por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quinta-feira, 23 de outubro de 2014

O blefe sobre a "paternidade tucana" (Luciana Oliveira)


Em meio à disputa presidencial, o candidato Aécio Neves (PSDB) crava: no Programa Bolsa Família, criado pelo ex-presidente Lula em 2003, há DNA tucano. Para sustentar o dito, Aécio afirma que o Bolsa Família é uma junção de programas criados na gestão de FHC, como o Bolsa Escola, Bolsa Alimentação e Gás. Mas Luciana de Oliveira, funcionária do governo federal há 13 anos, explica, em carta aberta a Aécio, a diferença entre o Bolsa Escola e o Bolsa Família do PT. Segundo ela, não há nenhuma semelhança entre a concepção dos projetos, os objetivos, sua execução e muito menos nas contrapartidas cobradas. Segundo Luciana, Aécio e o PSDB reivindicam paternidade agora, na eleição, porque o projeto é popular e reconhecido internacionalmente. Mas não demonstram, enquanto partido que conduziu o país, conhecimento sobre programas sociais de massa ou mesmo "preocupação" com o público alvo. Daí a carta aberta que escreveu ao candidato Aécio Neves, onde cabe destacar:
Candidato, com todo humilde conhecimento que tenho sobre o assunto, afirmo que o Bolsa Família não é, nem de longe, a continuidade de nada dos programas anteriores. Eles são completamente diferentes desde a sua concepção e, principalmente, da sua intenção para com o povo brasileiro. O Bolsa Família atende hoje mais de 14 milhões de famílias e 52 milhões de pessoas! Ele é o Programa de Transferência de Renda Condicionado mais respeitado, estudado, reverenciado, copiado no mundo todo. Constantemente recebemos aqui no Ministério corpos técnicos de alto escalão do mundo inteiro para “conhecer e aprender o que fazemos”. O Brasil, por intermédio do Bolsa Família e do que podemos hoje chamar de Cadastro Único, criou e exporta tecnologia social. O Bolsa Família possibilitou ao Brasil cumprir a meta de Objetivos do Milênio, da ONU, para erradicação da fome e da miséria muito antes da meta estabelecida para o resto do mundo, que seria 2015. O BOLSA FAMÍLIA TIROU O BRASIL DO MAPA DA FOME PELA PRIMEIRA VEZ DESDE SEU DESCOBRIMENTO, EM 1500. E principalmente, o Bolsa Família, que já foi pra muitos fonte exclusiva de “renda”, a diferença entre ter ou não o que comer no prato, hoje é renda complementar de milhões de famílias. E ainda assim, caso o senhor insista muito em fazer qualquer relação com o que tinha no Brasil e o que temos hoje, e em requerer a paternidade do Bolsa Família – para o PSDB, que aqui eu personifico na sua pessoa para fins, com sua licença, didáticos do restante do parágrafo – eu tenho a dizer que: tome muito cuidado. Porque se fosse declarado mesmo o pai da criança, que tipo de pai o senhor acredita que teria sido para o seu filho? Um pai que “bate” no filho no Congresso Nacional, chamando-o de fomentador de vagabundo, de gente preguiçosa? Um filho que até dias atrás era “esmola” pra quem não quisesse trabalhar? Seria um pai que nutre tamanho desconhecimento sobre seu filho ao ponto de propor pra ele regras que já existem há mais de 10 anos?
Onde o senhor esteve todo esse tempo? Onde o Senhor esteve quando precisamos aprovar modificações necessárias para o seu pleno desenvolvimento, a cada vez que precisamos apoiá-lo em seu crescimento natural e o senhor como representante do povo no Congresso Nacional tinha todas as ferramentas para apoiá-lo e não o fez ???


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