por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 4 de junho de 2011

INTRANSINSTINTIVAMENTE - por Ulisses Germano



INTRANSINSTINTIVAMENTE

O pensamento, feitor de todas as coisas
Creadas pela humanidade
Falha, limitado, diante da intuição
Que sem veleidade ou vaidade
Afirma peremptoriamente:
-O amor não é nada além de si mesmo
- Intransinstintivamente-
Ele não morre, escorre feito água
E molha quem se deixar se molhar
E perdoa quem se deixar se perdoar
Na deixa de se deixar levar
No indizível gesto renovado
Que sobrevive repetidas vezes
Nas canções poéticas que embalam
A vontade de viver plenamente
O restim de vida em todos nós

Ulisses Germano


Paz e Amor!


Devemos aceitar a chegada da chamada morte, assim como o dia aceita a chegada da noite – tendo confiança que, em breve, de novo há de raiar o sol...”.
 Chico Xavier

Puxa... Como andei afastada desse mundo tão azul...

Socorro, querida... Só agora fiquei sabendo da partida da sua mãe [Carla me ligou]. Nem tampouco sabia que Caio estava por aqui. Mas amiga... Estou contigo nesse momento de dor e de saudade! O vazio deixado será alimentado pela mãe dedicada e fiel que D. Valda sempre foi, e pelas tão belas e doces recordações. Sinta-se abraçada! Agradeça a Deus o privilégio de ter convivido com uma pessoa tão iluminada quanto foi a sua mãe. Um abraço e beijo apertados!

Mara

A falta de apetite-Por: Rosemary Borges Xavier

De corrupção em corrupção se enche um caminhão.
Que pega a contra mão e sai atropelando de montão, a grande população.
E por isto falta feijão na mesa de Seu João.

Por João Nicodemos


Um abraço

No calor de um abraço
A saudade se desfaz
Solidão afrouxa o laço
O coração encontra a paz.

O valor do abraço amigo
Sabe bem quem o recebe
Mas quem dá também percebe
Que o abraço é um abrigo:

Cessa a dor de quem padece
de tão bom, rejuvenesce
Cala o pranto de quem chora

Ganha um abraço quem dá
Melhor presente não há
por isso lhe abraço agora!

João Nicodemos
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As crises econômicas - José do Vale Pinheiro Feitosa

As flores estão no jarro,
Um copo d´água no parapeito,
Os arranjos para a noitada,
Desses miados ao celular,
Como se tudo estivesse arranjado,
Para os amanhãs normais.

São amanhãs torturantes,
Incertezas aos borbotões,
A linha mestra rompida,
A manada disparada,
E nem sabe onde está,
A fera que se anuncia.

Quando no próximo semestre,
Os gregos correrem dos troianos,
A dívida para três gerações,
Os americanos sem emprego,
Os europeus afugentando migrantes,
Os árabes mastigando ditadores,
O próximo semestre promete.

Secar as flores no jarro,
Despejar a água do copo,
Calar os celulares,
Turvar os amanhãs,
Desta longa tortura
Das crises econômicas.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

URCA receberá acervo de periódicos da Câmara dos Deputados

O campus da URCA estará recebendo um dos maiores acervos de periódicos do Brasil, o acervo de periódicos da Câmara dos Deputados. Aproximadamente 100 caixas já chegaram ao Crato no mês passado, e uma carreta sairá de Brasília levando outra parte do acervo, que dotará o Cariri talvez como o maior do Estado do Ceará.

Nessa parceria da Fundação Enoch Rodrigues/ECOCÂMARA/Câmara dos Deputados, os responsáveis pela iniciativa vêm procurando dar ao Cariri um referencial de pesquisa que possa suprir a Região da pouca atenção que recebeu durante todos esses anos, levando aos estudantes um suporte que dê condições de um trabalho com mais subsídios.

Além da preocupação de Elmano Rodrigues Pinheiro, somou-se a inquietude do Prof. Jackson Antero, sempre atento às necessidades da Universidade, tão carente de tudo.

Aos poucos foram ganhando a confiança das autoridades e da população de Brasília, e hoje já têm firmado ótimas parcerias, que se transformam em ganhos bastante expressivos, motivo de destaque em congressos e na imprensa, quando tratados assuntos ligados à difusão cultural e à formação de bibliotecas comunitárias pelo Brasil.

Quando a Fundação Assis Chateaubriand, do grupo Diários Associados, procurou para fazer doação de acervos, foi que começaram a perceber a importância do trabalho do cearense Elmano Rodrigues.

Hoje, com a Arca das Letras do Ministério do Desenvolvimento Agrário ajudando com acervos, a ESAF - Escola de Administração Fazendária auxiliando os órgãos públicos com doação de mobiliário, e centenas de pessoas que procuram diariamente trazendo incentivo, é que o responsável por tão expressiva ação cultural, nessa luta, coloca tudo de seu próprio bolso para cobrir despesas, acreditando no sucesso da empreitada.

Para Elmano Rodrigues, suas providências lhe permitem uma felicidade imensa, quando vê os amigos dos mais diversos quadrantes nacionais fazendo a divulgação do seu trabalho, porque sabe que outras pessoas receberão essa corrente positiva em prol dos nossos semelhantes nos distantes rincões do solo pátrio.

A Cesta Básica de Cultura e Conhecimento é uma prova cabal disso tudo, pois já contempla com 60 obras dezenas de autores que em breve farão parte das 10 mil Arcas das Letras espalhadas por todo o Brasil.

E a caminhada continuará fornecendo o pão do espírito para aqueles que tanto dele necessitam.
A linha e o linho
Gilberto Gil


É a sua vida que eu quero bordar na minha
Como se eu fosse o pano e você fosse a linha
E a agulha do real nas mãos da fantasia
Fosse bordando, ponto a ponto, nosso dia-a-dia

E fosse aparecendo aos poucos nosso amor
Os nossos sentimentos loucos, nosso amor
O ziguezague do tormento, as cores da alegria
A curva generosa da compreensão
Formando a pétala da rosa da paixão

A sua vida, o meu caminho, nosso amor
Você a linha, e eu o linho, nosso amor
Nossa colcha de cama, nossa toalha de mesa
Reproduzidos no bordado a casa, a estrada, a correnteza
O sol, a ave, a árvore, o ninho da beleza

Vamos ouvir boa música?

"CALDO DE BILA" - José Nilton Mariano Saraiva

Independentemente da raça, cor, sexo, religião, ideologia, credo, preferência clubística ou política, os milhões de adeptos de uma “geladinha” (cerveja) ou da “marvada” (cachaça), detêm a exclusividade de uma certeza absoluta: dia seguinte à farra homérica, quando se excedem no consumo e acordam com aquele terrível “gosto de cabo de guarda-chuva na boca”, nada mais apropriado pra curar a “ressaca braba” (que às vezes dá vontade até de morrer), do que “forrar o estômago” com um revigorante e bendito caldo (de mocotó, carne moída ou costela de boi), no capricho e tinindo de quente, capaz não só de matar todos os vermes que “encontrar na descida”, como também “levantar ou por de pé até defunto”.
Mas... há que se ter cuidado com os “caldos da vida”.
Sim, porque existem duas espécies de caldo:
1) o “caldo verdadeiro”, original, genuíno, que é aquele bem preparado, repleto de temperos e condimentos, capazes de lhe dar cheiro, sabor e “sustância”, e ainda operar o milagre de fazer seu usuário “renascer” das cinzas, a ponto de, sob o pretexto de “lavar o peritônio”, tirar o gosto ali mesmo com uma outra geladérrima, recomeçando a farra; e,
2) o “outro caldo”, o caldo falso, o caldo de araque, que é aquele que é só uma espécie de água morna, desprovido de temperos e condimentos, sem gosto, sem cheiro, sem poder revigorante e, enfim, sem nenhuma serventia, capaz até de “bater e voltar”, ou seja, de fazer com que o seu usuário “bote os bofes pra fora”, na hora. Esse, por suas características peculiares, findou sendo designado pelos biriteiros da vida com a alcunha de “caldo de bila” (portanto, quando você ouvir a expressão “caldo de bila”, lembre-se de que é algo fraco, inútil, sem serventia).
E a “expressão” pegou de uma maneira tal, foi tão bem assimilada por gregos e troianos, que quando queremos manifestar nosso descontentamento com algo ou alguém que não corresponde às nossas expectativas, em qualquer competição ou atividade, imediatamente professamos: é “mais fraco que caldo de bila”.
Tomemos como exemplo a Fórmula 1, um esporte por demais admirado no mundo todo e que, para nós brasileiros, num determinado momento da história, foi motivo de orgulho e respeito, quando tínhamos a nos representar nos mais diferentes autódromos dos quatro cantos do planeta os Emerson Fittipaldi, Nélson Piquet e Ayrton Senna da vida.
Afinal, quem não lembra das manhãs de domingo em que renunciávamos à praia, clubes, açudes, cinemas ou um outro divertimento qualquer, só pra ficar por duas horas frente à telinha, beliscando uma cervejota com tira-gosto de panelada e vibrando com o “pé-pesado” ou as ultrapassagens sensacionais dos nossos “homens voadores”, campeões mundiais em seguidas temporadas ??? Quem não lembra dos pegas fantásticos e espetaculares entre Fittapaldi X Jack Stuart, Piquet X Mansel, Senna X Prost, Senna X Piquet, dentre outros ???
Foi então que o destino nos pregou aquela peça terrível, aquele momento dantesco, nos levando prematuramente o Ayrton Senna, numa calma manhã de domingo, durante uma corrida aparentemente tranqüila, na Itália, após a quebra da barra de direção de seu carro, a mais de 200 quilômetros por hora.
Imediatamente a TV Globo, em razão principalmente dos milhões de dólares despendidos na transmissão de cada corrida, e temendo a perda dos exuberantes patrocínios, tratou de “fabricar” da noite pro dia um substituto para o Senna; como não havia muitas opções naquele momento, literalmente foi “decretado” pela cúpula da Globo e nos imposto goela abaixo, que um jovem piloto paulista, novato na Fórmula 1, seria o novo “ídolo” da torcida brasileira; e foi assim que tomamos conhecimento da existência de Rubens Barrichello, logo batizado pelo chefão de esportes da emissora (Galvão Bueno) de “Rubinho” (certamente que numa tentativa de torna-lo mais “palatável” ante os aficionados da categoria).
Daí pra frente todos nós sabemos a história de cór e salteado: apesar do hercúleo esforço da Globo em alavanca-lo, do generoso espaço lhe disponibilizado, de lhe arranjarem inclusive um lugar na disputadíssima e então imbatível Ferrari (à época detentora dos mais possantes e velozes carros da categoria), o que se via nas pistas era um piloto atabalhoado, lento, medroso, excessivamente burocrático, sem qualquer pegada, além de potencial e exímio “quebrador” de carros, os quais não conseguia “ajustar” nunca (quantas vezes vimos o tal “Rubinho” em desabalada carreira durante as corridas - SÓ QUE A PÉ E NA CONTRAMÃO - em busca do carro reserva ???).
Sem carisma, desprovido de simpatia, sempre com uma desculpa pronta para os recorrentes fracassos nas pistas, inventor de uma comemoração pra lá de ridícula (uma tal de “sambadinha”) quando ocasionalmente ganhava alguma corrida, Barrichello aos poucos foi se eclipsando, sumindo, escafedendo-se.
Hoje, competindo por uma equipe de nível médio (Willians), Barrichello ainda assim conseguiu a proeza de fazer com que a Globo optasse por uma estranha e incrível “inversão de valores”: é que, à falta de resultados (quase sempre fica lá na rabeira, quando não quebra), o locutor global trata de potencializar o fato de “Rubinho” às vezes ficar entre os 10 que obtiveram melhor classificação nos treinos, além de insistir e persistir em nos informar ser ele é o piloto que disputou mais de trezentas (300) corridas de Fórmula 1 (olvidando, no entanto e propositadamente, de nos cientificar dos resultados ou da relação entre o número de vitórias obtidas e os grandes prêmios disputados).
Por essa e outras é que poderíamos associar Rubens Barrichello ao nosso famoso “caldo de bila”: não fede, não cheira, não tem gosto, não propicia qualquer serventia ou bem-estar.

A cultura e a diversidade - Por José de Arimatéa dos Santos

O Brasil tem a sua diversidade cultural
Se estamos no sul do país
Veremos as ricas tradições gaúchas, catarinenses e paranaenses
Logo no sudeste
O carnaval do Rio é insuperável
Mas tem o caipira e sua música
Além da moqueca dos capixabas
E o mineiro e o seu queijo
Norte do país
E Caprichoso e Garantido
Dão o tom da festa amazônica
Tem também o carimbó
E as tradições de Rondônia, Amapá, Roraima
Brasília e o seu rock
Além de Goiás e Mato Grosso
E beleza de música bem regional
E o nordeste
É só festa
E agora que o desenvolvimento começa a desembarcar
Forró gonzagueano,
Maracatu do carnaval pernambucano
Axé dos baianos
Cultura de um país maravilhoso
Essa é a grande diversidade!

O múltiplo de mim-Por: Rosemary Borges Xavier

De repente percebo que sou o múltiplo de mim mesma, sem deixar de ter a minha essência.

(ROSEMARY)
(YRAMESOR)
(ROSE - MARY)
(MARY- ROSE)
(ROSE)
(MARY)
(ROSA MARIA)
(MARIA ROSA)
(MARY MAR)
(MAR MARY)
(MARIA MAR)
(MAR MARIA)
(ROSEMARY BORGES XAVIER)
(YRAMESOR SEGROB REIVAX)

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Curtas. Por Liduina Vilar.


Não tenho tempo para sofrer...
E sofro com o coração feliz.
Sabendo pois que este processo
me faz crescer...
Sou com imenso prazer,
deste tema, uma sempre aprendiz.

Informando-Por Rosemary Borges Xavier

Estamos trazendo esta informação, pois, estão acontecendo alguns problemas comigo e outros internautas quando postamos os comentários nos blogs, ao invés de nossos nomes, aparece anônimo, mas há solução, pelo menos comigo encontrei-a, estou acessando blogs, através da Navegação InPrivate, esta é até mais segura, para quem não conhece este comando aí vai o local:
Estando em uma página de qualquer destes navegadores (Internet Explorer, Mozilla Fire fox, Ópera, etc), o internauta clica aí em ferramentas, este ícone está na barra logo após favoritos e antes de ajuda, aparece logo abaixo da barra de endereços, ao abrir aparecerá o comando Navegação Inprivate, só é clicar,vai abrir uma nova janela, então é só digitar ou procurar no endereço, o site que deseja navegar. Boa sorte!!!

Atualizar a Paz - Emerson Monteiro


Nada mais fora de moda que pensar em guerra, agressão e tristeza. Andar nas calçadas sujas sem os horizontes da tranquilidade. Seguir as burrices dos traçados obscuros. Pisar as flores, invés de olhar por onde pisa. De cabeça nas nuvens, sair machucando o coração dos pedestres no leito das estradas. Chegar onde, visar o quê, em que direção sonhar, quando o mundo gira bonito no espaço? Os pássaros cantam nas campinas. Meninos brincam leves e soltos nos jardins.
Falar mal por quê? Para, esquecidos das oportunidades boas, rodar a roleta da sorte e perder toda vez, no final de todas as batalhas. Fama de mau e chegar de olhos vesgos nas portas dos presídios. Andar fugindo das fiscalizações da consciência. Tudo isso a preço de coisa alguma. Só remorsos posteriores fecham o beco dos dramas abandonados nas esquinas do passado.
Sim, entoar o coro das harmonias universais em nome da falta de jeito. Amargurar várias e dores antigas no centro do peito, dentro dos pulmões amargurados de fumaça. Desencontros não falam na paz dos territórios da alma. Contar histórias diferentes, por tudo isso. Buscar amigos, cultivar a boa vizinhança, o que coisa alguma justifica dores de outros partos. Discutir por picuinhas, desfazer das outras criaturas em face do orgulho, da inveja e do ciúme, quanto despautério. E por causa dos dinheiros que correm soltos também não esclarece o motivo da ausência da paz em tantos sentimentos, neste mundo bonito e desprezado pela falta dos planos na paisagem das manhãs ensolaradas.
Paz, harmonia, desejos de construções coletivas. Amar, meus irmãos! O que Jesus tão bem nos ensinou através das práticas, neste mesmo chão das raras possibilidades. Jesus, o Mestre da Paz, no meio dos séculos da guerra dos poderosos. Jesus, a lição viva da Luz na sociedade dos homens. Criar núcleos de solidariedade, fraternidade que produz futuros certos e filhos envoltos nos sonhos das realizações plenas. Atualizar o gosto bom da Justiça no seio das comunidades. Equilibrar as energias e lembrar as alternativas puras da Verdade e o crescimento.
Escolher lado limpo nos costumes, corrigir os vícios e trabalhar a correção do comportamento de todos, a começar de um em um; somar os valores que revelarão as novidades da Virtude. Tarefas individuais expõem métodos para transformar a face do Universo no rosto de cada pessoa. Uma chance para a Paz no mais íntimo ser da Criação.
Dar o primeiro passo, fazer o primeiro gesto, hora essencial de buscar o melhor, portanto e por tudo. Nos céus, a Esperança, modos outros que descobrirão as imensas qualidades que habitam acesos os espaços da nossa querida Humanidade.

O Paraíso de Vittorio Di Maio


"O cinema é o modo mais direto de entrar em competição com Deus."

(Federico Fellini)

Idos de 1926, Fortaleza. Praça do Ferreira, o coração da capital cearense. À tarde um velhinho , carregando tropegamente o peso dos seus setenta e quatro verões, pobremente vestido, tentava evitar a queda que se prenunciava a cada passo dado, arrimando-se numa tosca bengala. De repente, a gravidade, por fim, fez valer a sua força e o ancião tomba na calçada do antigo “Art Noveau”. Os transeuntes demoraram a perceber que não se tratava de um tombo qualquer, aos poucos , desinteressadamente, notaram: o velhinho não mais fazia parte do mundo dos vivos, fora fulminado por um ataque cardíaco. Ali permaneceu, exposto à curiosidade pública, totalmente anônimo e desprovido de recursos, uma das mais históricas figuras da cultura brasileira. Por ironia do destino,pobre, findava seus dias na mesma calçada em que deu à luz à sétima arte em terras de Alencar.

Chamava-se Vittório di Maio. Nascera em Nápoles na Itália em 1852. Sabe-se lá porque aportou no Brasil, o certo é que por aqui chegou em fins do Século XIX. Os primórdios do Cinema tinham acontecido em Paris em 1895, com os Irmãos Lumière e no ano seguinte já se tinha repetido a experiência inovadora no Rio de Janeiro. O Cinema nacional, no entanto, começaria com aquele napolitano magricela. Em 1º. De Maio de 1897, na Cidade de Petrópolis, no Teatro Cassino-Fluminense, Vittorio di Maio, exibiu, no seu “Cinematógrafo”, os primeiros filmes feitos em terras tupiniquins. Quatro Curtas-Metragens, neles apareciam: uma artista circence, uma apresentação infantil de um colégio do Andaraí, o terminal de bondes de Botafogo e a chegada de um trem na estação de Petrópolis. Di Maio fez-se expositor ambulante, mas fundou Cinemas em São Paulo, no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul , na Bahia e os vento do destino terminaram por ligá-lo definitivamente ao Ceará. Vittorio talvez tenha sido levado a interiorizar a sétima arte por conta da forte concorrência que terminou surgindo no Sul e Sudeste, só na década seguinte à apresentação pioneira e histórica de Petrópolis surgiram mais de 20 salas de espetáculos no Rio e outras tantas em Sâo Paulo.

O certo é que Di Maio chegou em terras cearenses em 1907. Por aqui já se ensaiavam, na capital, os primeiros rudimentos de Cinema : o Bioscópio que foi introduzido em Fortaleza por um outro italiano : chamado Paschoal. Ele exibia pequenos rudimentos cinematográficos como : “Jubileu da Rainha Vitória” e “Os Pombos de São Marcos”. Outros Bioscópios se seguiram : um trazido por Arlindo Costa, colocado num paredão existente na Rua Major Facundo; um outro na Praça do Ferreira e outro num prédio onde depois funcionou a Faculdade de Farmácia do Ceará. No Crato, no mesmo período, aqui já chegou a novidade, trazida por Luiz Gonzaga – o Gozaguinha que foi o nosso primeiro fotógrafo . Gonzaguinha fora a Fortaleza comprar material fotográfico e trouxe a novidade para o Crato. Instalou a “Lanterna Mágica” na primeira sede do Grupo Teatral “Os Romeiros do Porvir” que fora fundado por Soriano de Albuquerque em 1902 e de que Gonzaguinha fazia parte. A sede existia num casarão da Rua Miguel Limaverde e causou frisson na cidade, uma vez que a magia tinha que acontecer no escuro e facilitava os namoros, as apalpadelas, numa vila ainda profundamente provinciana.

Pois no mesmo 1907, Di Maio, trazia consigo uma verdadeira evolução da sétima arte : “O Animatógrafo” e fundou, em Fortaleza, o nosso primeiro Cinema ,nos fundos da Maison Art Nouveau, no mesmo local onde, vinte anos depois , cairia fulminado pelo enfarte. Em 1909 duas outras salas foram erguidas em Fortaleza : o Cine Rio Branco, por Henrique Mesiano e o Cassino Cearense por Júlio Pinto.

Há exatos cem anos, em 03 de junho de 1911, Di Maio ligou definitivamente seu nome à história do Cariri, inaugurando em Crato o “Cinema Paraíso”, o primeiro de todo interior do Ceará. Apenas dezesseis anos após a primeira exibição mundial de um filme, o Crato já possuia um cinema. A sala situava-se na Praça da Sé, defronte ao prédio do Museu, onde antigamente funcionou a Biblioteca Municipal e, ultimamente, uma botique e os bares “Guardinha” e “João Penca”. A tela ficava do lado oposto ao do Museu e a sala de projeção num sobrado pequenino que olha para a Fundação J. De Figueiredo Filho. Segundo Florisval Mattos : “inaugurou o cinema Paraíso o filme Borboletas Douradas. Um dos assistentes contou-me que as borboletas apareciam voando, e, quando pousavam, invés de borboletas eram mulheres…”.

O Cinema marcou definitivamente a vida da nossa cidade. Foi o primeiro veículo de mídia visual que tivemos. Sucederam-se outras salas de espetáculos: O Cassino Sul Americano em 1918, O Cine Moderno em 1934 , o Cine Araripe nos Anos 50 e o Cine Educadora já nos anos 60. Di Maio nem percebeu, em vida, a revolução que trouxe para as terras de Frei Carlos. De repente a magia começou a nos despertar para o mundo com suas possibilidades e complexidades. Mudaram os costumes, o escurinho propiciou todo um clima para os namoricos dos nossos avós. Muitas gerações terminaram profundamente marcadas pelo encanto da telona, basta ver a invejável quantidade de cineastras que saíram das terras de Frei Carlos : Hélder Martins, Ronaldo Correia de Brito, Jéfferson Albuquerque,Francisco Assis, Hermano Penna, Rosemberg Cariri, Luiz Carlos Salatiel, Bola Bantim, Pedro Ernesto Osterne, Petrus Cariri, José Roberto França,Glauco Lobo, Virgínia, Fernando Garcia, Francioli Luciano, Wanderley Vancillus,Franklin Lacerda, Alexandre Lucas, Émerson Monteiro, Luiz José e tantos, tantos outros.

Hoje a cidade que foi o berço do cinema em todo interior do estado, não possui mais uma sala de espetáculo sequer. O cinema hoje é para ser apreciado por uma elite nas fechadas salas de shopping ou sob a redução impensável do DVD e do Blue-Ray.Di Maio foi totalmente esquecido por uma região que tem uma amnésia toda preferencial por nossos vultos realmente importantes. A maior homenagem que podemos prestar a Di Maio neste centenário do cinema no Cariri seria reabrir nosso novo Cine Teatro Moderno para exibição de filmes clássicos nacionais e estrangeiros, com porta aberta. Aí, quem sabe assim , o filme da nossa cidade terminasse com um final apoteótico e feliz e o Cinema Paraíso , cem anos depois, nos transformasse numa Cidade Paraíso.

J. Flávio Vieira

Um tempo de plantar e um tempo de colher - José do Vale Pinheiro Feitosa

Não encontro realidade nas marcações do tempo. Pelo menos como metáfora de um tempo de plantar e um tempo de colher. Como regra de agricultura pode ser, não para a vida moderna que é atabalhoada. Misturam-se as metáforas, os sentidos, os desejos, as vontades e tantos outros sentimentos, pois vivemos a era dos sentimentos.

A realidade é que já nem existe a sequência do primeiro plantar e o depois colher. Na verdade tudo se resumiu a colher. Seja como expropriação ou como privilégio, seja como suores do trabalho que nunca chega para a suficiência de vida de uma colheita. A verdade é que não se sabe bem onde fica a plantação, no tempo e no espaço.

Em Crato com uma fatia de presunto de Santa Catarina, tirando de uma bolsa fabricada na China notas do Banco Central, impressas na Casa da Moeda, para pagar um lanche cujo trigo do pão veio da Argentina. Sem contar que o caixa enquanto fazia o troco com um fone de ouvido, balbuciava algo num inglês sofrível, tão distante dos falares de sua nascente cidade de Aiuaba.

Foi esta visão do fim das marcações do tempo que tanto horror causou aos americanos tão logo descobriram o risco em que se encontravam. Aliás, um parêntese, mas no tom: os EUA nos anos 60 enviavam para a América Latina, por um programa chamando Aliança para o Progresso, toneladas de comidas e roupas que já não usavam mais. O nordeste se encheu de tudo e muita gente da emergente classe média e das fazendas mais aquinhoadas comeu muito chedar com estranhamento de outro sabor e uma espécie de trigo que usavam para sopas.

Mas retornando ao horror americano. Eles perceberam que o mundo imediato já não dependia da autonomia de ninguém. Não se plantava e nem se colhia nada. Todos estavam como ligados a um fluxo de distribuição que funcionava com a fragilidade de uma irrigação sanguínea. Bastava cortar a artéria principal que tudo iria à falência dos organismos.

Na minha opinião, não bem explorada cientificamente, mas por suposição, isso explica a abundância de filmes de catástrofe dos anos 70 e 80. Qual era o mote central: era a interrupção da cadeia de distribuição de recursos essenciais à vida. Daí eles estimavam um retorno da civilização ao reino predador dos animais, um padrão repetitivo da herança puritana das colônias: com o crescimento do mal no espírito humano.

Enfim, a ausência do tempo de plantar e um tempo de colher se recolheu ao imaginário poético e a uma literatura de auto-ajuda que prima pelo vazio de sentido e por uma abundância de endorfinas.

"PEQUENO GRANDE GESTO" - José Nilton Mariano Saraiva

E de repente, de uma área não muita afeita a manifestações da espécie, porquanto povoada por “machões sarados”, aparentemente embrutecidos, e ainda por cima praticantes de um esporte onde o contato físico forte e ríspido é uma constante, uma atitude inusitada, um laivo de ternura e afeto, um “pequeno grande gesto”, que parece ter passado despercebido pela maioria dos que o vivenciaram, ao vivo ou via telinha (pelo menos não se ouviu ou se leu nada, a respeito).
Deu-se na frienta noite londrina, no novo e monumental estádio de Wembley, por ocasião da partida final da Copa dos Campeões da Europa, quando se enfrentaram as tradicionais e caras esquadras do Barcelona (Espanha) e Manchester United (Inglaterra), dois dos maiores expoentes do mundo futebolístico da atualidade.
Aos fatos.
Quase ao final do aguardado confronto, que mobilizou adeptos do futebol em todo o mundo (aos 43 minutos do segundo tempo) com o jogo já definido e o título assegurado em favor do excepcional Barcelona (3 x 1), o técnico Guardiola (ex-jogador do próprio clube), numa atitude de grandeza e desprendimento, resolve prestar uma justa homenagem ao seu correto “capitão”, o aguerrido zagueiro Puyol, que, lesionado, não tivera condição de adentrar ao gramado, de início; então, faltando dois minutos para o término da pugna, convoca-o a substituir um companheiro, com o claro intuito de, naquele momento maior, no ápice daquela gloriosa jornada, braçadeira de capitão no braço, fazê-lo erguer o troféu de campeão e, consequentemente, aparecer para a posteridade nas TVs de todo o mundo, ao vivo e a cores, e na primeira página dos principais jornais do mundo, dia seguinte.
Providenciada a substituição, daí a pouco o juiz determina o término da partida. E foi então, no momento da premiação, ante um batalhão de fotógrafos e centenas de canais de televisão de todo o mundo, que deu-se o inusitado, aquilo que denominamos um “pequeno grande gesto”, pelo espontaneidade e nobreza do ato: o guerreiro Puyol, evidentemente que fugindo do script armado pelo técnico Guardiola, mostra toda a sua humildade e excelência de caráter, ao abdicar de tamanha honraria e delegar ao discreto companheiro Abidal (lateral esquerdo), o privilégio de erguer o troféu, como se fora o verdadeiro “capitão” da equipe catalã.
Explica-se: meses atrás, Abidal fora desenganado pelos médicos, em razão da descoberta de uma grave e normalmente letal enfermidade (“câncer” no fígado) e fora afastado sumariamente das atividades esportivas; agora, após um tratamento pra lá de penoso, ali, ante um estádio ocupado por 80 mil pessoas e com a partida sendo transmitida pra bilhões de telespectadores em todo o mundo, além da confiança do técnico Guardiola em escalá-lo e mantê-lo durante toda a partida, Puyol, o “capitão” de todos eles, que entrara ao final do jogo unicamente pra “exercitar o que lhe conferia a patente”, humilde e simbolicamente transferia pra ele, Abidal, o privilégio de erguer o troféu de campeão.
Uma cena de cortar corações e levar qualquer um às lágrimas (embora alguns teimem em afirmar que “homem que é homem não chora”).
Pois, acreditem, não resistimos à cena e “abrimos o berreiro” (e prestamos esse depoimento, sem nenhum constrangimento).

quarta-feira, 1 de junho de 2011

SIDERAL - por Stela Siebra

LUA EM AQUÁRIO

Esta é uma lua inusitada, desprendida e vanguardista. Mas rebelde também. A pessoa com Lua em Aquário ama a liberdade e a independência, demonstra gosto por vestes exóticas, idéias avançadas e um comportamento inconvencional.
Caracteriza-se pelo livre pensar e pelo distanciamento emocional. Nada de apegos e demonstrações afetivo-emocionais, pois considera desconcertantes os relacionamentos com dependências emocionais e tem dificuldade de criar vínculos familiares e de intimidade.
Prefere sentir-se inserida na grande família humana, engajada em causas sociais e humanitárias, já que considera os laços de amizade e fraternidade prioritários em sua vida. E sua reação emocional está além dos sentimentos individuais.

É importante para você, que tem Lua em Aquário, participar de grupos ou instituições de caráter humanístico, onde melhor poderá expor seus pensamentos e partilhar suas crenças sociais.
Por ser um signo do elemento Ar, Aquário tende a racionalizações. É por isto que a lua aquariana desprende-se e distancia-se tão facilmente dos sentimentos, chegando a demonstrar uma certa frieza emocional.
Na realidade, a lua em Aquário tem dificuldade em vivenciar relações seguras e estáveis e, por isso defende-se da intimidade e das experiências emocionais.

A sua necessidade substancial é expressar a essência original da sua individualidade, sem criar atritos com as pessoas ao seu redor. Você quer ser livre para expressar sua singularidade e para se relacionar com um grande número de pessoas.
Porém, para alimentar sua essência lunar, você precisa de vínculos mais íntimos, precisa de amigos que respeitem suas necessidades emocionais e sua liberdade interior.

E precisa, sobretudo, usar a intuição para localizar quais são essas suas necessidades e, ainda, aprender a ser amigo de si mesmo, para que suas relações externas sejam mais satisfatórias e todos possam sintonizar-se com a mesma melodia emocional.

INFORME NO AZUL SONHADO


SOCORRO MOREIRA

IRÁ SE AUSENTAR

POR ALGUNS DIAS


Ouroboros por João Marni

Imune ao próprio veneno, do qual depende para alimentar-se, nunca pressurosa e sempre à sorrelfa, rastejando porque perdeu as pernas, morde. Estive pensando em por qual razão N. Senhora pisa descalça a serpente e a subjuga. Decerto não tem mais medo. Se o teve foi antes, quando engravidou ainda adolescente, e dos olhos atravessados das pessoas. Concebida, zelou pelo fruto com o maior amor de uma mãe. São assim as mulheres, vivendo pelos filhos mesmo sem a reverberação dos seus corações, tratando-os pelo “Inho”: meu filhinho, meu amorzinho, meu inocentizinho...

Não compreendo então porque esbarramos a todo o instante com gente estranha, de língua bífida, talhada assim no capricho pelas lâminas da inveja, da maledicência e da incompetência. Sangue ruim. Ainda bem que longe de generalizações. Imagino se nossa Venerada Descalça vacilasse na vigilância diuturna da gente: “a coisa” sairia por ai, mordendo a todos nós até que não existíssemos mais. Por falta do que fazer, a rastejante se extinguiria também, começando a engolir-se pelo próprio rabo. As cobras bem que não merecem este comentário, mas todos sabemos que não é só em maio que andam juntas. Um perigo!

O milagre é que há tanto a ser feito, Ouroboros, na busca da tal felicidade... Prepararmo-nos para largarmos o couro, crescermos assim a cada estação, deixando para trás tantas coisas desnecessárias e que permitimos no dia a dia que colem na gente esses adornos horríveis que jamais serão moda no paraíso... Até parece que evoluímos no caminho certo, mas estamos mesmo é piorando à medida dos anos sem fim. Nunca nos contentamos, estamos sempre obedecendo à ordem do querer mais, olhando o quintal do vizinho e, à guisa de ajudar, o invadimos e o tomamos. Precisamos renovar a pele, buscando sempre novas amizades e evitando aquelas que já sabemos serem venenosas. Maravilhoso seria se imitássemos o comportamento das crianças, levando a vida menos a sério, esbanjando alegria e a inocência que nunca deveriam ter saído da gente.

A esperança talvez esteja na fortaleza dos corações amorosos e sensatos. Lá, não penetrarão as unhas e os olhos enormes dos muitos de nós. Mas onde estão?

João Marni de Figueiredo

"Às ruas" - José Nilton Mariano Saraiva

Já não dá pra ignorar o óbvio ululante: que em razão da falta do decisivo e imprescindível "componente político", o “chefe” do poder executivo municipal do Crato não tá com nada em termos de relacionamento com o “chefe” do poder executivo estadual; não é necessário se ser nenhum expert na matéria, pra observar que se ergueu entre os dois uma espécie de muro muito alto, autentico paredão, aparentemente intransponível, impeditivo de qualquer avanço; que uma antipatia mútua estabeleceu-se entre os dois homens que comandam os dois poderes, criando arestas irremovíveis; e que, principalmente, não dá pra ficar alheio que quem mais perde com isso (sob qualquer perspectiva que se analise) é o município do Crato e sua população, já que obliterados das decisões governamentais (afinal, só um dos “chefes” é que detém o poder de uso da “caneta”).
A “coisa” chegou a tal ponto, escancarou de vez, materializando-se definitivamente a má vontade do “chefe” para com o “subordinado” (em termos de estrutura estadual), que o irascível sobralense que exerce o Governo do Estado circulou no Crato anonimamente, não dando a mínima para o prefeito da cidade, não se fazendo anunciar antecipadamente, como sói acontecer em ocasiões da espécie, numa falta de respeito e consideração explícitas.
E agora, num arrufo de prepotência e arrogância desvairadas, manifesta Sua Excelência seu desejo de “fechar o caixão” do Crato definitivamente, mostrar quem é quem ou quem manda onde, acabar de vez com qualquer perspectiva de conversa ou acordo, ao insistir e persistir em implantar o nauseabundo e repugnante "lixão do Cariri" (com sessenta por cento da "matéria" oriundos de Juazeiro do Norte e os quarenta por cento restantes das demais cidades), em uma das nossas mais aprazíveis localidades (Ponta da Serra), quando os estudos de viabilidade apontam como melhor local para tal atividade uma área isolada do município de Caririaçu (se tal acontecer, e o distrito de Ponta da Serra – alô, Antonio Correia - for mesmo “PREMIADO” com tal “BENEFÍCIO”, até a nossa bendita água, cantada e decantada em verso e prosa, será seriamente afetada, já que o lençol freático restará contaminado, ad finem); sem se falar na praga de urubus, ratos, baratas e o escambau, além do mau cheiro e da poluição provocada pela horda de “catadores” prontos a chafurdar o local, transformando-o numa pocilga a céu aberto (com todos os malefícios à saúde daí advindos).
Isto posto, acreditamos necessário se estruturar imediatamente um movimento suprapartidário, congregando clubes de serviço/instituições diversas (Lions, Rotary, Maçonaria, CDL, etc), associações comunitárias, sindicatos, a mídia em geral e a própria Câmara Municipal, visando convocar ÀS RUAS (vapt-vupt) a população da cidade, objetivando “mostrar ao rei” que o Crato tem dono, sim (sua população), que merece respeito, e que não aceitaremos se por de quatro em obediência à vontade “imperial” de um alienígena (sobralense) sem nenhum compromisso com a cidade; enfim, há que se estampar nosso repúdio claro e veemente diante tamanha e tão grotesca agressão. E não aceitar, em hipótese alguma, que tal crime seja cometido.
Na oportunidade (e pra que não se cometa nenhuma injustiça com o Governador do Estado), bem que se poderia outorgar o título de “persona non grata” ao cratense (???) Camilo Santana, Secretário de Estado e atual “queridinho” do chefe do executivo cearense (a ponto de ser cotado por Sua Excelência para ser candidato à Prefeitura de Fortaleza) que, ao invés de pelo menos tentar ajudar sua terra-mãe, só tem lhe trazido desgosto, contratempo e decepção, já que omisso e navegante da contramão da história (estão lembrados do imbróglio da “relocalização” do nosso Parque de Exposições, tendo o próprio à frente ???).
Portanto, ÀS RUAS, cratenses, antes que o pior aconteça.

Juazeiro recebe, em um ano, 70 mil livros



Num esforço concentrado entre Elmano Rodrigues (foto), da Fundação Enoch Rodrigues, e Franco Barbosa, assessor técnico da Secretaria de Cultura de Juazeiro do Norte, Juazeiro recebeu, neste sábado, 28 de maio de 2011, mais 35 mil livros, vindos diretamente de Brasília, doados por diversas instituições, como: a Escola de Administração Fazendária, ESAF, Ecocâmara, Câmara dos Deputados, Arca das Letras, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Fundação Assis Chateaubriand, Chico Aquino, da Assessoria da Presidência da Câmara dos Deputados, etc.

Há um ano, Elmano Rodrigues, que já faz este trabalho para todo Brasil, começou a juntar livros para o projeto UMA BIBLIOTECA EM CADA COMUNIDADE, que tem como objetivo instalar, no ano do Centenário em Juazeiro do Norte, 20 bibliotecas. Neste sentido, em setembro do ano passado, vieram de Brasília 35 mil livros, somando agora mais 35 mil. São esforços desse cearense que nasceu em Farias Brito, reside há 30 anos em Brasília e é funcionário da Editora da Universidade de Brasília. O trabalho de Elmano Rodrigues começa receber apoio da mídia nacional e das instituições, e de mais de 50 editoras de Brasília. O projeto das bibliotecas comunitárias agora recebeu o apoio da Escola de Administração Fazendária, com doações de mais de 100 prateleiras, e 700 bibliocampos.

Segundo Franco Barbosa, a princípio os bairros de Juazeiro do Norte que serão beneficiados são Aeroporto, João Cabral, Frei Damião, São José, Parque Antônio Vieira, Betolândia, Jardim Gonzaga, Horto, Limoeiro, Tiradentes, Socorro; e, na Zona Rural, Sitio Popo, Carás, São Gonçalo e Gavião.

RECICLAGEM

A Prefeitura de Juazeiro do Norte tem uma preocupação especial com a formação de profissionais especializados para suprir as necessidades do mercado de trabalho na Região em diversas áreas, especialmente em reciclagem, dando uma contribuição especial para a preservação do meio ambiente, colocando como exemplo o belo trabalho que vem sendo realizado pela Universidade Patativa do Assaré no Bairro Vila Nova, que já vem atraindo a atenção de setores de áreas governamentais que já começam a contribuir no desenvolvimento e fomento das instituições, tornando-as autossustentáveis.

A Universidade Patativa do Assaré em parceria com a Prefeitura Municipal abriu a primeira biblioteca comunitária do Bairro Aeroporto, com mais de 4 mil títulos. E o acesso da comunidade aos livros, segundo Palácio Leite, diretor da instituição, é uma prioridade. “As bibliotecas comunitárias devem ficar sob a custódia de instituições confiáveis. Não é qualquer associação comunitária que vai receber uma biblioteca. É preciso que o trabalho com a comunidade seja eficiente, e acessibilidade aos livros seja constatada”, enfatiza Franco Barbosa

MÁRIO LAGO - por Norma Hauer


Ele partiu no dia 30 de maio de 2002.
Há 9 anos !

"SERÁ" esquecido? Quem é ele ?

Será que amor é isto ?
Será que amar é assim.
Será que amor vive disto?
Será que amar é ruim?

Quem compôs essa estrofe com tantas perguntas?
Ele : MÁRIO LAGO !!!

A primeira gravação dessa valsa começa exatamente com essa estrofe. Posteriormente, foi modificada, com mais perguntas e menos lógica. Ambas gravações são de Carlos Galhardo, que lançou essa valsa na Rádio Record de São Paulo, em uma de suas excursões àquela cidade.

MÁRIO LAGO, em matéria de arte, só não foi pintor. Começou escrevendo peças para teatro, passou a compositor, escreveu para rádio-teatro, escreveu diversos livros encenou como rádio-ator, cine-ator e, por último, tele-ator.

Pertenceu ao elenco das Rádios Mayrink Veiga e Nacional de onde foi demitido pelo golpe militar de 1964. Foi preso e escreveu um livro com o nome de "Primeiro de Abril", sobre sua prisão.
Esse livro narra, fazendo "gozação", de como se deu sua prisão e as "bobagens" ditas pela "otoridade" que foi prendê-lo, em sua residência.
"Sargentão" exagerado e "burro".
Seu livro na "Rolança do Tempo" é uma narrativa de como foi sua vida como radialista e compositor, cujo primeiro grande sucesso foi gravado por Orlando Silva :"Nada Além"e, na outra face do disco de 78 rotações, "Enquanto Houver Saudades", ambas em parceria com Custódio Mesquita.

NADA ALÉM

Nada além
Nada além de uma ilusão
Chega bem
Que é demais para o meu coração
Acreditando
Em tudo que o amor mentindo sempre diz
Eu vou vivendo assim feliz
Na ilusão de ser feliz.

Se o amor só nos causa sofrimento e dor
E melhor bem melhor a ilusão do amor.
Eu não quero e não peço
Para o meu coração
Nada além
De uma linda ilusão.

Mas sua primeira gravação deu-se na voz de Mário Reis representando um "dedo duro": Menina, eu Sei de uma Coisa". Quando, em 1964, ele foi "dedurado" na Rádio Nacional, sentiu "na pele" o mal que um "dedo duro" pode fazer.

Menina, eu sei de uma coisa,
Que pode sua vida encrencar
Se você não fizer camaradagem
Me desculpe , mas eu vou espalhar.

Como sucessos de Mário Lago, na qualidade de compositor, podemos citar "Devolve"; "Não Quero Saber"; "Atire a Primeira Pedra";"Ai que Saudades da Amélia"; "Aurora"; “Será?... alguns escritos sozinho outros com parceiros, como Ataulfo Alves.

Esta, além de ter Ataulfo como parceiro, também o teve como intérprete.

“AI QUE SAUDADES DA AMÉLIA”

Nunca vi fazer tanta exigência
Nem fazer o que você me faz
Você não sabe o que é consciência
Não vê que eu sou um pobre rapaz

Você só pensa em luxo e riqueza
Tudo o que você vê, você quer
Ai meu Deus que saudade da Amélia
Aquilo sim que era mulher

Às vezes passava fome ao meu lado
E achava bonito não ter o que comer
E quando me via contrariado dizia:
Meu filho o que se há de fazer?

Amélia não tinha a menor vaidade
Amélia que era a mulher de verdade


MÁRIO LAGO completou 90 anos em 26 de novembro de 2001 e em uma festa comemorativa de seus 90 anos ele disse que chegaria aos 100, mas não chegou nem aos 91, falecendo em 30 de maio de 2002.

Exatamente neste ano ele comemoraria seu Centenário, mas não chegou até aqui. Entretanto, seu talento continua porque sua marca ficou registrada em tudo em que ele atuou, principalmente como compositor e escritor.

Norma