por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sexta-feira, 10 de junho de 2011



Chove
e a gente não sabe
se é outono ou inverno
ou se é o verão que chora !

Parece que o mundo e a natureza
se esfregam , se lavam, se ensaboam
Tudo tem movimento
barulhos e cheiros .

Depois da chuva ,
menino levado,
corta os rabichos dos vaga-lumes
E eles nem acendem, nem apagam.

Da flor
pinga uma gota de chuva
E a gota contém o mar
E o mar afoga a minha dor .

A chuva passou .
Um cometa passa,
me agarro na sua cauda, e vou ...
Promessas me puxam,mas eu volto ,
quando mais um verso ,
sair do meu forno
esquentado de amor.

(socorro)

Um comentário:

Aloísio disse...

Socorro,

Uma beleza esta sua poesia.
Gostei da sua construção "um verão que chora", recordei da música "Verão" [Fernando de Oliveira/letra - Rosa Passos / músic](Chove tanto nos meus sentimentos / E é verão! é verão! é verão!).

Abraços
Aloísio