tango brasileiro
Com apenas 21 anos, Filipe Catto traz novo fôlego para a MPB
por Caru Ares - 5 de dezembro de 2009
Filipe Catto tem apenas 21 anos, mas sua relação com a música vem desde criança – afinal, seus pais são músicos. No entanto, começou a expor seu trabalho próprio em 2005, em um projeto literário-musical de Porto Alegre chamado Sarau Elétrico. A primeira música que gravou para distribuir para amigos e conhecidos – no estúdio que ficava em sua casa, presente do pai – foi “Glory Box” do Portishead, e assim deu início à sua carreira, no boca a boca da web.
Seu primeiro EP, “Saga” – que tem a qualidade de um CD comercial, mas com menos músicas –, tem uma mistura de sonoridades latinas, como samba e tango. Sua música é lírica, dramática e passional, e suas apresentações ao vivo beiram o teatral. “Busquei transformar lamentos melancólicos em dramas. A melancolia é cinza e opaca, enquanto o drama é quente e vibrante”, disse em entrevista ao "Jornal do Brasil".
A comparação de sua voz com a de Ney Matogrosso é óbvia e inevitável, porém verdadeira, com sua afinação e agudos limpos. E é dele a composição de todas as sete letras do disco, com exceção de “Ascendente em Câncer”, feita através de um texto de Fernando Calegari.
Se não fosse pela personalidade forte e as apresentações tão enfáticas, sua música poderia facilmente cair no brega, mas não é o que acontece. Suas letras são de extrema paixão, daquelas de vida ou morte, ame-o ou deixe-o. Como na letra da música “Saga”: “Se eu soubesse que o amor é coisa aguda, que tão brutal percorre início, meio e fim; destrincha a alma, corta fundo na espinha, inebria a garganta, fere a quem quiser ferir”.
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Filipe Catto- Hoje com 23 anos foi um dos entrevistados do programa "Jô Soares", ontem, dia 14.09.2011.
Gostei!
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