O exercício do silenciar é uma das mais especiais expressões artísticas. Arte, no sentido de sabedoria.
Ontem assisti a uma performance poética do Elvis Pinheiro: “Ódio ao Silêncio”, e inspirei-me:
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Ode ao silêncio!
Silêncio amoroso
Não por medo,
Por respeito!
Por respeito!
Abre o portal onírico
Onde todo desejo se realiza.
Não é virtualidade
É fato!
Quando a gente acorda
De cabelos assanhados
De cabelos assanhados
Sentimo-nos acometidos
De saudade e saciedade.
Meus sonhos não sofrem solução de continuidade. Não é a primeira verz que vivo capítulos finitos de uma história sem fim.
Ontem você me visitou. Atrapalhei-me na hora de servir o seu prato. Foi cinematográfico. \Os pratos e talheres fugiam da minha vista e do meu tato. Descobria as panelas, e a comida também sumia, num passe de mágica: o bobó de camarão, as saladas, o arroz com açafrão.
Achamos um esconderijo... Senti o fogo de um abraço, de beijos que não copiavam cenas de novela... Beijos de verdade! Falei-te... Amo! Quebrei o silêncio dos últimos anos. O silêncio respondeu afirmativo. O silêncio fala emocionado, e baixinho... Seu eco é um grito de desabafo, de alimento pro resto do dia, dos dias!
Acordei procurando um CD, que eu não tenho. Mas ele existe, na amplificadora da praça, que já não existe:
“Eu ontem sonhei com você/ a noite inteira...”
4 comentários:
A.D.O.R.E.I.!!!
Colhi teu sorriso!
Abraços
Vixe, que povo alegre!
Lá vai o meu também.Rsrsrs...
Bjos: Lidu.
Lidú,
Amanhã tem serenata na calçada. Vê se não perde!
Abs
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