por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

a cadeira

a cadeira fica ali
quieta como um nó
sob a abóbada
sempre quieta, mas
com medo do espelho
desconhece tudo, jamais
precisa do mundo,
do grito no escuro jamais

o corpo pressente o sentar
o fim e o começo
antes mesmo de deixar
o cansaço fora de si

a cadeira aguarda assim
no medo do cego
uma calma que não se tem

sentado, serão um só
num fogo que arde muito além

2 comentários:

socorro moreira disse...

Amor na alcova poética.
Gosto muito da tua poesia, menino!

chagas disse...

Você é muito generosa, Socorro.

Abraço.