por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quarta-feira, 31 de outubro de 2012

O “ser digno” – José Nilton Mariano Saraiva



Se o senhor Moroni Bing Torgan já entrou na corrida pra eleição da prefeitura de Fortaleza pela porta dos fundos, já que com um (reprovável) objetivo pré-definido – provocar o “racha” dos votos da periferia, objetivando claramente ajudar o candidato governista (o que de fato findou acontecendo), além de apoiá-lo e recomendá-lo no segundo turno – temos o contraponto a tão desonesta manobra corporificado no candidato Renato Roseno, do raquítico PSOL que, sozinho, sem qualquer aliado ou tempo na TV, conseguiu estratosféricos 150.000 votos, E, como antes e no decorrer da campanha bateu forte e incisivamente tanto no candidato da Prefeitura como no do Governo do Estado, ao tempo em que conclamava a população a ajudá-lo na implementação de “um novo jeito de fazer política”, nada mais coerente que, não conseguindo o almejado passaporte para o segundo turno, anunciasse que não apoiaria nenhum dos dois e, portanto, liberados estavam seus eleitores pra escolher em quem votar.
Aliás, sua coerência é tamanha e seu eleitorado tão fiel, que, na eleição passada, quando se candidatou a Deputado Federal, obteve votação muito parecida, só que “não levou” (não foi eleito), em razão da esdrúxula lei eleitoral brasileira vigente, que privilegia a tal da legenda, possibilitando que candidatos com votação inexpressiva sejam “coroados” com os votos que “sobram” de integrantes do mesmo partido (assim, alguém que consegue míseros 10.000 votos entra, em detrimento daquele que consegue 15 vezes mais).
Mas, voltando ao mote inicial ou retomando o fio da meada, ao contrário de Moroni, que fez da eleição pra prefeitura de Fortaleza um rentável “balcão de negócios” (deve ganhar uma secretaria de governo) e de Heitor Ferrer, que pisou feio na bola ao “omitir-se” na hora de dá o troco ao Governador do Estado, Renato Roseno sai pela porta da frente e de cabeça erguida, mercê da altivez e dignidade demonstradas.
Isso, sim, é “ser digno” (e na política, por incrível que pareça); isso, sim, é “um novo jeito de fazer política”; isso, sim, é ter respeito ao seu eleitorado.  

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