por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



terça-feira, 25 de janeiro de 2011

melancolia

por favor, guarde suas palavras
para outro dia
guarde o desejo
de se afastar noutro lugar
por que não esquece
de uma vez que as dores
também secam, como uma flor seca,
como o dia acaba?

eu não sei quantas vezes
será preciso abrir as portas
do meu coração, eu não sei
ainda ontem o sorriso em seu rosto
tinha um tom que sempre
precisamos encontrar

é de noite agora?

como é possível
que eu não saiba as cores
de seu sentimento?
uma velha rua se abre
diante de meus olhos
nela você passa,
leva algo de mim
que me afoga
e nada posso fazer

é tão triste!

2 comentários:

socorro moreira disse...

Que lindos versos, poeta !
Identificação dos sentimentos.
Chove no Crato.As águas inudam as calçadas, e a rua fica vazia.
A poesia salva a noite, avisa que estamos vivos.

Abraço

chagas disse...

Se você ao menos imaginasse a falta que as ruas do Crato me fazem. Eu fiquei tão marcado por essas ruas, que tenho medo de voltar a vê-las.
Aqui o céu está limpo, mas não dá pra ver uma estrela.