por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Romualdo Peixoto- Por Norma Hauer


Ele nasceu em 7 de fevereiro de 1901. Há 110 anos.
Mas quem foi Romualdo Peixoto ?

Com este nome talvez poucos o conhecerão e mesmo como NONÔ, talvez não seja um nome lembrado, mas ele foi um dos mais importantes pianistas da Rádio Mayrink Veiga a quem César Ladeira cognominou : "O Chopin do Samba", tal sua "virtueuse" ao tocar piano, acompanhando "as pratas da casa" nos anos 30, 40 e 50.
Seu nome PEIXOTO lembra Cauby e Araquém Peixoto, seus sobrinhos; um cantor e outro pianista.
Era também tio do cantor Ciro Monteiro.
Assim estava "cercado" de música.
Deixarei aqui a letra de uma linda valsa que ele compôs com outro grande do rádio : Paulo Roberto :"Cigana", gravação de Sílvio Caldas.

CIGANA
Romualdo Peixoto (Nonô) e Paulo Roberto

Eu te encontrei na minha vida um dia,
Num vestido de louca fantasia,
Oh, cigana das tribos vagabundas.
Os teus olhos cansados de cismar,
Eram duas estrelas a brilhar,
Dentro da noite, das olheiras fundas.
Infundias teror a toda gente,
Desvandando o futuro claramente,
Invadindo as paragens do divino.
Teu olhar que falava sem sorrir,
Mergulhado nas trevas do porvir,
Desvendava os segredos do destino.

Eu também quis saber das minha sorte,
Se era a vida risonha ou se era a morte
O que iria encontrar na minha estrada.
E dei-te as mãos e as nossas mãos tremeram
Teus olhos nos meus olhos se perderam
Eu fiquei mudo...e não disseste nada.

Depois, sorriste e eu te chamei: querida.
Unimos nossas vidas numa vida
E desfez-se o mistério do teu porte.
Mas não perdeste o teu poder divino
Nas minhas mãos não leste o meu destino
Porque está em tuas mãos a minha sorte.

Era assim, e até mais, a beleza das letras de nossa música nos meados do século 20.

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