por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 9 de abril de 2011

cinco poemas sem penas




              
POEMA DE AMOR

Tomei o coração na mão como uma maçã
e cravei os dentes vermelhos. Estava em êxtase,
transverberado, com toda a poesia do mundo
escorrendo dos beiços, cantando na língua.

Eu a beijei com sofreguidão, como uma bicicleta.
Ela floresceu dentro de mim, com tanto perfume
quanto um jasmineiro à noite. Mas era apenas
a poesia como um cavalo domado sob os lençóis.


HERMAN MELVILLE

Os ceifeiros são baleias no campo de trigo.


O POEMA SEM PENAS

Um poema sem penas
como uma açucena ao luar.


          Veja meus poemas urbanos em:  http://gregoriovaz.blogspot.com/


Um comentário:

socorro moreira disse...

Primores !
Abraços, grande poeta!