Acanhada, aluada, órfã de pai e mãe, tinha o semblante de um anjo desmantelado, mas de luz intensa!
Chegava e saia calada. Ficava de cócoras num canto da cozinha, a espera de um prato de comida, de um cumprimento, de um mimo. Maltrapilha e rota, minha mãe, que a chamava de Roseira, dava-lhe um trato; :unhas, cabelo, e banho de cheiro. Ficava tão linda, como uma rosa vermelha! Tem gente que parece bicho do mato pelos maus tratos...
Tia Rosa era minha tia marginal, pela pobreza e simplicidade. Culpo-me por todas as vezes que deixei de lhe pedir a bênção, ou senti vergonha daquela velhinha com aura de santa!
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