por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quarta-feira, 11 de maio de 2011

"Ex" - José Nilton Mariano Saraiva

Com direito a propaganda antecipada, veiculada com insistência nos principais jornais do Estado, em eleição realizada na cidade de Fortaleza, num processo pra lá de democrático, a cidade de Quixeramobim, com respeitáveis 61,20% dos votos apurados, venceu a disputa para sediar o futuro “Hospital Regional do Sertão Central e Inhamuns”, a ser construído pelo Governo do Estado do Ceará. O investimento, compreendendo estrutura física e equipamentos, será da ordem de R$ 96 milhões (afora a manutenção).
O anúncio oficial do resultado foi feito pelo próprio Chefe do Executivo cearense, que, na oportunidade, fez questão de enfatizar a plenos pulmões (encarando de frente os flashs), o caráter democrático da escolha, porquanto resultado da soberana manifestação das autoridades representativas dos municípios da Região (cerca de 20).
Faltou dizer, e ninguém lembrou de perguntar ou questionar publicamente (por conivência, frouxidão, conveniência ou o que mais aprouver), por qual razão o mesmo alardeado critério (democrático) não foi escolhido, usado e adotado quando da definição do local onde foram construídos (e estão prestes a funcionar) os “hospitais regionais” das regiões sul e norte do Estado, respectivamente Juazeiro do Norte e Sobral, onde prevaleceu a decisão “solo” e autocrática do Governador.
Aliás, não deveria causar qualquer surpresa tal desenlace, porquanto, dias antes, em visita à cidade do Crato (“ex” capital da cultura, “ex” princesa do Cariri, “ex” cidade modelo, “ex” detentora do melhor carnaval do interior do Nordeste, “ex” futura capital do futuro Estado do Cariri - e usem o “ex” até não mais querer), o Governador do Estado simplesmente ignorou o protocolo e as formalidades corriqueiras, ao circular na cidade sem que o seu prefeito fosse sequer cientificado, numa prova inconteste do “real prestígio” do chefe da municipalidade cratense para com os escalões superiores do Estado (e, de sobra ou por simples pirraça, a raquítica verba destinada a “dá um trato” na barafunda em que se transformou a cidade após as chuvas de janeiro, foi bloqueada e transferida para a conta do Estado, que a alocará onde e quando achar necessário).
Conclusão: ou o povo do Crato coloca no “trono” municipal alguém que se relacione e tenha transito livre junto a quem usa a “caneta” ou vamos continuar patinando na maionese e afundando na mediocridade.

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