por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 6 de agosto de 2011

"O Fusca da Corujinha"



Já disse um comercial que do primeiro sutiã ninguém nunca se esquece. E do primeiro Fusca ? Eu, pelo menos, nunca vou esquecer do meu.

Motorista recém formada ... carteira novinha em folha ... só faltava o carro.

Mas havia um dilema. Qual deveria comprar ? É claro que teria de ser um carro popular ... um carro de preço acessível ao meu bolso.

Também teria de ser um carro que fosse em primeiro lugar fácil de colocar numa vaga. Apesar de ter suado muito para aprender a fazer baliza.

Também queria um que fosse econômico ... de fácil manutenção ... peças fáceis de encontrar...

Não havia dúvida . Só havia um carro que preenchia todos esses requisitos:

O Fusca da “Wolkswagen” – “O carro do povo”. A única coisa boa que aquele "Führer" lunático fez na sua passagem por esse mundo, e que o presidente Juscelino Kubitschek trouxe para o Brasil.

Foi paixão à primeira vista.Branquinho, pequeno, delicado, o motor no ponto certo, assim era o meu primeiro Fusca.
Defeitos ? Não percebi nenhum.Era perfeito.
Convivi bem com meu Fusquinha, por exatos dois anos.

Mas aconteceu o inesperado. Depois que eu adquiri confiança no volante e no acelerador, comecei a achar o meu Fusquinha um pouco devagar ...

Então, resolvi trocar o meu Fusquinha por um Fuscão. Não era um "Fuscão preto", era de um azul clarinho, meio cinza.Esse sim, era bom na arrancada. Deixava muito carro "chic" pra trás. Mas tinha um grande defeito. Era viciado em gasolina. E meu bolso começou a reclamar.

-Não durou muito o nosso relacionamento -Troquei de carro.

Que saudade do meu Fusquinha!

Um comentário:

socorro moreira disse...

Muito interessante!
Você movimenta o nosso tédio. Suspiro !

Abraços, amiga!