por José do Vale Pinheiro Feitosa
Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.
José do Vale P Feitosa
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
Torta espelhada
Foto: Josemar do Carmo
para a massa
300g de bolacha maria ou de maisena
2 colheres (sopa) de margarina
6 colheres (sopa) de leite
para o creme
1 lata de leite condensado
1 copo de leite
2 colheres (sopa) de maisena
2 gemas
1 caixinha de creme de leite
para a cobertura
2 bandejas de morango
2 pacotes de gelatina de morango
300ml de água fervente
300ml de água gelada
1- Comece fazendo a massa, que será a base da Torta Espelhada. Bata no liquidificador, aos poucos, a bolacha. A ideia é que ela vire uma farinha. Com toda as bolachas trituradas, adicione a margarina e o leite. Misture bem até obter uma massa homogênea.
2- Coloque a massa em uma forma de fundo removível. Cubra todo o fundo. Com as mãos, aperte a massa para que fique bem compacta. Leve ao forno preaquecido (180°) por, em média, 10 minutos, ou até ficar dourada.
3- Dissolva o pó de gelatina na água quente. Em seguida, adicione a água fria. Leve a gelatina para a geladeira.
4- Para fazer o creme, misture, em uma panela, o leite condensado, as gemas, a maisena e o leite. Leve ao fogo, mexendo sempre, até engrossar. Tire a panela do fogo e misture o creme de leite. Mexa bem.
5- Hora de montar a torta. Por cima da massa de bolacha, coloque todo o creme. Cubra com os morangos previamente cortados. Por cima de tudo, entra a gelatina, que já deve estar firme para não ter risco de escorrer. Leve a torta para a geladeira por, no mínimo, duas horas. Antes de servir, ainda gelada, desenforme. Está pronta!
Lindo é saber
que estrelas estão sempre lá
quando nuvens escorrem nas retinas
Lua se assanha pro sol
que distante brilha.
Dividir o pão quando é só pedaço
Tirar suco da fruta
já bagaço .
Dormir com a barriga roncando
a fome do amor
sabendo que a cura está no beijo
Ouvir a melodia
e a letra florescer na garganta
Amar descaradamente
Esperando de janela aberta
que o céu devolva
o que já foi santo.
Saber que o tempo passa
mas sempre fotografa e guarda
a doce alegria de ficar pra sempre !
socorro moreira
MEDITANDO ... por Rosa Guerrera
Muita gente já cantou em versos, prosas e canções um resumo do que venha ser a vida. Digo resumo , porque a verdade é que até hoje ninguém soube defini-la a contento. Se para uns é um jogo de xadrez sem direito a xeque mate, para outros um passatempo,uma eterna via crucis,e ainda existem aqueles que a consideram uma grande aventura .No entanto penso eu que ninguém parou ainda para olhar a nossa posição diante da vida.!
.
Julgamos a vida , mas não nos julgamos. Basta que pensemos que somos peregrinos vindos de terras distantes onde fomos praticantes de virtudes e erros ,e onde cantamos as mesmas canções de hoje , chorando também as mesmas lágrimas de ontem, para que compreendamos que somos nós os únicos responsáveis pelo céu e pelo inferno que nos acompanha. Daí porque é pura insensatez , querermos penetrar o Universo da própria vida , pois iríamos sempre voltar ao ponto de partida. Quem de nós não vive rodeado de lembranças ? Quem não se reveste diariamente em esperanças ?
.
Faz muito tempo entendi que a esperança é o único sentimento que se encontra no processo regressivo e no movimento progressivo do desejo de cada um . E é assim que costumo me situar dentro da própria vida . Sem análises, sem sofreguidão, ora destemida , ora preguiçosa , sem planos edificados , pouco me interessando em seguir os caducos e falidos padrões impostos por regrinhas criadas por pessoas que se auto denominam de sábias , e que lá no âmago não passam de frustradas por culparem a vida da própria incapacidade em não saber vivê-la.
.
E dentro desse meu pensar e viver meio maluco, já deixei faz muito tempo de guardar mágoas ou colecionar erros cometidos . Quando me atiram tijolos, construo edifícios . Quando me presenteiam limões , aproveito para fazer um gostosa limonada ! E assim nessa hibridez que compõe o meu perfil observo no calendário as folhinhas de mais um ano que me é apresentado . Agora é só continuar a missão que um dia me foi destinada,na certeza de que depende unicamente de mim aprimorar ou deixar de lado todas as lições aprendidas .
Alguma coisa ficou a ser dita.
Alguma coisa que nasceu repentinamente
E morreu antes de ser realizada.
Eu sei que alguma coisa ficou perdida
Num lago distante
Numa nuvem passageira
Num rio que secou
Num grito que morreu na garganta.
Alguma coisa que era pesada
Demais para um sonho,
E ingênua demais para a vida ...
Alguma coisa minha que até hoje
Não consegui encontrar .
rosa guerrera
Carmen Costa por Norma Hauer
Há dúvidas sobre a data de nascimento de Carmen Costa,alguns sites dão como nascida em 5 de janeiro e outros em 5 de julho de 1920. Sempre tive esta última data como sendo a real, inclusive Luiz Vieira, em seu programa "Minha Terra, Nossa Gente", transmitido de 2ª a 6ª feira na Rádio Carioca, tem como certa a data de 5 de julho.
Bom, mas se há dúvida, ela merece ser relembrada hoje e também em 5 de julho.
Ela nasceu com o nome de Carmelita Madriaga em Trajano de Moraes(RJ) de onde saiu com 15 anos, vindo para o Rio de Janeiro onde trabalhou como doméstica na casa do cantor Francisco Alves.
Na mesma época passou a se apresentar em programas de calouros, mas somente em 1937, quando conheceu o compositor Henricão, teve sua chance de se transformar na grande cantora que ficou conhecida com o nome de CARMEN COSTA, dado pelo compositor.
No ano seguinte, apresentou-se em um arraial do rancho fundo, em Juiz de Fora e em 1939 regressou ao Rio, apresentando-se na então Feira de Amostras que, anualmente, era montada no local onde hoje se encontram as Avenidas Churchill e Roosevelt, no Castelo.
Ali cantaram as irmãs Carmen e Aurora Miranda, bem como as Irmãs Pagãs, Carlos Galhardo e outros. Na Feira de Amostras era também montado um parque de diversões, conhecido como Parque Shangai.
Em 1942, com Henricão gravou seu primeiro disco , com o samba "Onde Está o Dinheiro?" e foi nesse mesmo ano que "estourou" com "Está Chegando a Hora", uma adaptação do mesmo Henricão para a melodia mexicana "Cielito Lindo". Esse foi seu carro-chefe e ela era sempre chamada a cantá-lo em qualquer parte onde se apresentava.
Separando-se de Henricão, em1945 foi para os Estados Unidos, onde se casou com um americano de nome Hans van Koehler (de ascendência holandesa) e se apresentou em vários "shows", em casas como o Teatro Triboro, em Nova York e em outras cidades, como Nova Jersey e Los Angeles.
Regressou ao Brasil em 1949, quando conheceu Mirabeau e gravou um de seus maiores sucessos, depois de "Está Chegando a Hora" : Cachaça
"Você pensa que cachaça é água,
Cachaça não é água não..."
Mas para "beber" essa cachaça toda foram necessários mais 3 co-autores: Heber Lobato ,Marinósio Silva e Lúcio dos Santos (nomes desconhecidos) e ainda precisou a participação de Colé na gravação.
No mesmo estilo de "Cachaça" gravou "Tem Nêgo Bebo Aí".
Mudou seu estilo em 1954, passando a cantar samba-canção, sendo o mais importante, de Mirabeau, "Eu Sou a Outra", também grande sucesso.
Em 1958 teve uma participação no filme "Vou Te Contá" e entre 1959 e 1963 excursionou por vários países da América do Sul.
Gravou, em 1961 a famosa marcha do "Cordão do Bola Preta"
"Quem não chora, não mama,
Segura meu bem a chupeta.
Lugar quente é na cama
Ou então no Bola Preta".
Em 1962 apresentou-se no Carnegie Hall de Ney York, cantando "bossa nova", com Tom Jobim e Vinicius de Moraes.
Em 1975 cantou no Outeiro da Glória músicas de ladainha, gravando um Lp com essas músicas.
Carmen Costa ainda se fez presente em vários LPs até1996 e, com Elymar Santos fez várias apresentações em 1999.
Em 2002 pssou a se apresentar no palco montado anualmente na Cinelãndia, durante o carnaval, até o ano de sua morte, 2007.
No mesmo ano de 2002 comemorou seus 82 anos de idade e 70 de carreira no Clube Recreativo Posto 6, em Copacabana e fez depoimento no Museu da Imagem e do Som.
E nos anos de 2003 e 2004 fez "Shows" no Centro Cultural da Justiça.
CARMEN COSTA faleceu em 25 de abril de 2007, aos 87 anos.
Norma Hauer
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Um texto de Drummond- colaboração de Vera Barbosa
"Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez com outro número e outra vontade de acreditar que daqui para adiante vai ser diferente. Para você, desejo o sonho realizado. O amor esperado. A esperança renovada. Para você, desejo todas as cores desta vida. Todas as alegrias que puder sorrir. Todas as músicas que puder emocionar. Para você neste novo ano, desejo que os amigos sejam mais cúmplices, que sua família esteja mais unida, que sua vida seja mais bem vivida. Gostaria de lhe desejar tantas coisas. Mas nada seria suficiente... Então, desejo apenas que você tenha muitos desejos. Desejos grandes e que eles possam te mover a cada minuto, ao rumo da sua FELICIDADE!" (Drummond)
Destino do leitor - Rejane Gonçalves
Que ao leitor jamais seja permitido curar-se. As palavras devem abrir uma ferida permanente na carne do leitor e tu cuidarás para que ela não sare. Há meios eficazes para isto. Pega-se um estilete de ponta muito fina, remove-se um pequeno pedaço da casca que se sobrepôs à pele e fechou o corte, criando um empecilho: a pedra na porta do túmulo. Não tenhas piedade, só um pouco de delicadeza, assim, mansamente, arranharás a superfície rosada que aparecerá por baixo daquela diminuta porção de casca que levantaste; daí espera-se que o sangue aflore, aperta-se um pouco a carne, se preciso, para que o sangue escorra, estanca-se com um chumaço de algodão o sangue, pois não é bom que o leitor fique debilitado e sob hipótese alguma que ele morra.
Pular nuvens
Meu olhar pulando nuvens, agora seja como aroma, que derrama um nome feito luz e vai acendendo uma voz suave, que embala a tristeza das coisas desfeitas em última hora.
Sonho bom é sentir as tuas mãos deslizando em minha face.
As cores das nuvens colorem meus sentimentos, ouço uma melodia trazendo um alento, faz parte da vida, estancar as feridas.
As cores das nuvens colorem meus sentimentos, ouço uma melodia trazendo um alento, faz parte da vida, estancar as feridas.
Rodopio meus pés sem sair do chão, pois serei livre a cada instante em que o mar me chama para abraçá-lo.
Descanso meu sorriso dentro do teu, desejo forte que embriaga a fantasia, peço calma ao firmamento, pois sobrevivo aos temporais, que se desfaz nos quintais de anos atrás.
Cantarolando para encontrar um lenitivo de vontade em buscar essa tal felicidade, mas que se encontra tão longe das cidades.
Descanso meu sorriso dentro do teu, desejo forte que embriaga a fantasia, peço calma ao firmamento, pois sobrevivo aos temporais, que se desfaz nos quintais de anos atrás.
Cantarolando para encontrar um lenitivo de vontade em buscar essa tal felicidade, mas que se encontra tão longe das cidades.
Estampas de formas e restos de pedaços que engendrei pelos caminhos a fora, ó senhora dona das horas, pára este tempo, faz correr em minha sombra um gosto de cereja tão doce como mel.
Dançar ciranda nas ondas do mar, deixar meu corpo delirar, saltar bem alto, voar e pular nuvens isto é completo.
Vou acalentar meu choro, sufocar e sentir a dor, que em outrora já se fez fugaz, pulando nuvens busco um sonho, que valha a pena.
Vou acalentar meu choro, sufocar e sentir a dor, que em outrora já se fez fugaz, pulando nuvens busco um sonho, que valha a pena.
Rosemary Borges Xavier
O poeta Buler-Bule - Emerson Monteiro

Quem quer o que Deus quer, tem tudo o que quiser. Quem não quer o que Deus quer, seja o que Deus quiser. Guardei de hoje este provérbio, de uma conversa que mantive com o poeta baiano Antônio Ribeiro da Conceição, codinome Bule-Bule, autor de belos cordéis e consagrado autor popular em visita ao Cariri, apresentado que fui por Miguel Teles e Josenir Lacerda. Citava o dizer, fruto da sabedoria das tradições, em relação à necessidade humana de aprender confiança em tudo por tudo nas intempéries deste mundo vivente.
Além de cordelista, Bule-Bule exercita seus talentos na qualidade de compositor, dançador de chula, repentista, ator, cantador, folclorista, e lembrar o valor especial do poeta qual figura valiosa no trato de alma dada ao serviço de ações beneméritas, ativo colaborador de obras assistenciais com arte e consciência.
De fama já conhecia Bule-Bule, nos meus tempos baianos, presença definitiva dos terreiros brincantes e espetáculos culturais da Boa Terra. E desta vez ouvi a verve espontânea que lhe caracteriza a inspiração e a correção no jeito dos assuntos, filosofia dotada da plena sabedoria, em experiência e dedicação do gênero que abraça ao talento, heróis do cotidiano original do povo nordestino.
Grata surpresa, portanto, reservara a manhã desse dia, o quarto do ano novo de 2012, ao deparar poeta e gênio autêntico de nossa espécie, dessas pessoas que às vezes imaginávamos existir, antes mesmo de avistá-las no desfiladeiro dos profetas sóbrios da forma, dos versos, cantos e falas.
Bule-Bule virá, no mês de março, ao Cariri, quando cumprirá pauta no Espaço Cultural do Banco do Nordeste, em Juazeiro do Norte, oportunidade rara de testemunhar a feitura especial do que produz, mundo vasto da riqueza intuitiva do Sertão, retrato natural do universo em expressão inextinguível.
São tantos os cordéis desse autor, cujos títulos bem demonstram os temas neles praticados, a saber: Quatro touros endiabrados e um vaqueiro corajoso; Duelo de bruxos, ou o Pombo e o gavião; A tragédia de três amantes; Irmã Dulce da Bahia, Santa mãe de todos nós; O tremendo duelo de Quirino Beiçola com Tomaz Tribuzana; O encontro da aranha com o reumatismo; Peço pra não acabar o Raso da Catarina; Judite, a mulher divina que salvou o marginal; Bimba espalhou capoeira nas praças do mundo inteiro; e Chora o Nordeste com a morte de Rodolfo Cavalcanti; dentre outros, vários e muitos, do Cantador do Sertão, como assim o denominam perante os meios artísticos brasileiros.
Além de cordelista, Bule-Bule exercita seus talentos na qualidade de compositor, dançador de chula, repentista, ator, cantador, folclorista, e lembrar o valor especial do poeta qual figura valiosa no trato de alma dada ao serviço de ações beneméritas, ativo colaborador de obras assistenciais com arte e consciência.
De fama já conhecia Bule-Bule, nos meus tempos baianos, presença definitiva dos terreiros brincantes e espetáculos culturais da Boa Terra. E desta vez ouvi a verve espontânea que lhe caracteriza a inspiração e a correção no jeito dos assuntos, filosofia dotada da plena sabedoria, em experiência e dedicação do gênero que abraça ao talento, heróis do cotidiano original do povo nordestino.
Grata surpresa, portanto, reservara a manhã desse dia, o quarto do ano novo de 2012, ao deparar poeta e gênio autêntico de nossa espécie, dessas pessoas que às vezes imaginávamos existir, antes mesmo de avistá-las no desfiladeiro dos profetas sóbrios da forma, dos versos, cantos e falas.
Bule-Bule virá, no mês de março, ao Cariri, quando cumprirá pauta no Espaço Cultural do Banco do Nordeste, em Juazeiro do Norte, oportunidade rara de testemunhar a feitura especial do que produz, mundo vasto da riqueza intuitiva do Sertão, retrato natural do universo em expressão inextinguível.
São tantos os cordéis desse autor, cujos títulos bem demonstram os temas neles praticados, a saber: Quatro touros endiabrados e um vaqueiro corajoso; Duelo de bruxos, ou o Pombo e o gavião; A tragédia de três amantes; Irmã Dulce da Bahia, Santa mãe de todos nós; O tremendo duelo de Quirino Beiçola com Tomaz Tribuzana; O encontro da aranha com o reumatismo; Peço pra não acabar o Raso da Catarina; Judite, a mulher divina que salvou o marginal; Bimba espalhou capoeira nas praças do mundo inteiro; e Chora o Nordeste com a morte de Rodolfo Cavalcanti; dentre outros, vários e muitos, do Cantador do Sertão, como assim o denominam perante os meios artísticos brasileiros.
Juazeiro e Crato (CE) sofrem arrastões e comerciantes fecham lojas
"Com policiais militares do Ceará em greve há seis dias, Juazeiro e Crato vivem clima de pânico nesta terça-feira (03).
O comércio do centro das cidades, de bairros da periferia e de áreas nobre das cidades fecharam as portas temerosos por conta de arrastões que estariam acontecendo em toda região. O Sindicato dos Trabalhadores em Correios, Telégrafos e Similares do Estado do Ceará (Sintect-CE) também informou que os carteiros foram tirados das ruas. Além disso, alguns postos de saúde encerraram o atendimento.
Segundo o comando grevista, 100% dos policiais e bombeiros de Crato e Juazeiro do Norte estão parados – não há estimativa sobre o Estado. O governo não divulga sua estimativa nem para a capital nem para o Estado. A Polícia Civil ainda trabalha normalmente.
O clima é de muita apreensão na população, e alguns populares dizem que a situação está igual aos tempos de Lampião: bandido faz o que bem entende, e o povo nada pode fazer."
Portal Belmonte
O comércio do centro das cidades, de bairros da periferia e de áreas nobre das cidades fecharam as portas temerosos por conta de arrastões que estariam acontecendo em toda região. O Sindicato dos Trabalhadores em Correios, Telégrafos e Similares do Estado do Ceará (Sintect-CE) também informou que os carteiros foram tirados das ruas. Além disso, alguns postos de saúde encerraram o atendimento.
Segundo o comando grevista, 100% dos policiais e bombeiros de Crato e Juazeiro do Norte estão parados – não há estimativa sobre o Estado. O governo não divulga sua estimativa nem para a capital nem para o Estado. A Polícia Civil ainda trabalha normalmente.
O clima é de muita apreensão na população, e alguns populares dizem que a situação está igual aos tempos de Lampião: bandido faz o que bem entende, e o povo nada pode fazer."
Portal Belmonte
Gabriela Mistral
Poetisa chilena (7/4/1889-10/1/1957). Foi a primeira escritora latino-americana a receber o Prémio Nobel de Literatura, em 1945. Sua poesia única e repleta de imagens singulares não mostra influências do modernismo nem das vanguardas. Descendente de espanhóis, bascos e índios, Lucila Godoy Alcayaga nasceu em Vicuña, uma vila do norte do Chile.
Com apenas 15 anos começou a dar aulas. Seu noivo cometeu suicídio em 1907, fato que marcou a obra e vida de Gabriela Mistral, nunca se casou e se dedicou somente ao trabalho. Venceu um concurso literário chileno em 1914 com Sonetos de la Muerte, assinados com o pseudónimo Gabriela Mistral, formado a partir do nome de dois poetas que admirava o italiano Gabriele D’Annunzio e o francês Frédéric Mistral.
Seu primeiro livro de poesias, Desolación (1922), inclui o poema Dolor, no qual fala da perda do amado. O sentimento de maternidade frustrada aparece nos trabalhos seguintes, Ternura (1924) e Tala (1938). Colaborou na reforma educacional do México e do Chile. Representou seu país como consulesa em Nápoles, Madrid, Lisboa e Rio de Janeiro. Em 1954 publica Lagar.
Leccionou literatura espanhola na Universidade de Colômbia. Morreu em Hempstead, no estado de Nova York.
AUSÊNCIA
Se vai de ti meu corpo gota a gota.
Se vai minha cara no óleo surdo;
Se vão minhas mãos em mercúrio solto;
Se vão meus pés em dois tempos de pó.
.
Se vai minha voz, que te fazia sino
fechada a quanto não somos nós.
Se vão meus gestos, que se enovelam,
em lanças, diante de teus olhos.
.
E se te vai o olhar que entrega,
quando te olha, o zimbro e o olmo.
Vou-me de ti com teus mesmos alentos:
como humidade de teu corpo evaporo.
.
Vou-me de ti com vigília e com sono,
e em tua recordação mais fiel já me apago.
e em tua memória volto como esses
que não nasceram nem em planos nem em bosques
.
Sangue seria e me fosse nas palmas
de teu trabalho e em tua boca de sumo.
Tua entranha fosse e seria queimada
em marchas tuas que nunca mais ouço,
e em tua paixão que retumba na noite,
como demência de mares sós.
Se nos vai tudo, se nos vai tudo!
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
DEUS SEGUNDO BARUCH SPINOZA
“Pára de ficar rezando e batendo o peito!
O que eu quero que faças é que saias pelo mundo e desfrutes de tua vida.
Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que Eu fiz para ti.
Pára de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que acreditas ser a minha casa.
Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nos lagos, nas praias.
Aí é onde Eu vivo e aí expresso meu amor por ti.
Pára de me culpar da tua vida miserável: Eu nunca te disse que há algo mau em ti ou que eras um pecador, ou que tua sexualidade fosse algo mau.
O sexo é um presente que Eu te dei e com o qual podes expressar teu amor, teu êxtase, tua alegria.
O sexo é um presente que Eu te dei e com o qual podes expressar teu amor, teu êxtase, tua alegria.
Assim, não me culpes por tudo o que te fizeram crer.
Pára de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo.
Se não podes me ler num amanhecer, numa paisagem, no olhar de teus amigos, nos olhos de teu filhinho...
Não me encontrarás em nenhum livro! Confia em mim e deixa de me pedir.
Tu vais me dizer como fazer meu trabalho?
Pára de ter tanto medo de mim.
Eu não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem te incomodo, nem te castigo.
Eu sou puro amor.
Pára de me pedir perdão. Não há nada a perdoar. Se Eu te fiz...
Pára de me pedir perdão. Não há nada a perdoar. Se Eu te fiz...
Eu te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio.
Como posso te culpar se respondes a algo que eu pus em ti?
Como posso te castigar por seres como és, se Eu sou quem te fez?
Crês que eu poderia criar um lugar para queimar a todos meus filhos que não se comportem bem, pelo resto da eternidade?
Que tipo de Deus pode fazer isso?
Esquece qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei; essas são artimanhas para te manipular, para te controlar, que só geram culpa em ti.
Respeita teu próximo e não faças o que não queiras para ti.
Respeita teu próximo e não faças o que não queiras para ti.
A única coisa que te peço é que prestes atenção a tua vida, que teu estado de alerta seja teu guia.
Esta vida não é uma prova, nem um degrau, nem um passo no caminho, nem um ensaio, nem um prelúdio para o paraíso.
Esta vida é o único que há aqui e agora, e o único que precisas.
Eu te fiz absolutamente livre.
Não há prêmios nem castigos. Não há pecados nem virtudes.
Ninguém leva um placar.
Ninguém leva um registro.
Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno.
Não te poderia dizer se há algo depois desta vida, mas posso te dar um conselho.
Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno.
Não te poderia dizer se há algo depois desta vida, mas posso te dar um conselho.
Vive como se não o houvesse.
Como se esta fosse tua única oportunidade de aproveitar, de amar, de existir.
Assim, se não há nada, terás aproveitado da oportunidade que te dei.
E se houver, tem certeza que Eu não vou te perguntar se foste comportado ou não.
Eu vou te perguntar se tu gostaste, se te divertiste... Do que mais gostaste? O que aprendeste?
Pára de crer em mim - crer é supor, adivinhar, imaginar.
Eu não quero que acredites em mim.
Quero que me sintas em ti.
Quero que me sintas em ti quando beijas tua amada, quando agasalhas tua filhinha, quando acaricias teu cachorro, quando tomas banho no mar.
Pára de louvar-me!
Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu seja?
Me aborrece que me louvem. Me cansa que agradeçam.
Tu te sentes grato?
Demonstra-o cuidando de ti, de tua saúde, de tuas relações, do mundo.
Te sentes olhado, surpreendido?...
Expressa tua alegria! Esse é o jeito de me louvar.
Pára de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te ensinaram sobre mim.
A única certeza é que tu estás aqui, que estás vivo, e que este mundo está cheio de maravilhas.
Para que precisas de mais milagres?
Para que tantas explicações?
Não me procures fora!
Não me acharás.
Procura-me dentro... aí é que estou, batendo em ti.
As sábias palavras são de Baruch Espinoza - nascido em 1632 em Amsterdã, falecido em Haia em 21 de fevereiro de 1677,
foi um dos grandes racionalistas do século XVII dentro da chamada Filosofia Moderna, juntamente com René Descartes e Gottfried Leibniz. Era de família judaica portuguesa e é considerado o fundador do ceticismo bíblico moderno.
Acreditem, essas palavras foram ditas em pleno Século XVII. Continuam verdadeiras e atuais até a data de hoje.
Pode ser que o mundo se acabe em 2012, como preconiza o calendário maia. Mas os Maias acabaram antes do seu calendário... isso faz pensar...
Mesmo que seja verdade, temos um ano todo para colher o que plantamos e escolher o que semear...
Para aprimorarmos o conhecimento que temos, cada um de si mesmo.
Um ano todinho para corrigirmos nossos passos e alinharmos nosso pensamento e sentimento com o que realmente é importante, o Sentido da vida... e para quem ainda não encontrou o sentido, tem o ano todo para encontrar...
Desejo que possamos ser fortes para colher tudo que semeamos... (e que o fardo não seja pesado...)
que as flores que plantamos possam florescer...
que possamos ser mais amigos, mais tolerantes, mais pacientes...
que saibamos praticar a Lei do Amor...
um ano todo para realizar nosso trabalho de sermos melhores...
hoje, melhores que ontem;
amanhã, melhores que hoje...
Que o Amor nos alimente
Que a Luz nos ilumine com a Consciência
Que a Paz floresça em todos os jardins
TER OU NÃO TER NAMORADO
Quem não tem namorado é alguém que tirou férias não remuneradas de si mesmo.
Namorado é a mais difícil das conquistas.
Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia. Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão, é fácil.
Mas namorado, mesmo, é muito difícil. Namorado não precisa ser o mais bonito, mas ser aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio e quase desmaia pedindo proteção. A proteção não precisa ser parruda, decidida; ou bandoleira basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição.
Quem não tem namorado é quem não tem amor é quem não sabe o gosto de namorar. Há quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento e dois amantes; mesmo assim pode não ter nenhum namorado.
Não tem namorado quem não sabe o gosto de chuva, cinema sessão das duas, medo do pai, sanduíche de padaria ou drible no trabalho.
Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar sorvete ou lagartixa e quem ama sem alegria.
Não tem namorado quem faz pacto de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de durar.
Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos dadas; de carinho escondido na hora em que passa o filme; de flor catada no muro e entregue de repente; de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque lida bem devagar; de gargalhada quando fala junto ou descobre meia rasgada; de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário.
Não tem namorado quem não gosta de dormir agarrado, de fazer cesta abraçado, fazer compra junto.
Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor.
Não tem namorado quem não redescobre a criança própria e a do amado e sai com ela para parques, fliperamas, beira - d'água, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical da Metro.
Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos; quem gosta sem curtir; quem curte sem aprofundar.
Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada, ou meio-dia do dia de sol em plena praia cheia de rivais.
Não tem namorado quem ama sem se dedicar; quem namora sem brincar; quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele.
Não tem namorado quem confunde solidão com ficar sozinho e em paz.
Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo.
Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando duzentos quilos de grilos e medos, ponha a saia mais leve, aquela de chita e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim.
Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela. Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteria.
Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido. ENLOU-CRESÇA.
Artur da Távola
Por Gabriela Mistral
Eu não Sinto a Solidão
É a noite desamparo
das montanhas ao oceano.
Porém eu, a que te ama,
eu não sinto a solidão.
É todo o céu desamparo,
mergulha a lua nas ondas.
Porém eu, a que te embala,
eu não sinto a solidão.
É o mundo desamparo,
triste a carne em abandono
Porém eu, a que te embala,
eu não sinto a solidão.
É a noite desamparo
das montanhas ao oceano.
Porém eu, a que te ama,
eu não sinto a solidão.
É todo o céu desamparo,
mergulha a lua nas ondas.
Porém eu, a que te embala,
eu não sinto a solidão.
É o mundo desamparo,
triste a carne em abandono
Porém eu, a que te embala,
eu não sinto a solidão.
Evasivas - por Socorro Moreira
Indiferente, o sentimento se acanha
Despido da alegria
Se veste da tristeza do dia
De mãos dadas com o pensamento
O silêncio festeja a saudade fragmentada
Em sonhos que não vivem.
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A festa acabou mais cedo
Faltou luar
E a canção do mar
A gente não escuta
Do lado de cá ...
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Tu me acenas
Teu olhar dirige o meu tato
Por aqui, devagar...
O caminho mais calmo
É sempre o mais longo
O mais intenso ...
Por lá tu me acompanhas
Com passos curtos, arfantes
Tens meus sustos
Seguras meu coração cansado
E aos poucos vou retornando à paz
E essa estrada infinda
De novo se avizinha
No rosa sonhado
Um perfume de amor
Se espalha
Nas cobertas alheias
Que nos aconchegam
Da janela pequenina
Escapa correndo
O cheiro do cigarro.
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