por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 17 de novembro de 2018

MÉDICOS DE CUBA (Ricardo Gondim Freire)

“Mastigadinho” pra explicar para os que tem dificuldade e que não entendem o que é o socialismo: em Cuba, a medicina NÃO É uma profissão liberal. Não tem médico trabalhando por conta própria, não tem médico abrindo clínica, não tem médico em hospital particular. Todo hospital cubano é PÚBLICO, é DE GRAÇA, e TODOS os médicos cubanos são FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS.

Portanto, o Brasil não paga "salário" aos médicos cubanos. Não existe essa porra de "pagar salário integral" que o Bolsonaro diz. O Brasil paga uma MENSALIDADE à Organização Panamericana de Saúde, um órgão transnacional que media a permanência dos médicos cubanos aqui, pra que aqui eles sigam trabalhando. A OPAS recebe essa quantia do governo brasileiro, repassa para o Ministério da Saúde Pública de Cuba, do qual TODOS os médicos são funcionários, e daí uma parte desse monte vira imposto, e uma parte compõe o pagamento dos médicos.

"Ah mas são 11 mil reais e o médico ganha só 4". Claro, porque esta porra NÃO é salário deles. Desses 11 mil reais, a maior parte é imposto, que volta pra Cuba pra bancar inclusive UNIVERSIDADE, formação de mais estudantes de medicina. Lá ninguém paga mensalidade, não existe faculdade Estácio de Sá em Cuba!

O Bolsonaro não tava tentando melhorar nada pros médicos (até porque ele caga solenemente pra eles), ele estava tentando aplicar a lógica de trabalho capitalista a um funcionário de um governo socialista. Fazer os médicos cubanos abandonarem o país que os formou, alimentou, ensinou, tudo DE GRAÇA, e ao qual eles servem, em troca de trabalhar aqui como funcionário brasileiro. É óbvio que isso não ia dar certo, é óbvio que não seria aceito, nem pelo governo nem pelos profissionais, que continuam não sendo empregados do Brasil, mas do ministério da saúde CUBANO.

O percentual que fica com o governo é pra reinvestir na formação de novos médicos , e não pra “COMER GENTE”! Da pra entender?



Nenhum comentário: