por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 17 de março de 2012

LANÇAMENTO DO CORDEL - UMA RUMA DE RIMA NO RUMO ALOSTRÓFICO

Aconteceu  no entardecer de hoje, Pça Siqueira Campos, o lançamento do cordel de Ulisses Germano e Bastinha Job.
Momento agradabilíssimo!
Participação especial dos músicos  Nicodemos e Abidoral Jamacaru.
Agradecemos o apoio promorcional do Sesc. Agradecemos a alegria do evento, com presenças queridas.
Parabéns, Ulisses e Bastinha. Foi tudo muito lindo!

Vida - Por José de Arimatéa dos Santos

José de Arimatéa dos Santos
Na vida que segue
Tem dias quentes
Que nos deixam ardentes
Como dias de frio e alegres

Que dicotomia incrível
Tem essa vida
Cheias de momentos de ida
Mas também de volta memorável

Sentimentos maravilhosos
De vida vivida
E da certeza de alegrias revividas

Esse é o tempo certo
De viver o momento
Da vida presente

Receita de Bolinho de chuva prático



2 ovos
¾ de xícara (chá) de açúcar
2 colheres (sopa) de manteiga
½ colher (chá) de sal
1 colher (sopa) de fermento em pó
1 xícara (chá) de leite
2 xícaras (chá) de farinha de trigo
Óleo de canola para fritar
Açúcar e canela em pó para polvilhar

Modo de preparo

Numa tigela, junte os ovos, a manteiga, o açúcar e o sal e misture muito bem.
Acrescente alternadamente à mistura o leite e a farinha de trigo.
Mexa sempre com uma colher.
Junte o fermento e misture bem.
Numa panela média, coloque bastante óleo.
Leve ao fogo alto para aquecer.
Quando o óleo estiver quente, abaixe o fogo.
Com 2 colheres (sobremesa), modele os bolinhos.
Encha uma das colheres com a massa.
Passe de uma colher para a outra, até que a massa fique com um formato arredondado.
Com cuidado, coloque pequenas porções de bolinhos no óleo quente.
Deixe fritar até que os bolinhos fiquem dourados.
Com uma escumadeira, retire os bolinhos.
Coloque sobre um prato forrado com papel-toalha.
Num prato fundo, coloque açúcar e canela em pó e misture bem.
Passe os bolinhos por essa mistura até envolvê-los completamente.
Sirva a seguir.


Fonte: http://www.comidaereceitas.com.br/bolos/bolinho-de-chuva-pratico.html#ixzz1pP276xc7


Museu Vivo- Zé Flávio!


Ontem, nas falas de Zé Flavio, refleti sobre uma das suas incríveis colocações: “não gosto de viver do passado.A gente tem que se focar no presente, caminhando na estrada do futuro”.Não foram exatamente estas palavras, mas a ideia está correta.
Também sou de viver o presente... Mas o “revival” é possível, ainda neste século. Depois, o que teremos pra reviver? Daí a urgência ou necessidade de se criar coisas novas, com base nas conquistas do passado. Falo das artes,da história... E, notadamente da Música, que está inserida nestes dois aspectos.
A verdade é que não podemos ser eternamente repetitivos, nem tão pouco excluir o que foi e será ótimo em todos os tempos. Aí ele explica a imortalidade de certos autores...
No final da entrevista ( engraçada e emocionante), Zé Flávio foi merecidamente aplaudido pela pessoa/artista e médico que representa pra quem o conhece, em contextos diversos.
Grande homem, grande amigo: engraçado e emocionante!
Aguardamos com impaciência seus textos semanais, e seus futuros trabalhos: teatro, romance, contos, crônicas e histórias! 

Você é nosso orgulho, caríssimo!

Socorro Moreira

Canhoto (violonista)



Américo Jacomino (São Paulo 12 de fevereiro de 1889 — 7 de setembro de 1928) foi um violonista brasileiro, popularmente conhecido por Canhoto, em virtude de executar o dedilhado no instrumento com esta mão esquerda, sem inversão do encordoamento. Canhoto foi um dos responsáveis pelo “enobrecimento” deste instrumento musical no Brasil. O violão era, até sua época, considerado um instrumento de menor importância, e mesmo, dito que só marginais faziam uso dele.



sexta-feira, 16 de março de 2012

Meu Olho de Vidro- por Jackson Oliveira Bantim

"Um olhar Emocionado sobre Paisagens
Paragens e personagens
Do Mundo que vi".


Adicionar legenda








Cada imagem é um poema, um conto, uma história...
Belo trabalho, "Bola"!

"quem tem alma não tem calma" (Fernando Pessoa)

O ghostoso da simplicidade - Emerson Monteiro

Acharam, pois, de artificializar tanto, e de tal forma, as categorias gramaticais que de regra obesa ninguém vive mais o prazer das primeiras vezes, nessas murrinhas rodeadas na moldura dos cabelos amarfanhados, parafinados, que só aprisionam a boneca da velha civilização. Onde eles esconderam o desgosto do amor aberto das praças e a paixão dos filmes ardentes, as flores miudinhas abandonadas ao vento, o inesperado das cenas, os sambas clarividentes de Chico Buarque?

A emoção definitiva dos jornais de antigamente que chuva levou para sempre, então? E as máquinas sabidas de dar corda, os brincos de argola pendurados perto dos lábios de mel, olhos acesos de desejo às menores carícias, os brejos dos canaviais ondulantes, as cores vivas dos tetos de telha das choupanas e suas chaminés esvoaçantes tingindo de cinza o verde da matas em festa animada? Os pirilampos, as cabrochas, os sugares das concertinas, estalidos de comboeiros conduzindo cargas de rapadura em travessias de sertão? Que é disso, daquilo e doutros tamanhos blocos de granito que jamais imaginou sumirem?

E o ghostoso das mínimas atenções que escorregou dos dedos a preço de inutilidades, a troco de nada, sem botão de respostas saracoteando nas histórias estrangeiras das conversas pra boi dormir dos vídeos games e tudo?! Argumentos falsos desconfiados dessa gente que repete as produções, no lucro incessante em jeito sabido, incutindo colesterol nas barrigas esfomeadas dos subdesenvolvidos e carrões platinados!?...

Começaram tocando nas rádios assuntos desconhecidos em músicas de línguas desconhecidas, e venderam fácil aos índios geniais camaradas, samurais enferrujados. Passaram que passaram turnos de mercadorias ilustradas, sarapintadas no sabor de artificial, e encheram maneiro o quintal da moçada efusiva.

Depois era ver e crer o quanto sucata emprenha o teto dos armazéns, casas e dormitórios. Nisso, o barco segue tingindo o mar dos puxadores da guerra, nos exteriores das fazendas de gado, na superpopulação do tecido social. Cultura mesmo adormeceu preguiça no território de um globo inteiro, que esmoreceu nas calças. Bossa abusada que fuça, fuça, a estrutura caduca na farra de ração que atocha de hormônio o tanque da macacada sideral.

Há tempo, sim, nas folhas dos calendários... No treme-treme dos relógios. Ia esquecendo falar a saudação de fechar a carta.

"Vitrine do mundo" - José Nilton Mariano Saraiva

Demorou, mas... vingou.
Após anos de tentativas infrutíferas de voltar a sediar uma Copa do Mundo de Futebol (um mega evento, de significativa amplitude, queiram ou não os radicais), o Brasil chegou lá e transformar-se-á, no período da sua realização, em 2014, numa espécie de “vitrine do mundo”, para onde convergirão olhares, mentes e corações.
Em termos eminentemente futebolísticos, embora o sucessor (José Maria Marin) já tenha anunciado aos quatro ventos a sua intenção de deixar “tudo-como-está-para-ver-como-é-que-fica”, a verdade é que a saída do arrogante, desonesto e prepotente senhor Ricardo Teixeira do comando da CBF abre a perspectiva para que urgentes e necessários ajustes sejam processados, objetivando evitar uma espécie de “fracasso anunciado” da nossa seleção de futebol na referida competição.
Sim, porque embora faltando pouco mais de 2 anos para seu início , a expectativa é que esta “poderá” ser a grande oportunidade do futebol brasileiro tirar o pé da lama, espantar o fantasma da mediocridade (vigente na atualidade), reconquistar a supremacia futebolista, voltar ao panteão de “melhor do mundo” e, enfim, propiciar à sua apaixonada torcida momentos de alegria.
Poderá ???
Pelas atuações medíocres do time nos gramados e o mercenarismo fazendo moradia entre os atletas, mui dificilmente teremos uma equipe coesa e disposta aos sacrifícios inerentes à tal empreitada; além do que, do lado de fora das quatro linhas vige um comando técnico reconhecidamente incompetente e desmoralizado (o tal do Mano Menezes & Cia ainda não mostraram a que vieram e o tempo urge), porquanto calcado na vaidade pessoal, no jogo de interesse e conveniência de grupos específicos.
Assim, a preço de hoje e pelo andar da carruagem, se medidas draconianas não forem tomadas, a tendência é que não nos será permitido sequer abolir da mente a doída frustração e apagar a imensa nódoa provocada pela “tragédia do Maracanã” (em 1950), já que para tanto teríamos que, ao menos, chegar à partida final (e, se não houver mudança no comando técnico da seleção, certamente lá não estaremos).
Alguém tem duvida ???

A guerra contra o Irã já está pronta - José do Vale Pinheiro Feitosa

Acabo de assistir a um programa da Globo News chamado “Sem Fronteira”. O programa seria um debate sobre um possível conflito de EUA e Israel contra o Irã em razão do programa nuclear do país. E edição do programa é simplesmente um terror: uma propaganda de guerra. Uma propaganda a justificar a ação armada das potências nucleares de EUA e Israel contra o Irã.

Uma propaganda com todas as marcas do Pentágono e da CIA. Apenas se ouvem os interesses dos países que querem a guerra e o Sem Fronteiras apresentou uma reportagem feita por um Português, visando o Brasil, é claro, em que o sujeito nitidamente é porta voz da propaganda belicista do governo israelense. A “reportagem” chega a filmar dentro de bases aéreas e de submarinos israelenses.

A reportagem é a preparação para uma ação armada a qualquer momento. Estejamos convencidos que, sem adivinhações, Israel vai atacar o Irã e será logo. A Globo News é parte do esquema de propaganda deste ataque. E aí o que será do mundo?

Um cenário muito provável e apontado por muita gente é o aprofundamento da crise econômica com mais uma disparada no preço do Petróleo. Aliás, o preço do petróleo vem subindo e fugindo das leis econômicas básicas: a demanda por petróleo tem diminuído entre os grandes consumidores do mundo, especialmente Europa e EUA.

Um artigo de Nouriel Roubini traduzido em português, que criou fama ao prever a crise americana, diz que os Estados Unidos e Israel atacarão o Irã de qualquer modo, a diferença é apenas de data: Israel quer o ataque ainda neste verão (a partir de junho) e Obama para depois das eleições. O EUA estão armando Israel em velocidade e já realizam manobras assassinando cientistas iranianos e fazendo guerra eletrônica contra as instalações iranianas.

O cenário previsto por Nouriel é de uma generalização de conflitos no Oriente Médio, inclusive no estreito de Ormuz por onde passa uma grande parte do petróleo para os mercados ocidentais e em vários países, inclusive envolvendo a América Latina. Aliás está cada vez mais próximo da realidade uma paranóia que certos setores apontam sobre o câncer que matou o ex-presidente Nestor da Argentina e o de Hugo Chavez.

O analista diz que se tambores de guerra baterem mais forte no verão do hemisfério norte, o Petróleo irá subir para uma escala que afetará ainda mais as economias ocidentais e mundiais. O quadro de tensão que esta guerra desencadearia poderia ampliar os conflitos no Iemen, na Síria, Egito e atingir a Arábia Saudita. E quando se fala em conflito deve sempre se imaginar que todas as forças possíveis poderão emergir, especialmente as radicais.

Nouriel termina o seu artigo assim: “O Petróleo já está acima de US $ 100/barril, apesar de fraco crescimento econômico nos países avançados e em muitos mercados emergentes. O prêmio medo pode empurrar os preços significativamente, mesmo se nenhum conflito militar em última análise, tiver lugar, e provocar uma recessão global.”

Por falar em músicos...- por socorro moreira


Eu conto nos dedos as vezes que participei das matinais, tertúlias e festas dançantes que aconteciam frequentemente no Crato dos anos 60, 70... Mas desde os anos 50 que a dança /música me fascinavam.
É com muito prazer e entusiasmo que participo do grupo que organiza a festa de Hugo Linard.
Acredito que a nossa gente se não viveu estes tempos (hoje nostálgicos), deseja um flash de um passado glamoroso.
Nas noites festivas eu ficava olhando as meninas da minha idade ou mais velhas se prepararem. Era de praxe um vestido novo, sapatos, bolsas, jóias, meias finas, além de arrumar o cabelo, fazer as unhas, tomar um bronze , e por fim a maquiagem. O melhor era no dia seguinte, quando eu corria pra saber quem tinha dançado com quem... Dona Valda era mesmo uma mãe zelosa ou carrasca?
Dançava nos corredores da casa, entre as árvores dos quintais, na imaginação, no recreio do colégio. Dançava!
Beleza quando me permitiam passar férias em Mauriti ou Várzea-Alegre. Aí, eu tirava o atraso. Longe do olhar vigilante e proibitivo da minha mãe, eu conseguia meus calos nos pés.
Na fase adulta detonei minha vontade de dançar. Por uma década, precisamente nos anos 80, vivi um pouco ou muito o encanto de dançar face a face. A gente fechava os olhos, escutava a música e flutuava com o parceiro que de certa forma era a gente que escolhia.
Hoje depois de quase duas décadas, eu sinto vontade de provocar o reencontro da nossa geração, e da geração atual. 
Nada como Hugo Linard e orquestra pra trazer de volta a música dos bons tempos: o fox, bolero, samba, blues, jazz, mambo... Os ritmos latino-americanos.
E como se não bastasse comemoraremos os seus 65 anos de vida/60 anos de música.
Hugo, figura tão presente nos nossos sonhos e serenatas; parceiro de quase todos os músicos caririenses. Ele, a representação- relevando o valor individual e coletivo da música caririense de todos os tempos!
Estou na sintonia de muitos, e vice-versa. Queremos uma noite de encanto. Estamos aguardando a noite de 14 de abril, no Crato Tênis Clube, para dançar, ouvir, sonhar e, principalmente rever as pessoas que o dia a dia nos faz desencontrados.
Vamos nessa, minha gente!
Ninguém pode perder esta possibilidade de alegria... O luto e a saudade já entraram no nosso coração, que deixou de ser menino, mas a festa ainda faz parte da vida. Estamos vivos!

Saravá, Hildelito Parente, Francisco Peixoto, Chico Soares, Correinha, Leninha Sobreira, Leninha Linard, Cleivan Paiva, Abidoral Jamacaru, Ranier, Luciano Brainer, Nicodemos, Ulisses, João do Crato, Nivando, Franciné, João Dino, Ricardo Bezerra, Jr.Rivadave, Nélio, Demontier, Manoel de Jardim, Dihelson, Jairo Starkei, Marcelo Randemarck, Cássio, Pachelly Jamacaru, Hidelgardo Benício, João Hilário, Ibertson, José Flávio Teles, Silvino Neto, Glauco, Lamar, Cleuton, Zé Prazeres, Lira, Flaviano, Fernando Callou, Célio Silva, Fernando, Calazans Neto,Lifanco, Tiago Araripe, Zé Nilton Figueirêdo, Leonel, Nacélio Oliveira, Ricardo Brasileiro, Carlos Rafael, Geraldo Urano, Elisa Moura,Divani Cabral, Diana Pierre, Padre Davi, Pe Ágio, Nivaldo, Célia Dias, Auci Ventura,João Neto, Amélia, Álvaro, Batista, Luiz Gonzaga, e tantos outros...!
 Enfim, que Deus abençoe na terra e no céu esses anjos que tocam e cantam para o nosso coração vibrar!

Feliz aniversário, Tetê Peretti!




Abraço amoroso dos amigos do Azul Sonhado!

Festejando o 18 de março por antecipação!

É hoje! - Museu vivo com Zé Flávio


Local: SESC Crato
19 h

Rabugem


Recentemente o “Jornal do Cariri” publicou artigo assinado pelo Técnico Judiciário Jailson Matos Nobre sob o tema : “ Até quando temos que suportar o descaso com a Saúde ?” . Nele Jailson desabafa problema vivido por ele mesmo, naqueles dias, quando necessitou atendimento médico por conta de uma suposta virose. As queixas do articulista não são novidade no noticiário cotidiano: somam-se a inúmeras outras , Brasil afora, no que tange ao caos onipresente da Atenção Hospitalar no país. E vejam que Matos Nobre é usuário de Plano de Saúde e mesmo assim sentiu-se desprezado quando buscou assistência médico-hospitalar. Imaginem aí a leva de mais de 160.000.000 de brasileiros que dependem única e exclusivamente do nosso Sistema Único de Saúde ! Mesmo assim, pagando um dispendioso Plano, o nosso técnico judiciário peregrinou por vários hospitais da região, sempre abarrotados de pacientes nos ambulatórios, com filas imensas e consulta médica, a seu ver, superficial e morosa.

Solidarizamo-nos com a aflição do Jailson. Não é preciso ser sequer técnico para entender a fragilidade do atendimento emergencial no Brasil. Isso é simplesmente revoltante e injustificável. Há, no entanto, um outro ponto no artigo que se repete reiteradamente nas outras denúncias vistas no dia a dia . A culpa recaí facilmente sobre o médico que , a seu ver, fez um juramento na formatura e que o está descumprindo seguidamente . Além de tudo,no final, Jailson enfaticamente volta suas baterias novamente para a classe médica, ipsis literis : “os sem vergonhas se apoderam do dinheiro público e fazem o que bem querem, sem que nada aconteça”.

Como médico, sei perfeitamente que para se tratar uma moléstia qualquer é imprescindível um diagnóstico etiológico correto e preciso. Pois bem, acredito que Matos Nobre foi perfeito na descrição dos sintomas e sinais da patologia, mas falho no fechamento do diagnóstico causal. Estando na ponta do Sistema , somos o alvo mais próximo e visível aos petardos da população revoltada. “O médico não atendeu, o médico demorou demais, o médico só pensa em dinheiro e por aí vai... Somos apenas um elo da imensa corrente, caro Jailson, e o seu link mais frágil. Não representamos o carrasco que superficialmente aparentamos ; bem ao contrário: estamos indo para o cadafalso junto com aqueles que se pensa iremos executar. Seria como condenar um Técnico Judiciário pela sentença imposta ao réu, ou a um juiz pela morosidade da justiça, esquecendo que por trás existe toda a máquina emperrada da justiça brasileira.

Para que se entenda: o SUS, criado há mais de vinte anos, se propôs desde o início a dar saúde integral e de qualidade para todos os brasileiros, indistintamente. Esquecemos, porém, que este é um país capitalista e não se pode socializar apenas a saúde, sem socializar, igualmente, o Supermercado. O resultado é que desde então o SUS é sub-financiado, inclusive, recentemente, o Congresso se negou a aprovar a Emenda 29 original que daria um melhor aporte de subsídios ao Sistema. Investimos apenas R$ 2,00 ( menos que o preço de um picolé) por dia para cada habitante e os Planos de Saúde , no Brasil, gastam mais de 60% das verbas destinadas ao setor, para dar cobertura a apenas a 40 milhões de usuários. Essa equação não fecha. O resultado é fácil de se observar : consultas pagas a pouco mais de dois reais, cirurgia de ponte de safena pagando ao cirurgião oitenta reais; o último concurso público para médico no Ceará apresentava proposta salarial de pouco mais de um salário para vinte horas semanais. A escassez de recursos prejudicou principalmente a rede hospitalar procurada pelo denunciante que teve mais de dois mil serviços fechados no país, nos últimos anos. Os Planos e Seguros de Saúde , por sua vez, têm pago valores por consulta e procedimentos bem abaixo do mínimo preconizado pelas entidades médicas.

Os médicos que o atenderam , nos diversos serviços, estavam , segundo suas próprias informações, com um número imenso de pacientes em igual situação, para serem atendidos. Estafados, sobrecarregados, fazendo uma Medicina de guerra, talvez, por isso mesmo, esses profissionais não tenham podido se deter melhor nas suas queixas. São sacerdotes sim, trabalhando após uma formação de mais de doze anos, por salários irrisórios, em péssimas condições de trabalho, a maior parte das vezes sem qualquer vínculo empregatício; sem terem tempo , nem disposição para se dedicar à família e à atualização de conhecimentos. E mais, caro Jailson, exigem deles não mais sacerdócio, mas santidade. É tanto que o grosso da população brasileira já percebeu isso e pesquisa de 2010 ( feita pelo Grupo alemão GFK) apresentava índice de confiabilidade dos médicos de 87%; bem acima, inclusive, dos profissionais da sua área : juízes 67% e advogados 57 % .

Concordamos, plenamente, com a famigerada frase com que você perorou seu artigo: “Os sem vergonhas se apoderam do dinheiro público e fazem o que bem querem, sem que nada aconteça”. Só que, caro Jailson, estes desavergonhados não estão dentro dos hospitais , nem se vestem de branco. Eles estão em outros gabinetes, ganham muito bem e têm a cumplicidade da maior parte do povo deste país. Não se cura a rabugem do cachorro , envenenando o veterinário. Se você pretende ajudar a pôr fim ao descaso da saúde, amigo, é preciso antes identificar o germe para poder usar o antibiótico específico.

J. Flávio Vieira

quinta-feira, 15 de março de 2012

RENOVANDO O CONVITE!




14 de abril/2012
22 h
Local: Crato Tênis Clube 
100 mesas.
Faça a sua reserva  pelos telefones:

35232867
35234305


Traje: "Esporte fino"

COISAS DA VIDA - por Rosa Guerrera


As vezes , pessoas surgem nas nossas vidas envoltas no inexplicável.
No início parecem sombras que flutuam na nossa frente , sem que lhe dediquemos a mínima atenção..
Não possuem aquele perfil que esperamos, o sorriso que sonhamos,o tom de voz que sempre fez parte dos nossos sonhos, enfim: acontecem como esbarros , sem o marco de um encontro.
E o impressionante é que lentamente vão envolvendo de ternura os nossos dias ..
E assim também inexplicavelmente vamos sentindo que de repente o nosso coração abre um novo espaço para o amor .

É ISSO AÍ ........


Tive que viver muitos anos
para aprender que :

O Tempo é sempre um clandestino
dentro de cada um de nós.
Que a maioria dos sonhos são apagados
com o passar das estações.
Que amores vem e vão num piscar de olhos
Que saudades permanecem onde não deviam permanecer
Que a infância está num tempo sem volta.
Que o coração se arrebenta dentro de vários sentimentos,
Que morrem nossos pais ,
Nossos colegas nos esquecem
Que o nosso sorriso é emoldurado por rugas
E que finalmente envelhecemos .

Seria bom que ao iniciarmos essa aventura chamada vida
Tivéssemos conhecimento das muitas alegrias
E dos inúmeros sofrimentos que marcariam a nossa estrada
Talvez fossemos mais humildes,mais sinceros,
Menos egoístas,mais crentes , e mais justos.
Mas o lamentável é que a maioria de nós
mesmo consciente dessa verdade
Ainda insiste não viver o amor em toda a sua plenitude .

Nosso irmão o jumento II - Emerson Monteiro


—O asno hoje só serve para causar acidentes na estrada — diz o secretário-adjunto de Agricultura do Rio Grande do Norte, José Simplício Holanda.

Em matéria publicada no site O Globo – Economia, princípios de março de 2012, agora são os chineses, os quais já abatem 1,5 milhões de burros ao ano, e quererem importar 300 mil jegues brasileiros para alimentar a população daquele país descomunal. Voltou à tona assunto de tempos recentes, quando eram os japoneses que dizimavam o jumento e seu abandono nos círculos ambientais dos automóveis predadores. Os animais vadios não ofereceriam mais razão segurança às estradas e crise fatal os submetia a sofrimentos e desesperança.

De novo a imagem de Padre Antônio Vieira, o escritor cearense que advogou a espécie que ajudara sobremaneira o desenvolvimento do Sertão nordestino, carregando barro, tijolos, telhas, propiciou a construção de açudes, barreiros, estradas, indiferentes ao açoite e aos achincalhes com que lhe retribuíam a paciência e o trabalho profícuo.

As justificativas infelizes argumentam que ele, manso dos pecados ocidentais, nada possui no sangue que o engrandeça e credencie como filhote da biologia latino-americana, porquanto viera nas caravelas das conquistas, exterminadoras de índios e extrativas das riquezas originais.

Tudo indicava que chegaria o sonhado aposento dos muares, que saiam vagando pelas mangas e estradas, jogados ao léu da sorte, desocupados, comendo o que achassem e alheios aos vôos da tecnologia dos asfaltos.

Quem alimentou os avanços dos outros virou só entulho. E de quebra pôs em risco a segurança dos usuários de transportes, em razão da velocidade das máquinas e do abandono a que foi relegado após o ostracismo em que caiu...

De história modesta e sem graça, ainda que detidos para averiguações, os jegues terminam sua longa jornada, que começou no Oriente suntuoso, de jeito melancólico.

De certeza, dos campos em que passeia na eternidade, Padre Vieira se indigna perante este crime da sobrevivência chinesa contra o jumento, o qual incluiu com amor na família dos humanos. Antes, se levantou com tamanho furor na sua defesa que conseguiu suspender o morticínio da sanha perversa dos matadouros. Agora, há pouca chance de outros defensores tão dedicados produzirem resultados equivalentes.

Essa espécie dócil, servidora, inofensiva, torna-se, desse modo, símbolo da mesma ingratidão que sofreu o operário fiel da gleba, pau para toda obra e pretexto das soluções apetitosas na boca feudal dos fartos coronéis de barriga cheia.

A Águia Americana ainda põe ovos com casca dura - José do Vale Pinheiro Feitosa

Transformaram a luta pelo controle de emissão de carbono numa troca a troca comercial de créditos de carbono. O capitalismo depende que a “corrente da felicidade” ande. Se algum elo quebrar, a corrente cessa. Esta corrente é o eterno crescimento financeiro, o retorno em lucro. Mas está difícil continuar crescendo por isso aconteceu esse cassino financeiro com os derivativos que mostraram o que eram: nada.

A outra bandeira é a tecnologia. Alguns enxergam a biotecnologia como a bola da vez. Coitados de nós: medicamentos deficitários (independentes ou não se salvar vidas) irão desaparecer e inovações tecnológicas abrirão a ciranda de ganhos do futuro. A indústria de entretenimento continua, mas aí a internet está mexendo com os copyrights e ninguém sabe se controlarão.

Uma alternativa é antiga no capitalismo: são as campanhas. Como aquele bando de picaretas que pediam dinheiro para os flagelados da seca do nordeste nos idos dos anos cinqüenta e o genial Zé Dantas, junto com Luiz Gonzaga, denunciaram numa música memorável: Vozes da Seca. Um tipo de campanha clássica e recente foi aquela do Bush Jr. com as armas de destruição do Iraque: eles queriam o petróleo.

A recente campanha acontece na internet, nas redes sociais. Um vídeo denunciando um chefe de milícia ugandense por atrocidades contra crianças. O nome do cara Joseph Kony. No meio jornalístico o fenômeno viral da internet foi notícia a ponto de uma comentarista da Globo News, radicada em Nova York, dizer que alguém não existiria de fato neste mundo se não soubesse que era Joseph Kony. O cientista político Marcos Coimbra chega a comentar o fenômeno.

Acontece que a famosa campanha “humanitária” esconde arapucas que estão sendo denunciadas em todo o mundo. A principal pedir a intervenção americana em Uganda. Ora durma-se com mais essa. Uganda é um país independente, e o que se vê nisso tudo é o velho e surrado neo-colonialismo. O que há no território ugandense a interessar as grandes corporações americanas?

O vídeo tenta criar um novo Bin Laden a justificar ações externas dos países fortes contra outros indefesos. O vídeo produzido pela Invisible Children mostra crianças louras e bonitas com pena dos miseráveis africanos. A linguagem do vídeo se volta para crianças e jovens até os 18 anos de idade. A organização Invisible Children são parecidas com “Os Médicos Sem Fronteira” e muitas ONGs espalhadas no meio de conflitos e pobrezas. Arrecadam essencialmente para os bolsos de espertalhões.

Marina Barros aponta que a própria rede já começou a desmontar a farsa. Uma grande campanha de arrecadar fundos e pedir a intervenção de países pobres pelo império americano. E por falar em espírito do tempo: o soldado assassino de crianças e mulheres no Afeganistão até hoje não se sabe o nome e os EUA já o retirou do Afeganistão. Um dia será a aurora da democracia e estas arrogâncias não serão mais toleradas.

SYNVAL SILVA- por Norma Hauer



Na data de 14 de março de 1911, nasceu, em Ju iz de Fora, SYNVAL SILVA

, que marcou muito a carreira de Carmen Miranda. Terei de recorrer á minha memória para lembrar um pouco de SYNVAL SILVA.

Seu nome completo era SYNVAL MACHADO DA SILVA, mas se identificava apenas como SYNVAL SILVA.

Muito cedo começou a tocar em festas na cidade natal. Como todo menino pobre tornou se mecânico de automóvel, trabalhando depois como motorista

. Em 1927, compôs sua primeira música, a valsa “Lua de Prata”, que não chegou a ser gravada. Três anos depois, mudou-se para o Rio de Janeiro, indo morar no morro da Formiga. Já em 1931 passou a fazer parte do regional Good-Bye, da Rádio Mayrink Veiga, e, pouco depois, conheceu Assis Valente, que o apresentou a Carmen Miranda.

A pedido da cantora, que lhe prometeu um conto de réis (dinheiro da época) por uma música falando em mulato de samba,, ele, compôs “Alvorada” e “Ao voltar do samba”, gravados por Carmen, pela Victor, em 1934.

Com o grande sucesso alcançado pela segunda composição, a cantora lhe fez novo desafio: dois contos de réis se lhe entregasse outro samba que atingisse pelo menos a metade do sucesso do anterior.

Foi quando compôs o samba “Coração”, gravado em 1935, também por Carmen que, no ano seguinte, “estourou” com “Adeus Batucada”.

Esses sucessos deixaram Assis Valente ,(que apresentara Synval para Carmen) triste porque Carmen deu preferência aos sambas de Synval.

Nesse mesmo ano, Aurora Miranda gravou, de Synval, a marcha “Amor, Amor” e o samba “Moreno”.

A marcha fez bastante sucesso.

A partir daí, cantores, como Orlando Silva, Odete Amaral e outros daquela época,. gravaram Synval Silva.

Aqui deixo parte de duas composições de Synval Silva que fizeram sucesso:

CORAÇÃO

"Coração, governador da embarcação do amor,

Coração, meu companheiro na alegria e na dor.

A felicidade procurada corre

E a esperança é sempre a última que morre..."

AMOR, AMOR...

"Amor, amor, amor,

Quem é que neste mundo

Não conhece a sua dor?..."

Mas o que chamou atenção dos ianques para "descobrirem" Carmen Miranda foram os sambas "Adeus Batucada" e "Ao Voltar do Samba".

"Meu Deus, eu me acho tão cansada,

Ao voltar da batucada

Que tomei parte na Praça Onze.

Ganhei no samba um arlequim de bronze,

Minha sandália quebrou o salto

E eu perdi o meu mulato

Lá no asfalto".


Esta é a letra de outro sucesso de Synval Silva gravado por Carmen Miranda

Meu pandeiro de samba

Tamborim de bamba

Já é de madrugada

Vou-me embora chorando

com meu coração sorrindo

E vou deixar todo mundo

Valorizando a batucada

Em criança com o samba eu vivia sonhando

Acordava, estava tristonha chorando

Jóia que se perde no mar só se encontra no fundo

Samba mocidade

Sambando se goza nesse mundo.

E do meu grande amor sempre me despedi sambando

Mas da batucada agora eu despeço chorando

E trago no peito esta lágrima sentida

Adeus batucada, adeus batucada

Querida."

Sinval Silva faleceu em 14 de abril de 1994, aos 83 anos .

Norma Hauer