por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



domingo, 13 de março de 2011

DIA INTERNACIONAL DA MULHER- Por Norma Hauer


. Gostaria de tecer alguns comentários sobre o Dia Internacional da Mulher. Sabemos que existem mulheres que venceram preconceitos e "abriram as portas" para nós, que nascemos no século 20.
Mas sabemos, que ainda na metade desse século, a mentalidade era a de mulher esposa e mãe,"dirigindo" tanques e fogões.

É muito bonito comemorarmos nosso dia entre flores e abraços, é muito bonito o porquê (ou os porquês) dessas comemorações, é muito bonito sabermos que nossos amigos, nossos parentes, nossa imprensa, nosso comércio festeja, cada um a seu modo, o dia Internacional (?) da Mulher, mas...será internacional mesmo?

E como nasceu “esse dia”?
Tudo começou no dia 8 de março de 1857, quando operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica em que trabalhavam e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga horária para dez horas, equiparação com os salários dos homens e outras reivindicações.
Que conseguiram?.
A morte, através de um ato selvagem que as matou em um grande incêndio na mesma fábrica,
Nada foi feito na época, mas a data ficou marcada e em, 1910, em uma conferência na Dinamarca foi decidido que o dia 8 de março seria o Dia Internacional da Mulher.
A data só seria oficializada em 1975, por um decreto da ONU.
Mas nessa data já existiam aquelas que venceram as fronteiras do possível e do impossível e que foram verdadeiras heroínas.

Uma que mais admiro é Nair de Teffé que, mesmo esposa de um Marechal que "estava" Presidente da República, ousou apresentar obras e a própria Chiquinha Gonzaga no Palácio do Catete (já no século 20) sendo, também, uma cartunista em um meio masculino.
Adotou para tal o nome Rian.

Tudo ótimo, mas... será Dia Internacional ou Ocidental da Mulher?

Vencemos e nos gabamos de que hoje podemos quase tudo, mas será?

Como são vistas as mulheres na China, com todo o comunismo? Por que lá se tem o direito (e até o dever) de abortar fetos do sexo feminino? Agora é fácil; antes tinha-se que esperar o nascimento para saber o sexo da criança. E matava-se, se fosse menina.
E no Japão ?
Até há pouco tempo, o Imperador pensava como Henrique VIII e queria divorciar-se porque sua mulher não lhe dava um filho homem. Parece que ele não sabe o que determina o sexo da criança. Para nascer um menino, o pai deverá "doar" um cromossoma Y, que a mãe jamais terá. Logo é ele e não ela que terá de gerar filho homem. Henrique VIII não sabia disso, mas Ankito deve saber
A princesa não agüentava mais viver no claustro da família imperial. Definhava. Hoje não sei com estão as coisas por lá.

Pobres mulheres dos países islâmicos !...Essas, além de serem totalmente subordinadas aos homens, ainda têm de dividir seus maridos com outras esposas e concubinas. A lei permite 4 esposas e quantas concubinas quiserem, desde que possam sustentá-las.
Estive com 4 amigos em Casablanca e fomos convidados a cear na casa de um motorista de táxi que nos tratou com toda cortesia, mas sua esposa não pode sentar-se à mesa,ou melhor, nas almofadas como anfitriã.

As mulheres dos países árabes ainda se podem considerar felizes.
Há países na África (parece-me que um é a Nigéria) em que as meninas são castradas ao nascer; além disso, têm seu órgão genital "costurado", deixando uma pequena passagem para a menstruação. Não basta ser virgem.
O órgão será "descosturado" pelo marido.
Há, ainda, países africanos nos quais, na puberdade, mutila-se novamente a menina, dessa vez retirando os "grandes e pequenos lábios".
Tudo para que elas não sintam prazeres

É, nós mulheres ocidentais podemos agradecer a Deus, ou ao destino ou que outro nome tenha (não Alá) termos nascido sob o signo da liberdade "abrindo as asas sobre nós".
E podemos comemorar o Dia Internacional (? ) da Mulher, mas...será internacional mesmo?

Ou será, apenas Ocidental ?

Como já disse, no país mais povoado do mundo, com mais de 1 bilhão de habitantes (a China) , ainda se tem o direito de abortar feto do sexo feminino ( antes eram mortas após o nascimento, porque não se tinha como saber o sexo antes do parto),

E a China é um país adiantado, em grande desenvolvimento, apesar de ser um dos mais antigos do mundo.

Os esquimós (considerados primitivos) também têm o hábito (e mais do que isso, o dever) de eliminar crianças do sexo feminino.

Os muçulmanos, podem ter tantas mulheres quanto desejarem, mas se acham no direito de apedrejar em público, até a morte, a mulher adúltera.

Em seus países, a mulher não pode, sequer, sair às ruas desacompanhada de seu "dono" e, toda coberta, tendo, “por muito favor”, um pequeno espaço aberto em sua vestimenta, para ver, ouvir e respirar.

Viva nosso Brasil, embora aqui também, tenhamos os "donos" que não admitem ser abandonados.

Casos conhecidos estão aí, como Pimenta (jornalista de importante jornal de São Paulo, até hoje não punido; Lindomar Castilhos (cantor) este foi punido, Doca Street (play-boy) todos e muitos mais se acham, com o direito de eliminar suas companheiras que não mais o querem; acham-se DONOS delas.

Esses são nomes conhecidos, mas existem espalhados por toda parte milhares de homens que se consideram com o direito de tirar a vida daquelas que não o querem. E, na maioria das vezes, são aprovados e não pagam por esse "direito de matar".

Posso considerar-me hoje uma pessoa feliz, com algo para comemorar, mas agradeço a todas que sofreram (e ainda sofrem) para que eu possa estar aqui manifestando minha opinião.

Às grevistas americanas e russas, às vítimas de criminosos, às pioneiras, como Chiquinha Gonzaga, Berta Lutz, Nair de Tefé, Ana Neri... meu MUITO OBRIGADA!!


Norma

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