por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sexta-feira, 26 de agosto de 2011

ANTONIO ALMEIDA E ALBERTO RIBEIRO- por Norma Hauer


Em 26 de agosto de 1911, nasceu, aqui em Vila Isabel, o compositor ANTONIO ALMEIDA e no dia 27 de agosto de 1902, no bairro Cidade Nova (perto do Estácio) o compositor ALBERTO RIBEIRO.

ANTÔNIO ALMEIDA antes de se dedicar às composições, tentou a vida como cantor, apresentando-se no programa "Horas do Outro Mundo", que Renato Murce conduzia na Rádio Philips.
Na mesma época passou a freqüentar a boite "Kananga do Japão", que funcionava na Praça Onze, onde eram freqüentes as presenças dos compositores ligados à Tia Ciata, como Sinhô, João da Baiana, Pixinguinha...
Ali ele começou a compor e logo fez dupla com ALBERTO RIBEIRO.

De ambos podemos citar a bonita canção "Conversando com a Saudade", gravada em 1940 por Carlos Galhardo.

"Saudade é no teu seio que eu me abrigo,
Buscando a minha mágoa amenizar.
Saudade, tu dia e noite estás comigo,
Pois vivo, constantemente e recordar
minha amada..."

Ainda da dupla, tivemos "Tindo lê,lê", gravação dos "Anjos do Inferno", "Acabou-se o que era Doce"; uma letra para uma das Polonaises de Chopin; Boca Negra, gravada por Emilinha Borba"; "O Circo Chegou", gravação de Sílvio Caldas...

ANTÔNIO ALMEIDA lutou muito pelos "direitos autorais" e vivia preocupado com a falta de honestidade quando se tratava desse assunto.

Um dia (10 de dezembro de 1985) , desgostoso, foi mais um artista da fase de ouro de nosso rádio, que resolveu dar fim à vida, seguindo a trilha de Ernesto Nazareth, Assis Valente, João Petra de Barros e Evaldo Rui.

ALBERTO RIBEIRO, foi par, quase constante, de João de Barro (o Braguinha) nas mais famosas das composições que Braguinha assinou. Entretanto, tal como Alcides Gonçalves (em relação a Lupicínio) e Vadico, ( em relação a algumas famosas composições de Noel) era o grande esquecido.

A dupla também compôs lindas canções românticas, como "Amar Até Morrer"; "Eu Sei de Alguém"; "Sonhos Azuis", gravadas por Carlos Galhardo; “Fim de Semana em Paquetá", gravação de Jorge Goulart; "Copacabana" ( o primeiro sucesso de Dick Farney);"Onde o Céu Azul é mais Azul", gravação de Francisco Alves...

ALBERTO RIBEIRO e Braguinha fizeram a trilha sonora dos filmes "Alô Brasil";"Alô, Alô Carnaval" e "Estudantes".

Em "Alô-Alô Carnaval" aparece o único registro de Luiz Barbosa interpretando "Seu Libório", uma das primeiras composições da dupla e que Luiz cantava sempre na Mayrink Veiga, onde chegou a ficar conhecido como "Seu Libório". Mas não gravou essa composição.

Em 1967, ALBERTO RIBEIRO prestou depoimento no Museu da Imagem e do Som narrando sua vida artística.

No mesmo local, as "Cantoras do Rádio" (Carmélia Alves, Carminha Mascarenhas, Violeta Cavalcanti e Ellen de Lima fizeram uma homenagem ao Centenário de ALBERTO RIBEIRO.

ALBERTO RIBEIRO faleceu em 10 de novembro de 1971, aqui no Rio de Janeiro, aos 69 anos. 

Norma

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