por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Reflexão - Aloísio

Reflexão

De grão em grão
Moído, faz-se o pão


Tem alguém com fome?
Não sei o seu nome
Isso pouco importa
Se nos bate à porta
Ou encontro na rua
Pois a vida é crua
Tenho um pouco de siso
Mas ajudar é preciso.

Aloísio

NÓS QUEREMOS UMA VALSA- por Norma Hauer



Até a metade do século 20, as valsas eram um dos fortes de nossa música popular e Carlos Galhardo, com sua belíssima voz, gravou dezenas delas, daí ter sido designado o "Rei da Valsa", título que lhe foi dado por Blota Júnior, em São Paulo.

Pois não é que no carnaval de 1941 gravou uma valsa, da autoria de Nássara e Fazão. de nome "Nós Queremos Uma Valsa" e que obteve grande sucesso?

Antigamente uma valsa de roda

Era de fato requinte da moda...

Já não se dança uma valsa hoje em dia

Com o mesmo gosto ou com tanta alegria

Mas se a valsa morrer

Que saudade que a gente vai ter.



Nós queremos uma valsa

Uma valsa para dançar .

Uma valsa que fale de amores

Como aquela dos Patinadores.

“Vem meu amor,

Vem meu Amor”

Num passinho de valsa

Que vem e que vai.

Mamãe quer dançar com papai.




É de Frazão (Erastotenes Frazão) nascido em 17 de janeiro de 1901 que falarei hoje, lembrando inúmeros sucessos que ele alcançou em vários carnavais, sendo o primeiro gravado por Sílvio Caldas, também em parceria com Nássara, de nome "Coração Ingrato ", em 1934. Em 1939, ainda com Nássara, compôs "Florisbela", também gravada por Sílvio Caldas e que foi classificada em primeiro lugar pelo concurso então realizado pela Prefeitura do Distrito Federal, na Feira de Amostras, que todos os anos era montada na Esplanada do Castelo. Na época, o Castelo era um grande vazio., onde só existia o prédio da ACM (Associação Cristã de Moços), hoje na Rua da Lapa.

De Frazã\o, desta vez em parceria com Roberto Martins, tivemos um dos poucos sucessos de Albertinho Fortuna :"Marcha do Gafanhoto"

"Gafanhoto deu na minha roça,

Comeu, comeu, toda a minha plantação..."



Tamém com Roberto Martins compôs o"Cortdãodos Puxa-Sacos", gravado pelos Anjos do Inferno



"Lá vem o cordão dos puxa-sacos,

Dando vivas aos seius amiorais

Quem está na frente [e passdo p'ra trás

E o Corão dospuxa-sacos cada vez auimenta mais..."


. Em parceria com Benedito Lacerda compôs "Lero-=Lero", gravação de Orlando Silva e Dalva de Olioveira. e ainda com seu parceiro mais constante (Nássara) compôs:



"Acredite quem Quiser", gravação de Dircinha Batista



"Acredite quem quiser.

Não existe invenção mais bela.

O homem fala, fala, da mulher

Mas não pode passar sem ela..."



Em 1950, com Jorge Faraj e na voz de Nelson Gonçalves foi gravado o samba “A Beleza de Teus Olhos” e, por Camélia Alves, ainda com Roberto Martins, “Salve a Orquestra”..

Depois de 1955 passou a dedicar-se à UBC, em defesa dos direitos autorais e em 1969 fez seu depoimento para o Museu da Imagem e do Som.


Erastótenes Frazão faleceu em 17 de abril de 1977, aqui no Rio, aos 76 anos.




Histórias ...Histórias - por Rosa Guerrera




Vez em quando gosto de sair dirigindo sem rumo certo , à toa , no vagar irregular das estradas, minhas velhas companheiras. É como se todo o meu Eu precisasse desse parêntese , dessa libertação, de uma pausa diferente para o cotidiano tantas vezes antipático.
Paro numa praça, desço do carro, chuto pedrinhas nas calçadas, perco o relógio, passo em frente a uma Igreja , penso nas poucas crenças e nos muitos deuses, olho os bares cheios de homens vazios , dou um sorriso para um moleque que me observa ...e continuo andando .
Penso nas muitas histórias de vida que me contaram, nos amores que vivi, nas promessas escutadas,nas injúrias recebidas,e fico surpresa com a minha neutralidade.
Sento depois num banco de praça e acendo absorta um cigarro. Dou três ou quatro tragos e resolvo joga-lo fora , olhando distraída a fumaça que desaparece no vento.
Um edifício cresce a minha frente!
E parece me contar histórias de um monte de tijolos, pás, andaimes e cimento.
Amanhã moradores desse “ espigão” terão também outras histórias para contar .
Contrastes da vida ! Paradoxos sem explicações !
Uma canção chega aos meus ouvidos., vinda de um rádio distante : “Esse beijo molhado /escandalizado/ que você me deu/” ... ( até que alguns beijos a gente nunca esquece mesmo.)
Vinicius me vem a mente : “Porque foste na minha vida/a ultima esperança/e encontrar-te me fez criança “/... De onde será que Vinicius colheu a história dessa música ?
Vida, vida ....ponto irregular entre o tudo e talvez o nada!
Esse meu caminhar hoje à toa , essa mania infantil de procurar histórias nas ruas, essa paisagem diferente em forma de carro estacionado,cigarro jogado fora, relógio perdido , músicas, saudades , praças vazias ...
De repente alguém perturba o meu silêncio ou a minha história , colocando no mais alto volume no som de um velho Corcel parado defronte a um bar , um sambinha que eu não o escutava faz um tempão : “ Tire o seu sorriso do caminho/ que eu quero passar com a minha dor “/
Resolvo voltar para casa!
Ligo o carro e dirigindo bem devagar , vou cantarolando bem baixinho :
“Tire o seu sorriso do caminho / que eu quero passar /com a minha dor / hoje pra você eu sou espinho/ espinho não machuca a flor .....
Histórias ... histórias !
por rosa guerrera

Bolo de Maria - por socorro moreira


Ingredientes :

1 xi de fubá de milho
1 xi de aveia
1 xi de farinha de trigo
1/2 xi de ovomaltine
5 ovos
200 gr de manteiga
1 copo de leite
1 1/2 xi de açúcar
1 colher dee pó royal
ameixas picadas ( umas 8)
maças picadas.( duas ou 3)
canela para polvilhar.
 
Método
Bata o açúcar com os ovos e a manteiga. Adicione as farinhas alternando com o leite. Acrescente as frutas picadas. Coloque numa forma untada e polvilhada . Por último polvilhar canela e açúcar. Forno pré aquecido.
Obs: o pó royal deverá ser agregado às farinhas .


foto de Mônica Cabral

Quando a noite chega com nuvens condensadas de versos, uma luz acende o poeta, que inibido com o encanto da lua, procura o escuro, que ainda resta.

socorro moreira


A tênue fibra do desejo- por José Flávio


Deve ter sido aquela vocação evangelizadora tão própria das mulheres. Sabia que o noivo gostava de uma farra, apreciava um carteado e aquela conversa interminável com os amigos. Imaginou, no entanto, que com a força do amor alinharia aquela árvore torta. Terminaria por domesticar aquele animal selvagem com a ração diária, com os agrados de fêmea, com a hipnose cotidiana. Imaginou que o lar com seus pesados atributos : filhos, contas e o magnetismo da TV apreenderiam aquele ave inconstante, sem que ao menos ela percebesse as tariscas da gaiola. O tempo, no entanto, acabou por mostrar a D. Gertrudes que não existe coisa mais difícil de moldar neste mundo que a delicada fibra óptica do desejo. Ludugero mostrou-se sempre um pai carinhoso e um marido exemplar. Trabalhava duro numa pequena panificadora que adquirira. Ofício árduo de despertar madrugadino , onde diariamente rivalizava com o alvorescente canto dos galos e com a sangria dos primeiros raios do sol.Entre uma bolacha e um pão de ló, entre um passa-raiva e um manzape, ia Ludugero tocando a vida. Os arraigados hábitos antigos, no entanto, permaneceram indeléveis, imunes às pregações de D. Gertrudes. Nas sextas e sábados saía para um barzinho com os amigos e viravam a noite num carteado interminável regado a cerveja , a reminiscências e fofocas. A última válvula de escape de Ludugero, uma espécie de prozac natural que usava para escapar da doideira do dia a dia. Gertrudes, no entanto não se conformava: vivia a implicar com a vida noturna do marido. Fazia-o insidiosamente, uma vez que entendia : os antecedentes criminais do marido precediam ao matrimônio. Ludugero já por mais de uma vez lhe havia jogado na cara: --Meu bem, você sabia que eu gostava de um joguinho, por que diabos casou comigo, não procurou um cardeal , um monge, um santo... ? Havia , no entanto, uma outra razão para a implicância da mulher: ela temia que, varando as noites entre uma birita e outra, em meio aos ases, aos valetes, terminaria por aparecer algumas damas ou uma rainha de paus. Por trás de tudo, sobrenadava o ciúme e a desconfiança de D. Gertrudes.
A água mole bateu na pedra dura, mas não a furou. Todo final de semana , para o crescente desespero da esposa, Ludugero escapava lépido para o jogo. Um dia, por fim, encheu-se até a tampa da caçarola da paciência D. Gertrudes. Antes de ver o marido vestir-se, numa sexta-feira, para as funções lúdico-etílicas do final de semana, articulou o plano meticulosamente preparado durante o mês. Deixou os filhos na casa da sogra e arrumou-se toda, com um vestido tubinho preto. Quando o marido pensou em despedir-se, como de costume, ela saltou de lá e o surpreendeu:
--- Amor, hoje eu vou com você. Estou doidinha para ver um jogo de cartas!
Gertrudes disse isto, sem tirar os olhos do semblante do marido, esperando o protesto, a popa. Ludugero, no entanto, para sua surpresa, não se alterou, apenas lembrou que o programa podia ser chato e cansativo para ela, mas que ficava feliz, não tinha nenhum problema.
Como era de se esperar, a programação não podia ser mais pesada. A esposa sentou a um canto, numa cadeira desconfortável, no Bar do Giba. A conversa varou a noite, regada a cerveja e baralho. Futebol, política, fofocas . À medida que as horas se iam escorrendo, para o terror de Gertrudes, os circunstantes iam ficando mais animados, falando mais alto , discutindo com muito mais fervor. Lá pras cinco horas da manhã a esposa compreendeu que eles tinham ainda fogo na caldeira para mais uns dois dias. Estava já escornada, cansada, com todos os músculos doendo. Chamou então Ludugero e o suplicou:
--- Pelo amor de Deus, me leve para casa que eu já não agüento mais, estou morta de cansada e já não consigo nem ficar em pé...
Ludugero, então, solícito, pediu um tempinho aos amigos , tomou a mulher pelo braço e a levou para o aconchego do lar. Não sem antes lembrar:
--- Ta vendo, mulher, você vem uma veizinha e fica assim parecendo que caiu de um avião. Isto é para você ter uma idéia do meu sofrimento que passo por este suplício todo fim de semana...

J. Flávio Vieira

Elis , a voz que ficou !



"Causando grande comoção nacional, faleceu aos 36 anos de idade em 19 de janeiro de 1982. Foi sepultada no Cemitério do Morumbi.

«Choram Marias e Clarices… Chora a nossa pátria mãe gentil. Em busca de um sol maior, Elis Regina embarcou num brilhante trem azul, deixando conosco a eternidade de seu canto pelas coisas e pela gente de nossa terra. E uma imensa saudade. »

Elis é mãe de João Marcelo Bôscoli, filho do casamento com o músico Ronaldo Bôscoli, e de Pedro Camargo Mariano e Maria Rita, filhos do pianista César Camargo Mariano. Os três enveredaram pelo ramo da música."

19 de Janeiro



Hoje ela faria 83 anos.
Viveu a festa, no convívio de lágrimas, rezas e sorrisos. Parecia uma menina no entusiasmo por todas as novidades. Morreu sem envelhecer. Continua mais nova e mais viva do que todos os filhos.
Saudades, querida!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

A "Loirinha do Sertão" – por Pedro Esmeraldo

Antonio Ferreira Mandaçaia era um senhor aloirado, nem rico e nem pobre. Era controlado em seu trabalho, no ramo agropecuário. Habitava numa fazenda situada no rústico sertão nordestino. Na sua atividade, predominava a criação de gado bovino e uma agricultura rudimentar, baseada na cultura de grãos que servia para complementar o custeio de sua fazenda com cerca de 200 hectares. Sua propriedade, cortada pelo riacho, era por isso favorecida pois tal benefício reforçava a aquisição de produtos ardilosos que facilitava o bom desempenho do plantio agrícola.

Antonio Ferreira Mandaçaia era alegre, tinha de cerca de 1,75m. de altura, o que o elevava como um cidadão eficiente, o que facilitava vencer suas dificuldades no trabalho e a péssimas situação climática, que, vez por outra, aparece na região Nordeste. Além da criação de gado bovino, seu Antonio se esforçava para a criação de outros animais da raça caprina, a qual era adaptada na nossa região e, por isso, facilmente vendável.

Seu Mandaçaia não perdia a esperança e procurava estender-se a toda sorte de cultura favorecida ao meio-ambiente seco do clima semiárido nordestino.
Era valente, corajoso e enfrentava situações com bravura. Não perdia oportunidades, aproveitava todas as neblinas que surgiam no meio do tempo. Por isso era bem sucedido na sua colheita, já que conseguia um melhor preço em tempo hábil, auxiliado pela lei da oferta e da procura.

Pai de uma filha loira, linda, que praticava todas as manhãs a equitação, a arte do esporte na sela. Seu pai tinha o maior prazer de adquirir bons cavalos tipo manga-larga para satisfazer o desejo da filha, chamada Sandra.
Essa menina desde seis anos possuía o apelido de “Loirinha do Sertão”, porque lá só havia ela com esta característica. Loirinha costumava cavalgar nas estradas da fazenda, junto com sua companheira de estudos, Rita Maria, filha do capataz e muito amigo do seu pai.
Quando as duas completaram 16 anos tiveram de se deslocar até a capital do Estado a fim de prestar exame vestibular para medicina, um desejo de ambas. Permaneceram as duas na capital até suas formaturas em medicina, voltando para casa somente após o término dos seus estudos. Eram umas meninas equilibradas e estudiosas. Forçaram a barra, procuraram adaptar-se emocionalmente ao meio no intuito de se qualificarem para exercer com precisão o seu trabalho.

Quando estavam fora de casa, comeram o pão que o diabo amassou, já que os pais não muito ricos, tiveram de controlar as despesas enviando somente o necessário para a sua manutenção escolar. Mas as duas souberam compreendera situação e ajudaram o pai a manter a economia, deixando-o à vontade para que enviasse o mínimo possível de acordo com a suas possibilidades.

As duas foram coerentes, souberam suportar com dignidade a dificuldade dos pais e respondiam com bom procedimento estudantil, deixando os pais totalmente enaltecidos e conformados pelo bom proveito das filhas.
Está aí um exemplo de compreensão mútua que toda a juventude deveria seguir, pois se a maioria dos estudantes assim fizesse, o Brasil estaria numa situação bem elevada de dignidade moral, e seria um bom mostruário de trabalho para juventude desqualificada que prefere entregar-se ao vício da droga e da ociosidade.a Mandaçaia era um senhor aloirado, nem rico e nem pobre. Era controlado em seu trabalho, no ramo agropecuário. Habitava numa fazenda situada no rústico sertão nordestino. Na sua atividade, predominava a criação de gado bovino e uma agricultura rudimentar, baseada na cultura de grãos que servia para complementar o custeio de sua fazenda com cerca de 200 hectares. Sua propriedade, cortada pelo riacho, era por isso favorecida pois tal benefício reforçava a aquisição de produtos ardilosos que facilitava o bom desempenho do plantio agrícola.


Antonio Ferreira Mandaçaia era alegre, tinha de cerca de 1,75m. de altura, o que o elevava como um cidadão eficiente, o que facilitava vencer suas dificuldades no trabalho e a péssimas situação climática, que, vez por outra, aparece na região Nordeste. Além da criação de gado bovino, seu Antonio se esforçava para a criação de outros animais da raça caprina, a qual era adaptada na nossa região e, por isso, facilmente vendável.

Seu Mandaçaia não perdia a esperança e procurava estender-se a toda sorte de cultura favorecida ao meio-ambiente seco do clima semiárido nordestino.
Era valente, corajoso e enfrentava situações com bravura. Não perdia oportunidades, aproveitava todas as neblinas que surgiam no meio do tempo. Por isso era bem sucedido na sua colheita, já que conseguia um melhor preço em tempo hábil, auxiliado pela lei da oferta e da procura.

Pai de uma filha loira, linda, que praticava todas as manhãs a equitação, a arte do esporte na sela. Seu pai tinha o maior prazer de adquirir bons cavalos tipo manga-larga para satisfazer o desejo da filha, chamada Sandra.
Essa menina desde seis anos possuía o apelido de “Loirinha do Sertão”, porque lá só havia ela com esta característica. Loirinha costumava cavalgar nas estradas da fazenda, junto com sua companheira de estudos, Rita Maria, filha do capataz e muito amigo do seu pai.

Quando as duas completaram 16 anos tiveram de se deslocar até a capital do Estado a fim de prestar exame vestibular para medicina, um desejo de ambas. Permaneceram as duas na capital até suas formaturas em medicina, voltando para casa somente após o término dos seus estudos. Eram umas meninas equilibradas e estudiosas. Forçaram a barra, procuraram adaptar-se emocionalmente ao meio no intuito de se qualificarem para exercer com precisão o seu trabalho.


Quando estavam fora de casa, comeram o pão que o diabo amassou, já que os pais não muito ricos, tiveram de controlar as despesas enviando somente o necessário para a sua manutenção escolar. Mas as duas souberam compreendera situação e ajudaram o pai a manter a economia, deixando-o à vontade para que enviasse o mínimo possível de acordo com a suas possibilidades.

As duas foram coerentes, souberam suportar com dignidade a dificuldade dos pais e respondiam com bom procedimento estudantil, deixando os pais totalmente enaltecidos e conformados pelo bom proveito das filhas.


Está aí um exemplo de compreensão mútua que toda a juventude deveria seguir, pois se a maioria dos estudantes assim fizesse, o Brasil estaria numa situação bem elevada de dignidade moral, e seria um bom mostruário de trabalho para juventude desqualificada que prefere entregar-se ao vício da droga e da ociosidade
.

Por Pedro Esmeraldo

Aprendi... (Arthur da Távola)

"... Aprendi, outro dia que perdoar
é a junção de " per " com "doar".

Doar é mais do que dar.
Doar é a entrega total do outro.
O prefixo "per" que tem várias acepções,
indica movimento no sentido "de"
ou em "direção" a ou "através"
ou "para" etimologicamente falando,
portanto, perdoar, quer dizer doar ao outro
a possibilidade de que ele possa amar,
possa doar-se.
Não apenas quem perdoa que se
"doa através do outro".
Perdoar implica abrir possibilidades de
amor para quem foi perdoado,
através da doação oferecida
por quem foi agravado.
Perdoar é a única forma de facilitar
ao outro a própria salvação.

Doar é mais do que dar: é a entrega total ...

Perdoar é doar o amor,
é permitir que a pessoa objeto do perdão
possa também devolver um amor que,
até então, só negara ...

SAUDADE ......por Rosa Guerrera


Quando lembro você
tudo fica triste .
A própria natureza
perde toda a razão de ser!

E eu esqueço todos os beijos
que recebí ontem,
os carinhos,
as promessas escutadas
já não possuem nenhum valor para mim.
Só você me aparece nítido,
vivo, brilhante em meu coração.

Quando lembro você
sinto saudade de tudo.
Saudade da minha infância,
do meu primeiro abraço,
do primeiro beijo,
do primeiro pecado.

E na impaciência
das noites vazias ,
eu me entrego a essa saudade contínua
que insiste ,
que se debate ,
que implora
para ficar com você !

Lúcio Alves por Norma Hauer



Ele nasceu no dia 28 de janeiro de 1927,em Cataguases-MG, mas apenas com 7 anos já estava no Rio .
Nessa época já tocava violão, que aprendera com o pai, integrante da Banda de Guataguases.

Seu nome Lúcio Cinbelli Alves, que ficou conhecido como LÚCIO ALVES.

Fez parte, ainda com 14 anos, do grupo "Namorados da Lua", que se apresentava nos Cassinos Copacabana e Urca.

No Teatro República, cantando "Nós os Carecas" venceu um concurso de carnaval e
foi ainda premiado no programa de calouros de Ary Barroso, sendo, assim, convidado para atuar na Rádio Tupi.

Nessa época, com Haroldo Barbosa teve seu samba "De Conversa em Conversa", gravado por Isaurinha Garcia, obtendo seu primeiro grande sucesso.

Vários outros compositores deram sucessos para Lúcio Alves, como Caymmi; Dolores Duran; Alcyr Pires Vermelho;até Flávio Cavalcanti, co-oautor de "Manias", um samba que marcou sua carreira.

Em 1947 o grupo se desfês e sozinho passou a ser mais conhecido, obtendo, no decorrer de sua vida, inúmeros sucessos, como "Manias"; "Solidão" (versão do bolero Sim`Palabras"); "Bolinha de Papel"; "Nunca Mais";"Sábado em Copabcabana"; "Na Paz do Senhor"; "Tereza da Praia";"Nova Ilusão" e seu maior sucesso :"Valsa de Uma Cidade".

Nos anos 60, 70 fez parte das produções da TV Educativa, onde liderou um programa de entrevistas que, em, 1972, entrevistou Carlos Galhardo, ao lado de Nássara e Luiz Cláudio.

Gravou vários LPs, um de músicas só com nomes de mulhjeres,: "Rosa";"Carolina";"Maria": "Januária" e outros.

Em 1978 fez parte do Projeto Pixinguinha, ao lado de Doris Monteiro.
Em 1988 lançou outro LP denominado "Há Sempre um Nome de Mulher", em benefício do programa nacional de aleitamento, patrocinado pelo Banco do Brasil.

Lúcio Alves faleceu em 3 de agosto de 1993, aos 66 anos.
por Norma Hauer

David Nasser - por Norma Hauer



Iniciando o ano novo de 1917, nasceu em Jaú,no interior de São Paulo , o jornalista e compositor David Nasser.

Ainda muito criança, mudou-se com sua família para São Paulo, viveu algum tempo em Mato Grosso e em 1935 já se encontrava no Rio, onde exerceu a função de jornalita no jornal "O Globo".

Mais tarde ingressou em "O Jornal", no "Diário da Noite e em "O Cruzeiro".

Como jornalista gostava de explorar as desavenças alheias numa verdadeira imprensa marrom.

Nessa posição, explorou dois casos rumurosos acontecidos com artistas conhecidos: o de Herivelto Martins com Dalva de Oliveira e o de Franscisco Alves , em relação a seus filhos. Pura "imprensa marrom".

Como compositor, teve sucesso logo em seu primeiro samba, composto em 1935, mas só gravado, por Aracy de Almeida, em 1939:"Chorei, Quando o Dia Clareou".

Daí partiu para "Canta Brasil"; "Minha Sombra"; Todo Mundo Reclama"; Camisola do Dia", Algodão"; "Mãe Maria"; "Coroa do Rei"; "A Mulher e a Rosa"; "Confete" e inúmeras outras música, quase sempre sucesso.

Gravou com todos os cantores famosos em sua época e fez parceria com quase todos os compositores, mas só vou destacar aqui a valsa "Exilado", lindíssima, gravada por Carlos Galhardo e feita em parceria com o compositor russo Georges Moran.

David Nasser faleceu em 10 de dezembro de 1980, aos 63 anos.
por Norma Hauer

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

SOBRE O AMOR - Ulisses Germano

                        SOBRE O AMOR
                              (Ulisses Germano)
No amor não há espaço nem tempo
é a quintessência do sentimento
a eterna metáfora da flor
que exala o cheiro
pra quem afaga ou esmaga
a pele de suas pétalas

No Universo profundo
das metáforas poéticas
Aprendi que para aprender
o que é o amor é preciso
antes saber o que não é amor

P.S "O oposto do amor não é o ódio, mas a indiferença" Erico Veríssimo

HOJE É ANIVERSÁRIO DE JOSENIR LACERDA - A DAMA DOS VERSOS ENCANTADOS DO SERTÃO



JOSENIR LACERDA É HOJE SÍMBOLO DE RESISTÊNCIA EM DEFESA DO CORDEL E DA CIDADE DO CRATO

Poesia no Andar todas às quartas



Foto de André Duarte Pinheiro

Posted by Picasa

"Nos ombros do destino" - romance do escritor Geraldo Ananias





Linda festa!
Tudo perfeito: espaço, música,falas , presença relevante da classe literária,amantes da leitura, amigos!
Agradecemos a administração do Restaurante "Quatro Estações", que nos emprestou sua elegância, aconchego e distinção.
Estamos felizes com o seu sucesso, Geraldo!





domingo, 15 de janeiro de 2012

BULE BULE E O CRATO - Marcos Barreto de Melo



Em evento realizado ontem, encontramo-nos com o poeta BULE BULE e falamos de sua recente visita ao Crato. Observem a camisa com a qual ele se apresentou.

Meus sonhos - Por José de Arimatéa dos Santos

Foto: José de Arimatéa dos Santos
Caminho na trilha
Em busca dos meus sonhos!
Sei que a caminhada é cheia de armadilhas
E estou certo desses descaminhos

Não tenho medo do amanhã
A força para lutar está comigo
E certamente a vitória virá no meu afã
Por melhores dias e o tempo é meu amigo

Certo estou da realização dos meus sonhos
Que a cada dia reforça no meu coração
A capacidade de se renovar sempre
Consciente que minhas verdades prevalecerão

Sonhos infinitos que me completam
E transformam tudo
De uma forma que bastam
Somente sentimentos cheios de amor na sua plenitude

Na Rádio Azul


'Seu" Lunga responde ... - colaboração de Altina Siebra


PARA DESCONTRAIR... Tolerância zero!

"Seu" Lunga foi ourives em Juazeiro do Norte, Ceará, vendedor de sucatas, pai de 13 filhos, quase analfabeto.

Candidatou-se uma vez a vereador e perdeu. Ganhou fama pela língua solta e afiada.

-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-..

"Seu" Lunga descansava na rede. Mandou o sobrinho trazer-lhe um pouco de leite.

O garoto pergunta: - No copo?

Ele responde: - Não. Bota no chão e vem empurrando com o rodo, fio de rapariga!!!

****************************************************************************

O funcionário do banco veio avisar:

- "Seu" Lunga, a promissória venceu.

- Meu filho, por mim podia ter perdido ou empatado. Não torço por nenhuma promissória.

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"Seu Lunga", no elevador (no subsolo-garagem).

Alguém pergunta: - Sobe?

Ele: - Não, esse elevador anda de lado.

******************************************************************

"Seu" Lunga vai saindo da farmácia, quando alguém pergunta:

- Tá doente?

- Ele: Por quê? Quer dizer que se eu fosse saindo do cemitério, eu tava morto?

****************************************************************

"Seu" Lunga dava uma tremenda surra no filho e o menino gritava:

- Tá bom, pai! Tá bom, pai! Tá bom, pai!

- Tá bom, é? Quando tiver ruim, você me avisa, que eu paro.

***************************************************************

O amigo de "seu" Lunga o cumprimenta:

- Olá, tá sumido! Por onde tem andado?

- Pelo chão, não aprendi a voar ainda...

******************************************************************

Na década de 70, "seu" Lunga chega num bar e fala pro atendente:

- Traz uma cerveja e bota o disco de Luiz Gonzaga pra eu ouvir!

- Desculpe, "seu" Lunga, não posso botar música hoje...

- Mas por quê?

- Meu tio morreu!

- Ah, sei, e ele levou os discos, foi?

**************************************************************

Durante a madrugada, a mulher do "seu" Lunga passa mal:

- Lunga! Tá me dando uma coisa...

- Receba!

- Mas é uma coisa ruim!

- Então devolva!

**************************************************************

"Seu" Lunga entrando em uma loja especializada.

-Tem veneno pra rato?

-Tem! Vai levar? - pergunta o balconista.

-Não, vou trazer os ratos pra comer aqui! - responde seu Lunga.

*******************************************************

O telefone toca. "Seu" Lunga:

- Alô!

- Bom dia! Quem está falando?

- Você!

Por Corujinha Baiana


O Pio da Coruja

- Cortou as unhas ? Ainda bem !
Quanto aos anéís...
eles não são necessários.
O cavanhaque ... está fora de moda.

- Dentes amarelos?
É só escová-los três vezes ao dia
com um bom dentifrício,
e o hálito terá um aroma de flores.

- Está renovando o seu harém?
Ótimo!É bom sair da rotina !

- As lagartixas se foram ?
Que seja um besouro ...
"Quem não tem cão, caça com gato".

- Lá se foi o esquilo ?
Peça a ele para trazer de volta a sua "muda".
Diga-lhe que você se arrependeu,
e precisa dela.

- Deu a louca na floresta,
e é tarde na noite do poeta?
- Ouça o pio da coruja!

- Passe esmalte nas unhas ...
uma leve embriaguês, e elas ficarão mais bonitas.

Aí, então você verá
que a Mentira dará lugar à Fantasia.


Chegou o grande dia!



Temos um encontro marcado com o escritor GERALDO ANANIAS.
15.01.2012, A PARTIR DE  20 H, NO RESTAURANTE "QUATRO ESTAÇÕES"

A  GENTE SE ENCONTRA !

sábado, 14 de janeiro de 2012

Rosa Luxemburgo


Rosa Luxemburgo, em polaco Róża Luksemburg (Zamość, 5 de março de 1871 — Berlim, 15 de janeiro de 1919), foi uma filósofa e economista marxista judeu-polaca naturalizada alemã. Tornou-se mundialmente conhecida pela militância revolucionária ligada à Social-Democracia do Reino da Polônia e Lituânia (SDKP), ao Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD) e ao Partido Social-Democrata Independente da Alemanha (USPD). Participou da fundação do grupo de tendência marxista do SPD, que viria a se tornar mais tarde o Partido Comunista da Alemanha (KPD).

Em 1914, após o SPD apoiar a participação alemã na Primeira Guerra Mundial, Luxemburgo fundou, ao lado de Karl Liebknecht, a Liga Espartaquista. Em 1° de janeiro de 1919, a Liga transformou-se no KPD. Em novembro de 1918, durante a Revolução Espartaquista, ela fundou o jornal Die Rote Fahne (A Bandeira Vermelha), para dar suporte aos ideais da Liga.

Luxemburgo considerou o levante espartaquista de janeiro de 1919 em Berlim como um grande erro. Entretanto, ela apoiaria a insurreição que Liebknecht iniciou sem seu conhecimento. Quando a revolta foi esmagada pelas Freikorps, milícias de direita composta por veteranos da Primeira Guerra que defendiam a República de Weimar, Luxemburgo, Liebknecht e centenas de seus adeptos foram presos, espancados e assassinados sem direito a julgamento. Desde suas mortes, Luxemburgo e Liebknecht atingiram o status de mártires tanto para marxistas quanto para social-democratas.

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