por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

 “EDUCADORES ANTIÉTICOS” – José Nílton Mariano Saraiva

E como todo início de ano sói acontecer, começou, de novo, novamente, outra vez, a briga de foice em quarto escuro envolvendo segmentos atuantes na área educacional.

Isso em razão do colapsar do ensino público brasileiro ensejar a debandada de alunos oriundos de famílias da classe média para os onerosos colégios particulares à busca daquilo que constitucionalmente qualquer governo deveria provir: um ensino de qualidade.

Como, entretanto, só o lucro a qualquer preço é o primado da iniciativa privada, os que aderem ao novo modelo de ensino implementando literalmente quebram a cara, já que a pedagogia adotada prima pela ineficiência e descalabro programático; como consequência, haja aluno despreparado.

Em função disso assiste-se, no âmbito de determinadas instituições particulares de ensino, o uso de expedientes os mais escusos e deploráveis na tentativa de mostrar uma “excelência” inexistente.

Assim é que, no último ano do ensino médio, determinados colégios particulares (aqui em Fortaleza, o Ari de Sá, Farias Brito, 7 de Setembro, Christus), tidos como “de ponta”, infiltram “espiões” que aliciam e cooptam os poucos alunos que se destacam nos colégios rivais, oferecendo-lhes toda sorte de facilidades (bolsa de estudo, pagamento do transporte, material escolar, e até uma ajuda de custo em dinheiro vivo), a fim que aceitem concluir aquela etapa final do estudo, ali.

Ou seja: inobstante o aluno tenha cursado todo o périplo estudantil (maternal, ABC, ciclo básico, fundamental e 2/3 do ciclo médio) no “colégio A”, onde realmente adquiriu todo o imprescindível cabedal de conhecimento disponível no decorrer de no mínimo doze anos, de repente, porque o pai deixou-se aliciar, tende a figurar DESONESTAMENTE em diversos outdoors espalhados pela cidade, como um dos campeões do “colégio B”, onde cursou apenas o último ano do ciclo médio.

Como o “colégio A”, o de origem, HONESTAMENTE computa tal aluno como um dos seus campeões, a totalização dos números efetuada pelos diversos colégios nunca “bate” com os números de aprovados divulgados pelas muitas universidades.

Assim, sobram campeões em nossos vestibulares. Tudo por obra e graça de ”EDUCADORES ANTIÉTICOS” ou, literalmente, da deseducação na educação.  

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