por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 24 de outubro de 2020

"PÉROLA" - José Nilton Mariano Saraiva

 Qualquer brasileiro com um mínimo de conhecimento sabe (ou deveria saber) que o SUS (Sistema Único de Saúde), surgiu em 1988, quando foi promulgada a nova Constituição da República Federativa do Brasil.

E que, desde então, passou a oferecer a todo cidadão brasileiro (principalmente aos “periféricos” menos favorecidos) acesso integral e gratuito a serviços de saúde (que vão de simplórios atendimentos ambulatoriais a atendimentos de altíssima complexidade) sendo hoje considerado e reconhecido mundialmente como um dos melhores sistemas de saúde públicos de todo o mundo (beneficia 180 milhões de brasileiros e realiza cerca de 2,8 bilhões de atendimentos/ano).

Pois bem, dias atrás o general Eduardo Pazuello, que “está” Ministro da Saúde do governo do “traste”, surpreendeu metade do mundo e a outra banda ao admitir, sem nenhum constrangimento e com a cara mais lisa do mundo, que não conhecia o SUS e que só agora estava tendo conhecimento sobre.

O despreparo do ilustre general parece ser a tônica da cambada de generais que foram colocados em posições chaves do governo do “traste”, daí o tratamento pouco respeitoso para com os próprios, por parte do também despreparado Presidente da República, que se refletiu na desautorização/humilhação pública de uma decisão do Ministro da Saúde, dias atrás, no tocante à compra de vacinas contra a Covid 19.

E o pior é que, após a humilhação impingida, fez questão de visitar o subordinado no leito hospitalar (fora abatido pela Covid 19) quando tratou de lembrar-lhe, ante os holofotes da mídia, ser seu superior hierárquico e merecedor, pois, de obediência.

No que foi de pronto atendido, quando o patético general soltou essa pérola: Senhores, é simples assim; um manda e o outro obedece!”.

Um retrato emblemático e fiel de tudo isso está contido na página 1898 do Dicionário Houaiss, a saber:

MERCENÁRIO: que é assoldadado, que trabalha ou serve por um preço ou soldo ajustado; que age ou trabalha apenas por interesse financeiro, por dinheiro ou algo que represente vantagens materiais; interesseiro, venal; soldado ou oficial que, em troca de soldo, serve em um exército estrangeiro”.  

O triste nessa história toda é constatar que atualmente o governo está repleto de generais de pijama mercenários, que se sujeitam passivamente à incompetência de uma figura comprovadamente desequilibrada.

Onde vamos parar ???



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