entre paredes roçar as costas
riscar o chão com as solas
amarelas dos pés
escrever sobre coisas perto
fustigar papéis
com a língua amarga logo cedo
por trás do vidro
lá fora
onde se entregam gritos
e outras formas de esmola
as luzes num convite
para que cada um se vire
e esvazie sua própria hora
de devaneios
deixe fincar-se o presente
com suas lâminas e suas bocas
num dia assim
2 comentários:
Ninguém vive sem solidão. Ela é amiga comum.
Isso é verdade. Ainda bem que tem a música, os livros e os bares.
Abraço.
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