por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

AVE DE RAPINA - por Marcos Barreto de Melo

como ave de rapina
você chegou de repente
numa madrugada fria
sem estrela e sem luar
e o dia nasceu cinzento
sem o ter o sol a brilhar

veio trazendo na bagagem
dias de amargo sabor
e noites de escuridão
com o seu jeito indigesto
marcado por cada gesto
ao nascer de um novo dia

ainda tentou me envolver
com um aceno de paz
querendo me alegrar
mas, eu não acreditei
pois conheço o teu passado
sei de tu que é capaz

ao passar de cada dia
você foi se revelando
demonstrando a sua ira
e num gesto traiçoeiro
num momento de descuido
colheu tudo que queria

não sei se foi por maldade
ou mesmo por vaidade
de procura um troféu
pra exibir lá no céu
você levou minha prenda
e por isso eu te detesto
deixando aqui meu protesto
maldito mês de agosto

Marcos Barreto de Melo

Um comentário:

socorro moreira disse...

Eita !
Fizemos contigo uma catarse dos nossos desapontamentos.
Um basta poético... Valeu!