como ave de rapina
você chegou de repente
numa madrugada fria
sem estrela e sem luar
e o dia nasceu cinzento
sem o ter o sol a brilhar
veio trazendo na bagagem
dias de amargo sabor
e noites de escuridão
com o seu jeito indigesto
marcado por cada gesto
ao nascer de um novo dia
ainda tentou me envolver
com um aceno de paz
querendo me alegrar
mas, eu não acreditei
pois conheço o teu passado
sei de tu que é capaz
ao passar de cada dia
você foi se revelando
demonstrando a sua ira
e num gesto traiçoeiro
num momento de descuido
colheu tudo que queria
não sei se foi por maldade
ou mesmo por vaidade
de procura um troféu
pra exibir lá no céu
você levou minha prenda
e por isso eu te detesto
deixando aqui meu protesto
maldito mês de agosto
Marcos Barreto de Melo
Um comentário:
Eita !
Fizemos contigo uma catarse dos nossos desapontamentos.
Um basta poético... Valeu!
Postar um comentário