por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sexta-feira, 29 de abril de 2011

Só chove

Se cantasse como chove
de música minha alma se inundaria.
Chove a cântaros e me comove
Tanto e quanto uma melodia.

E sonhos inteiriços teço
com alguma maestria.
Cítaras noturnas, eu não mereço
que acalmem a minha nostalgia.

Se rimasse como a água cai
(fendas d'água em vértices sem fim),
minha alma não suportaria mais
tanta poesia minando dentro de mim.

E versos maravilhosos canto
como se não servisse a outro fim.
Mas a poesia em mim é um manto
que me cobre, quando chove assim.

Um comentário:

socorro moreira disse...

Lindo demais, Luiz !

Beijo!