As flores estão no jarro,
Um copo d´água no parapeito,
Os arranjos para a noitada,
Desses miados ao celular,
Como se tudo estivesse arranjado,
Para os amanhãs normais.
São amanhãs torturantes,
Incertezas aos borbotões,
A linha mestra rompida,
A manada disparada,
E nem sabe onde está,
A fera que se anuncia.
Quando no próximo semestre,
Os gregos correrem dos troianos,
A dívida para três gerações,
Os americanos sem emprego,
Os europeus afugentando migrantes,
Os árabes mastigando ditadores,
O próximo semestre promete.
Secar as flores no jarro,
Despejar a água do copo,
Calar os celulares,
Turvar os amanhãs,
Desta longa tortura
Das crises econômicas.
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