A
Lá pelas tantas se descobre
Que o feito não tem retorno
E nada mais se encobre
Do lento e cruel transtorno
B
Feliz é o bodisatva
Que é sempre um ser amával
Faz da vida a dádiva
De valor incalculável!
C
Vence aquele que vence
Sutil íntimo inimigo
Que vive dentro em suspense
Causando grande perigo
D
Meu amor, minha fissura
Terna voz melodiosa
Sinto em ti toda ventura
De uma mão maliciosa
E
Pra que serve a poesia?
Pra que serve o vercejar?
Pra que serve a heresia?
Pra que serve o invejar?
F
Em tudo há serventia!
... há cotejar!
... há melodia!
... há desejar!
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