por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



segunda-feira, 19 de março de 2012

Por Stela Siebra



Chego já, vai dar tempo de ir acompanhar a procissão. E tomar banho de bençãos e de chuva.
Agradecer ao santo pelas infinitas bençãos e graças que sempre derramou sobre minha família. Meus avós já reverenciavam São José; meus pais também. E eu também.
São José é o santo padroeiro da Ponta da Serra. E ainda lembro-me das novenas e festas que havia todo ano.
Uma novena, procissão com velas acesas, leilão (ocasião em se arrematava galinha assada e se bebia guaraná) Essas coisas tinham um grande valor, representavam um acontecimento significativo.
Havia a festa profana, mas era carregada de louvações ao sagrado.
Essas lembranças são parte da minha história, da história da minha família na Ponta da Serra. É bom lembrar e me deixar inundar de gratidão e reverenciar a serra do Juá (que trazia um friozinho bem grande e que, qual mãe, oferecia sua sombra e suas lajes derramando água para inesquecíveis banhos).
Vejam, quantas lembranças boas o dia de São José me trouxe. E tem mais... A Ponta da Serra é o meu Sertão, é o espaço onde meu silêncio encontra as palavras melhores, porque mais antigas, mais impregnadas de infinito. A Ponta da Serra foi onde pela priveira vez eu vi o Cosmos.

Stela Siebra

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