por José do Vale Pinheiro Feitosa
Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.
José do Vale P Feitosa
sábado, 4 de junho de 2011
INTRANSINSTINTIVAMENTE - por Ulisses Germano
Paz e Amor!
Puxa... Como andei afastada desse mundo tão azul...
Mara
A falta de apetite-Por: Rosemary Borges Xavier
Por João Nicodemos
As crises econômicas - José do Vale Pinheiro Feitosa
Um copo d´água no parapeito,
Os arranjos para a noitada,
Desses miados ao celular,
Como se tudo estivesse arranjado,
Para os amanhãs normais.
São amanhãs torturantes,
Incertezas aos borbotões,
A linha mestra rompida,
A manada disparada,
E nem sabe onde está,
A fera que se anuncia.
Quando no próximo semestre,
Os gregos correrem dos troianos,
A dívida para três gerações,
Os americanos sem emprego,
Os europeus afugentando migrantes,
Os árabes mastigando ditadores,
O próximo semestre promete.
Secar as flores no jarro,
Despejar a água do copo,
Calar os celulares,
Turvar os amanhãs,
Desta longa tortura
Das crises econômicas.
sexta-feira, 3 de junho de 2011
URCA receberá acervo de periódicos da Câmara dos Deputados
Nessa parceria da Fundação Enoch Rodrigues/ECOCÂMARA/Câmara dos Deputados, os responsáveis pela iniciativa vêm procurando dar ao Cariri um referencial de pesquisa que possa suprir a Região da pouca atenção que recebeu durante todos esses anos, levando aos estudantes um suporte que dê condições de um trabalho com mais subsídios.
Além da preocupação de Elmano Rodrigues Pinheiro, somou-se a inquietude do Prof. Jackson Antero, sempre atento às necessidades da Universidade, tão carente de tudo.
Aos poucos foram ganhando a confiança das autoridades e da população de Brasília, e hoje já têm firmado ótimas parcerias, que se transformam em ganhos bastante expressivos, motivo de destaque em congressos e na imprensa, quando tratados assuntos ligados à difusão cultural e à formação de bibliotecas comunitárias pelo Brasil.
Quando a Fundação Assis Chateaubriand, do grupo Diários Associados, procurou para fazer doação de acervos, foi que começaram a perceber a importância do trabalho do cearense Elmano Rodrigues.
Hoje, com a Arca das Letras do Ministério do Desenvolvimento Agrário ajudando com acervos, a ESAF - Escola de Administração Fazendária auxiliando os órgãos públicos com doação de mobiliário, e centenas de pessoas que procuram diariamente trazendo incentivo, é que o responsável por tão expressiva ação cultural, nessa luta, coloca tudo de seu próprio bolso para cobrir despesas, acreditando no sucesso da empreitada.
Para Elmano Rodrigues, suas providências lhe permitem uma felicidade imensa, quando vê os amigos dos mais diversos quadrantes nacionais fazendo a divulgação do seu trabalho, porque sabe que outras pessoas receberão essa corrente positiva em prol dos nossos semelhantes nos distantes rincões do solo pátrio.
A Cesta Básica de Cultura e Conhecimento é uma prova cabal disso tudo, pois já contempla com 60 obras dezenas de autores que em breve farão parte das 10 mil Arcas das Letras espalhadas por todo o Brasil.
E a caminhada continuará fornecendo o pão do espírito para aqueles que tanto dele necessitam.
Gilberto Gil
É a sua vida que eu quero bordar na minha
Como se eu fosse o pano e você fosse a linha
E a agulha do real nas mãos da fantasia
Fosse bordando, ponto a ponto, nosso dia-a-dia
E fosse aparecendo aos poucos nosso amor
Os nossos sentimentos loucos, nosso amor
O ziguezague do tormento, as cores da alegria
A curva generosa da compreensão
Formando a pétala da rosa da paixão
A sua vida, o meu caminho, nosso amor
Você a linha, e eu o linho, nosso amor
Nossa colcha de cama, nossa toalha de mesa
Reproduzidos no bordado a casa, a estrada, a correnteza
O sol, a ave, a árvore, o ninho da beleza
"CALDO DE BILA" - José Nilton Mariano Saraiva
A cultura e a diversidade - Por José de Arimatéa dos Santos
Se estamos no sul do país
Veremos as ricas tradições gaúchas, catarinenses e paranaenses
Logo no sudeste
O carnaval do Rio é insuperável
Mas tem o caipira e sua música
Além da moqueca dos capixabas
E o mineiro e o seu queijo
Norte do país
E Caprichoso e Garantido
Dão o tom da festa amazônica
Tem também o carimbó
E as tradições de Rondônia, Amapá, Roraima
Brasília e o seu rock
Além de Goiás e Mato Grosso
E beleza de música bem regional
E o nordeste
É só festa
E agora que o desenvolvimento começa a desembarcar
Forró gonzagueano,
Maracatu do carnaval pernambucano
Axé dos baianos
Cultura de um país maravilhoso
Essa é a grande diversidade!
O múltiplo de mim-Por: Rosemary Borges Xavier
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Curtas. Por Liduina Vilar.
Informando-Por Rosemary Borges Xavier
Atualizar a Paz - Emerson Monteiro

Nada mais fora de moda que pensar em guerra, agressão e tristeza. Andar nas calçadas sujas sem os horizontes da tranquilidade. Seguir as burrices dos traçados obscuros. Pisar as flores, invés de olhar por onde pisa. De cabeça nas nuvens, sair machucando o coração dos pedestres no leito das estradas. Chegar onde, visar o quê, em que direção sonhar, quando o mundo gira bonito no espaço? Os pássaros cantam nas campinas. Meninos brincam leves e soltos nos jardins.
Falar mal por quê? Para, esquecidos das oportunidades boas, rodar a roleta da sorte e perder toda vez, no final de todas as batalhas. Fama de mau e chegar de olhos vesgos nas portas dos presídios. Andar fugindo das fiscalizações da consciência. Tudo isso a preço de coisa alguma. Só remorsos posteriores fecham o beco dos dramas abandonados nas esquinas do passado.
Sim, entoar o coro das harmonias universais em nome da falta de jeito. Amargurar várias e dores antigas no centro do peito, dentro dos pulmões amargurados de fumaça. Desencontros não falam na paz dos territórios da alma. Contar histórias diferentes, por tudo isso. Buscar amigos, cultivar a boa vizinhança, o que coisa alguma justifica dores de outros partos. Discutir por picuinhas, desfazer das outras criaturas em face do orgulho, da inveja e do ciúme, quanto despautério. E por causa dos dinheiros que correm soltos também não esclarece o motivo da ausência da paz em tantos sentimentos, neste mundo bonito e desprezado pela falta dos planos na paisagem das manhãs ensolaradas.
Paz, harmonia, desejos de construções coletivas. Amar, meus irmãos! O que Jesus tão bem nos ensinou através das práticas, neste mesmo chão das raras possibilidades. Jesus, o Mestre da Paz, no meio dos séculos da guerra dos poderosos. Jesus, a lição viva da Luz na sociedade dos homens. Criar núcleos de solidariedade, fraternidade que produz futuros certos e filhos envoltos nos sonhos das realizações plenas. Atualizar o gosto bom da Justiça no seio das comunidades. Equilibrar as energias e lembrar as alternativas puras da Verdade e o crescimento.
Escolher lado limpo nos costumes, corrigir os vícios e trabalhar a correção do comportamento de todos, a começar de um em um; somar os valores que revelarão as novidades da Virtude. Tarefas individuais expõem métodos para transformar a face do Universo no rosto de cada pessoa. Uma chance para a Paz no mais íntimo ser da Criação.
Dar o primeiro passo, fazer o primeiro gesto, hora essencial de buscar o melhor, portanto e por tudo. Nos céus, a Esperança, modos outros que descobrirão as imensas qualidades que habitam acesos os espaços da nossa querida Humanidade.
O Paraíso de Vittorio Di Maio

"O cinema é o modo mais direto de entrar em competição com Deus."
(Federico Fellini)
Idos de 1926, Fortaleza. Praça do Ferreira, o coração da capital cearense. À tarde um velhinho , carregando tropegamente o peso dos seus setenta e quatro verões, pobremente vestido, tentava evitar a queda que se prenunciava a cada passo dado, arrimando-se numa tosca bengala. De repente, a gravidade, por fim, fez valer a sua força e o ancião tomba na calçada do antigo “Art Noveau”. Os transeuntes demoraram a perceber que não se tratava de um tombo qualquer, aos poucos , desinteressadamente, notaram: o velhinho não mais fazia parte do mundo dos vivos, fora fulminado por um ataque cardíaco. Ali permaneceu, exposto à curiosidade pública, totalmente anônimo e desprovido de recursos, uma das mais históricas figuras da cultura brasileira. Por ironia do destino,pobre, findava seus dias na mesma calçada em que deu à luz à sétima arte em terras de Alencar.
Chamava-se Vittório di Maio. Nascera em Nápoles na Itália em 1852. Sabe-se lá porque aportou no Brasil, o certo é que por aqui chegou em fins do Século XIX. Os primórdios do Cinema tinham acontecido em Paris em 1895, com os Irmãos Lumière e no ano seguinte já se tinha repetido a experiência inovadora no Rio de Janeiro. O Cinema nacional, no entanto, começaria com aquele napolitano magricela. Em 1º. De Maio de 1897, na Cidade de Petrópolis, no Teatro Cassino-Fluminense, Vittorio di Maio, exibiu, no seu “Cinematógrafo”, os primeiros filmes feitos em terras tupiniquins. Quatro Curtas-Metragens, neles apareciam: uma artista circence, uma apresentação infantil de um colégio do Andaraí, o terminal de bondes de Botafogo e a chegada de um trem na estação de Petrópolis. Di Maio fez-se expositor ambulante, mas fundou Cinemas em São Paulo, no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul , na Bahia e os vento do destino terminaram por ligá-lo definitivamente ao Ceará. Vittorio talvez tenha sido levado a interiorizar a sétima arte por conta da forte concorrência que terminou surgindo no Sul e Sudeste, só na década seguinte à apresentação pioneira e histórica de Petrópolis surgiram mais de 20 salas de espetáculos no Rio e outras tantas em Sâo Paulo.
O certo é que Di Maio chegou em terras cearenses em 1907. Por aqui já se ensaiavam, na capital, os primeiros rudimentos de Cinema : o Bioscópio que foi introduzido em Fortaleza por um outro italiano : chamado Paschoal. Ele exibia pequenos rudimentos cinematográficos como : “Jubileu da Rainha Vitória” e “Os Pombos de São Marcos”. Outros Bioscópios se seguiram : um trazido por Arlindo Costa, colocado num paredão existente na Rua Major Facundo; um outro na Praça do Ferreira e outro num prédio onde depois funcionou a Faculdade de Farmácia do Ceará. No Crato, no mesmo período, aqui já chegou a novidade, trazida por Luiz Gonzaga – o Gozaguinha que foi o nosso primeiro fotógrafo . Gonzaguinha fora a Fortaleza comprar material fotográfico e trouxe a novidade para o Crato. Instalou a “Lanterna Mágica” na primeira sede do Grupo Teatral “Os Romeiros do Porvir” que fora fundado por Soriano de Albuquerque em 1902 e de que Gonzaguinha fazia parte. A sede existia num casarão da Rua Miguel Limaverde e causou frisson na cidade, uma vez que a magia tinha que acontecer no escuro e facilitava os namoros, as apalpadelas, numa vila ainda profundamente provinciana.
Pois no mesmo 1907, Di Maio, trazia consigo uma verdadeira evolução da sétima arte : “O Animatógrafo” e fundou, em Fortaleza, o nosso primeiro Cinema ,nos fundos da Maison Art Nouveau, no mesmo local onde, vinte anos depois , cairia fulminado pelo enfarte. Em 1909 duas outras salas foram erguidas em Fortaleza : o Cine Rio Branco, por Henrique Mesiano e o Cassino Cearense por Júlio Pinto.
Há exatos cem anos, em 03 de junho de 1911, Di Maio ligou definitivamente seu nome à história do Cariri, inaugurando em Crato o “Cinema Paraíso”, o primeiro de todo interior do Ceará. Apenas dezesseis anos após a primeira exibição mundial de um filme, o Crato já possuia um cinema. A sala situava-se na Praça da Sé, defronte ao prédio do Museu, onde antigamente funcionou a Biblioteca Municipal e, ultimamente, uma botique e os bares “Guardinha” e “João Penca”. A tela ficava do lado oposto ao do Museu e a sala de projeção num sobrado pequenino que olha para a Fundação J. De Figueiredo Filho. Segundo Florisval Mattos : “inaugurou o cinema Paraíso o filme Borboletas Douradas. Um dos assistentes contou-me que as borboletas apareciam voando, e, quando pousavam, invés de borboletas eram mulheres…”.
O Cinema marcou definitivamente a vida da nossa cidade. Foi o primeiro veículo de mídia visual que tivemos. Sucederam-se outras salas de espetáculos: O Cassino Sul Americano em 1918, O Cine Moderno em 1934 , o Cine Araripe nos Anos 50 e o Cine Educadora já nos anos 60. Di Maio nem percebeu, em vida, a revolução que trouxe para as terras de Frei Carlos. De repente a magia começou a nos despertar para o mundo com suas possibilidades e complexidades. Mudaram os costumes, o escurinho propiciou todo um clima para os namoricos dos nossos avós. Muitas gerações terminaram profundamente marcadas pelo encanto da telona, basta ver a invejável quantidade de cineastras que saíram das terras de Frei Carlos : Hélder Martins, Ronaldo Correia de Brito, Jéfferson Albuquerque,Francisco Assis, Hermano Penna, Rosemberg Cariri, Luiz Carlos Salatiel, Bola Bantim, Pedro Ernesto Osterne, Petrus Cariri, José Roberto França,Glauco Lobo, Virgínia, Fernando Garcia, Francioli Luciano, Wanderley Vancillus,Franklin Lacerda, Alexandre Lucas, Émerson Monteiro, Luiz José e tantos, tantos outros.
Hoje a cidade que foi o berço do cinema em todo interior do estado, não possui mais uma sala de espetáculo sequer. O cinema hoje é para ser apreciado por uma elite nas fechadas salas de shopping ou sob a redução impensável do DVD e do Blue-Ray.Di Maio foi totalmente esquecido por uma região que tem uma amnésia toda preferencial por nossos vultos realmente importantes. A maior homenagem que podemos prestar a Di Maio neste centenário do cinema no Cariri seria reabrir nosso novo Cine Teatro Moderno para exibição de filmes clássicos nacionais e estrangeiros, com porta aberta. Aí, quem sabe assim , o filme da nossa cidade terminasse com um final apoteótico e feliz e o Cinema Paraíso , cem anos depois, nos transformasse numa Cidade Paraíso.
J. Flávio VieiraUm tempo de plantar e um tempo de colher - José do Vale Pinheiro Feitosa
"PEQUENO GRANDE GESTO" - José Nilton Mariano Saraiva
Deu-se na frienta noite londrina, no novo e monumental estádio de Wembley, por ocasião da partida final da Copa dos Campeões da Europa, quando se enfrentaram as tradicionais e caras esquadras do Barcelona (Espanha) e Manchester United (Inglaterra), dois dos maiores expoentes do mundo futebolístico da atualidade.
Aos fatos.
Quase ao final do aguardado confronto, que mobilizou adeptos do futebol em todo o mundo (aos 43 minutos do segundo tempo) com o jogo já definido e o título assegurado em favor do excepcional Barcelona (3 x 1), o técnico Guardiola (ex-jogador do próprio clube), numa atitude de grandeza e desprendimento, resolve prestar uma justa homenagem ao seu correto “capitão”, o aguerrido zagueiro Puyol, que, lesionado, não tivera condição de adentrar ao gramado, de início; então, faltando dois minutos para o término da pugna, convoca-o a substituir um companheiro, com o claro intuito de, naquele momento maior, no ápice daquela gloriosa jornada, braçadeira de capitão no braço, fazê-lo erguer o troféu de campeão e, consequentemente, aparecer para a posteridade nas TVs de todo o mundo, ao vivo e a cores, e na primeira página dos principais jornais do mundo, dia seguinte.
Providenciada a substituição, daí a pouco o juiz determina o término da partida. E foi então, no momento da premiação, ante um batalhão de fotógrafos e centenas de canais de televisão de todo o mundo, que deu-se o inusitado, aquilo que denominamos um “pequeno grande gesto”, pelo espontaneidade e nobreza do ato: o guerreiro Puyol, evidentemente que fugindo do script armado pelo técnico Guardiola, mostra toda a sua humildade e excelência de caráter, ao abdicar de tamanha honraria e delegar ao discreto companheiro Abidal (lateral esquerdo), o privilégio de erguer o troféu, como se fora o verdadeiro “capitão” da equipe catalã.
Explica-se: meses atrás, Abidal fora desenganado pelos médicos, em razão da descoberta de uma grave e normalmente letal enfermidade (“câncer” no fígado) e fora afastado sumariamente das atividades esportivas; agora, após um tratamento pra lá de penoso, ali, ante um estádio ocupado por 80 mil pessoas e com a partida sendo transmitida pra bilhões de telespectadores em todo o mundo, além da confiança do técnico Guardiola em escalá-lo e mantê-lo durante toda a partida, Puyol, o “capitão” de todos eles, que entrara ao final do jogo unicamente pra “exercitar o que lhe conferia a patente”, humilde e simbolicamente transferia pra ele, Abidal, o privilégio de erguer o troféu de campeão.
Uma cena de cortar corações e levar qualquer um às lágrimas (embora alguns teimem em afirmar que “homem que é homem não chora”).
Pois, acreditem, não resistimos à cena e “abrimos o berreiro” (e prestamos esse depoimento, sem nenhum constrangimento).
quarta-feira, 1 de junho de 2011
SIDERAL - por Stela Siebra
Esta é uma lua inusitada, desprendida e vanguardista. Mas rebelde também. A pessoa com Lua em Aquário ama a liberdade e a independência, demonstra gosto por vestes exóticas, idéias avançadas e um comportamento inconvencional.
Caracteriza-se pelo livre pensar e pelo distanciamento emocional. Nada de apegos e demonstrações afetivo-emocionais, pois considera desconcertantes os relacionamentos com dependências emocionais e tem dificuldade de criar vínculos familiares e de intimidade.
Prefere sentir-se inserida na grande família humana, engajada em causas sociais e humanitárias, já que considera os laços de amizade e fraternidade prioritários em sua vida. E sua reação emocional está além dos sentimentos individuais.
É importante para você, que tem Lua em Aquário, participar de grupos ou instituições de caráter humanístico, onde melhor poderá expor seus pensamentos e partilhar suas crenças sociais.
Por ser um signo do elemento Ar, Aquário tende a racionalizações. É por isto que a lua aquariana desprende-se e distancia-se tão facilmente dos sentimentos, chegando a demonstrar uma certa frieza emocional.
Na realidade, a lua em Aquário tem dificuldade em vivenciar relações seguras e estáveis e, por isso defende-se da intimidade e das experiências emocionais.
A sua necessidade substancial é expressar a essência original da sua individualidade, sem criar atritos com as pessoas ao seu redor. Você quer ser livre para expressar sua singularidade e para se relacionar com um grande número de pessoas.
Porém, para alimentar sua essência lunar, você precisa de vínculos mais íntimos, precisa de amigos que respeitem suas necessidades emocionais e sua liberdade interior.
E precisa, sobretudo, usar a intuição para localizar quais são essas suas necessidades e, ainda, aprender a ser amigo de si mesmo, para que suas relações externas sejam mais satisfatórias e todos possam sintonizar-se com a mesma melodia emocional.
Ouroboros por João Marni
Não compreendo então porque esbarramos a todo o instante com gente estranha, de língua bífida, talhada assim no capricho pelas lâminas da inveja, da maledicência e da incompetência. Sangue ruim. Ainda bem que longe de generalizações. Imagino se nossa Venerada Descalça vacilasse na vigilância diuturna da gente: “a coisa” sairia por ai, mordendo a todos nós até que não existíssemos mais. Por falta do que fazer, a rastejante se extinguiria também, começando a engolir-se pelo próprio rabo. As cobras bem que não merecem este comentário, mas todos sabemos que não é só em maio que andam juntas. Um perigo!
O milagre é que há tanto a ser feito, Ouroboros, na busca da tal felicidade... Prepararmo-nos para largarmos o couro, crescermos assim a cada estação, deixando para trás tantas coisas desnecessárias e que permitimos no dia a dia que colem na gente esses adornos horríveis que jamais serão moda no paraíso... Até parece que evoluímos no caminho certo, mas estamos mesmo é piorando à medida dos anos sem fim. Nunca nos contentamos, estamos sempre obedecendo à ordem do querer mais, olhando o quintal do vizinho e, à guisa de ajudar, o invadimos e o tomamos. Precisamos renovar a pele, buscando sempre novas amizades e evitando aquelas que já sabemos serem venenosas. Maravilhoso seria se imitássemos o comportamento das crianças, levando a vida menos a sério, esbanjando alegria e a inocência que nunca deveriam ter saído da gente.
A esperança talvez esteja na fortaleza dos corações amorosos e sensatos. Lá, não penetrarão as unhas e os olhos enormes dos muitos de nós. Mas onde estão?
João Marni de Figueiredo
"Às ruas" - José Nilton Mariano Saraiva
Juazeiro recebe, em um ano, 70 mil livros

MÁRIO LAGO - por Norma Hauer
Norma