por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 28 de maio de 2011

CIRO MONTEIRO - por Norma Hauer


O CANTOR DAS MIL E UMA FÃS
Ele nasceu no dia 28 de maio de 1913, no bairro do Rocha, aqui no Rio de Janeiro,
indo morar, ainda criança, em Niterói onde começou a cantar, com seu irmão, em festinhas particulares.

Nessa época, Sílvio Caldas o conheceu e propôs que cantassem em dupla, como Sílvio fazia com Luiz Barbosa.
No começo, ele e não se interessou, mas depois foi contratado por César Ladeira para cantar na Rádio Matyrink Veiga, onde conheceu a cantora Odete Amaral com quem se casou em 1941.

Foi quando fez a primeira gravação de "Se Acaso Você Chegasse", de Lupicínio Rodrigues e Felisberto Martins, que abriu a porta tanto para o Ciro, como para o Lupicínio.
Foi este samba que projetou o nome do compositor gaúcho. Isso em 1937. Nessa época, Ciro Monteiro já despontava no programa "Picolino", de Barbosa Júnior, na Rádio Mayrink Veiga.

No início de 1949 Ciro transferiu-se para a Rádio Nacional,
Nesse ano a Mayrink sofreu o então maior golpe em sua existência. Quase todos seus "cartazes" a deixaram.

Seu segundo sucesso foi o samba de Ataulfo Alves e Wilson Batista "Oh, Seu Oscar", o estivador que, chegando do trabalho a vizinha lhe falou que sua mulher o deixara, pela orgia.
O samba "O Bonde de São Januário", da mesma dupla, além de fazer apologia ao bonde, elogiava o trabalhador.
A letra original dizia "o "bonde São Januário, leva mais um grande otário, sou eu que vou trabalhar." O DIP ( a censura do Estado Novo) não permitiu e Ataúlfo substituiu para "o bonde São Januário, leva mais um operário, sou eu que vou trabalhar".

Mas o "povão" fez outra letra:"o bonde São Januário leva mais um grande otário p'ra ver o Vasco apanhar".

Foi o primeiro a gravar o samba "Beija-me", de Roberto Martins e Mário Rossi, em 1943. Samba hoje mais uma vez fazendo sucesso na voz de Zeca Pagodinho.

BEIJA-ME
Beija-me
Quero teu rosto coladinho ao meu.
Beija-me
Eu dou a vida palo beijo teu.
Beija-me
Quero sentir o teu perfume
Beija-me
Com todo o teu amor
Senão eu morro de ciúme."
17:36 (1 hora atrás)
Norma
CIRO MONTEIRO -2-
Também Geraldo Pereira marcou o repertório de Ciro Monteiro, que foi o primeiro a gravar "Escurinho", assim com a "Falsa Baiana".

FALSA BAIANA

"Baiana que entra na roda, só fica parada,,
Não bole, nem nada
Não sabe deixar mocidade louca...

Como compositor, seu maior sucesso foi "Madame Fulana de Tal".

Até Luiz Gonzaga, o "rei do baião" e Humberto Teixeira, o "doutor do baião" fizeram, para Ciro Monteiro, o samba"Meu Pandeiro".

Quando eu morrer quero os braços de fora
P'ra tocar o meu pandeiro..."

Em 1965 apresentou-se na TV Record, em São Paulo, com o "show" Bossaudade"

Nesse mesmo ano, com Dilermando Pinheiro, ainda em São Paulo, apresentou o espetáculo “Telecoteco-opus 1” , da autoria de Sérgio Cabral. E com Eliseth Cardoso gravou um LP de nome “A Bossa Eterna de Eliseth e Ciro”.
E vários outros LPs na Odeon, um deles com Jorge Veiga..

No ano em que faria 90 anos (2003) vários cantores o homenagearam no Teatro Sesi.

Ciro Monteiro faleceu em 13 de julho de 1973, aqui no Rio de Janeiro, aos 60 anos.

Norma

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