Prestes o herói de um século de sangue, de um século de revolução. Quando no máximo fomos mochileiros na cordilheira dos Andes, procurando encontrar os caminhos de Tché Guerava e nos reduzimos a contar a aventura aos colegas de faculdade, quando o supremo desafio foi dormir numa cabana indígena em Copacabana, na beira do lago Titicaca. Por quais caminhos andei, na busca a meia luz em torno do nome Luiz Carlos.
- Doutor? Ë o Pitico!
22.09.2005
José do Vale pinheiro Feitosa
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