por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quarta-feira, 27 de julho de 2011

O JARDIM DE NOSSAS VIDAS- Manoel Severo



Que memória prodigiosa essa nossa!


São tantas lembranças... Dentre muitas e poucas, fortes e fracas, algumas, me parece, acabam povoando a cabeça de todos nós. Imagens e sensações realmente parecem nos marcar para sempre. Talvez todos tenhamos no baú do coração um lugarzinho especial para a nossa primeira escola, a nossa querida escolinha... lá longe, nas primeiras horas, nos primeiros dias, aprendendo as cores, os números, as letras, o “b a bá”... no maternalzinho, no “Jardim da Infância”. Aliás, não poderia haver denominação mais adequada: Jardim da Infância, quem dera pudéssemos continuar sempre com o Jardim da Alfabetização, Jardim do Colegial, Jardim do Científico, Jardim da Universidade, Jardim de todos os ensinos, Jardim da Vida.


Hoje, olhando esta grande caminhada que é a nossa vida, cheia de altos e baixos, desafios, caminhos e descaminhos, começamos a perceber que talvez ao nosso jardim tenha faltado cuidado, o abnegado semeador, sensível e sempre presente: faltou amor.


O Grande Nazareno sempre nos provocou, em seu maravilhoso Ensinamento Divino, que para entrarmos no Reino de Deus deveríamos ser como criancinhas. Crianças cuidam, cuidam porque amam, apenas amam, amam incondicionalmente, sem pedir nada em troca, e isso lhes basta. Se todas as roseiras da vida fossem cuidadas eternamente por crianças, com o sentimento verdadeiro e puro de crianças, teríamos um belo e eterno jardim.


Onde foi que perdemos o nosso regador? Onde foi que deixamos as principais sementes? Como conseguimos deixar os galhos secarem sem um único olhar? Como deixamos que tudo acontecesse, sem fazer nada? Será que foi naquele mesmo instante em que desaprendemos a sorrir?

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