por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



domingo, 31 de julho de 2011

Lapidando o coração.‏ Por Monalissa Figueiredo

Aprendi com o meu pai muito sobre música. Recebi dele um presente extremamente valoroso: um ouvido sensível aos sons do mundo. Música é alegria que desenha no coração, é poesia que dá forma pensamentos, é dança de lembranças que preenchem o que é vazio e te tira da solidão. 

Lembro de quando aos 13 anos ele me chamou para ouvirmos juntos Santana e Eric Clapton tocarem "While my guitar gently wheeps". Nunca mais esqueci desta música.  É uma das minhas preferidas até hoje... É linda, e me faz bailar em território sagrado.

Seus inúmeros CDs não me deixam mentir, seus ouvidos e memória inconfundíveis também não...Caso listasse todas as músicas que me fazem lembrá-lo, teríamos mais trilhas sonoras que anos de vida...srsrsr

Outra vez, em um ontem comum, novamente partilhamos um momento generoso desta vez ao som do Rod Stewart e Amy Belle... ( http://www.youtube.com/watch?v=7RkWs6P2IwE ) sons e momentos igualmente ricos e importantes, moldaram esta cena que ao contrário da letra musicada, (... I dont want to talk about it, how you broke my heart...) tem uma mensagem feliz!

Insisto em não levar um coração quebrado pelo caminho... não acho que tristeza seja semente para ser cultivada por mais de 24 horas..., devemos vivê-la, mas não incorporá-la.  A felicidade precisa de espaço, e se você não esvaziar-se, como terá sorrisos no estoque? Gosto de prateleiras fartas, sobretudo se te oferecem coragem e sabedoria, este último cada vez mais em falta em corações românticos como o meu.  Junto com melodias, tinha sentimento naquele paterno divã caseiro. Trocamos esperanças e crenças, que formariam meus ideais e minhas projeções de futuro, e finais felizes.  E assim como nós, pai e filha, a felicidade tinha par...era a alegria, que trazia em si a certeza de luz para o dia, e a opção de acender o coração, caso a noite fosse escura, ou longa demais.. .

Lembrei do Padre Airton, afirmando que: “...quando a o dia já vai tarde, a noite declina.” Deus nos permite entender que há tempo para tudo...e o que é generoso, é que isso nos mantém motivados a viver o dia seguinte com a mesma fé e disposição. É preciso respeitar os ciclos. Não acho isso difícil. Eu que cresci apostando em jardins floridos, sim, ainda imagino “flores nos vestidos e nos destinos”, vejo claramente que sempre haverá escolha entre o começo de um, e o final de outro de tantos que formam as nossas vidas.

Incorporado este universo, penso na minha reconstrução e consequente superação, como um abraço, que está pronto para receber o horizonte que me espera. Adoro seguir em frente, apostando nessa direção, acreditando no invisível que é a esperança de ser feliz!

Um abraço apertado em todos que me envolvem nesta certeza.
Mona

Monalissa Figueiredo

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