por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 14 de maio de 2016

O "VOO DO ELEFANTE" - José Nilton Mariano Saraiva



O “VÔO DO ELEFANTE” – José Nilton Mariano Saraiva
Os que assistiram à sessão em que os senadores da república (muitos “fichas sujas”, envolvidos em denúncias de corrupção e falcatruas) decidiram pelo impeachment da Presidenta “Ficha-Limpa” Dilma Rousseff, certamente viram e ouviram quando o senador Humberto Costa questionou o Presidente do Senado Federal sobre algo extremamente grave, mas que a nossa corrupta imprensa ignorou por completo (no dia seguinte não houve nenhuma menção sobre, nos jornalões da vida): se era verdade a notícia de que, dias atrás, o senador tucano Aécio Neves houvera solicitado e removido das dependências do Senado Federal, para análise, 25 (vinte e cinco) caixas de documentos da Lavajato que continham acusações contra ele (alguém sabia que os documentos da Lavajato são guardados nas dependências do Congresso ???).
De pronto, o Presidente do Senado, Renan Calheiros, tecendo loas à democracia, confirmou a notícia, só que com uma “pequena-grande” correção: sim, Aécio Neves houvera retirado não 25, mas 40 caixas com documentos que o citavam, ao tempo em que pontuava que qualquer um dos políticos ali presentes poderiam fazê-lo, se assim achasse necessário, já que são centenas de caixas (de políticos vários).
Pego no flagra, o “playboy do Leblon” (Aécio Neves) pediu a palavra para tentar “limpar a barra”, afirmando que aquela era uma ótima oportunidade para se provar o valor da democracia, que nada tinha a esconder e, enfim, que estava exercendo um direito (alguém acredita que se o senador Humberto Costa não houvesse trazido á baila tão grave acusação, o playboy do Leblon a ela se referiria ???).
Fato é que, dois dias depois, o (suspeito e parcial) ministro Gilmar Mendes, que houvera acolhido uma denúncia da Procuradoria Geral da República contra o ”playboy do Leblon” (Aécio Neves), resolveu devolver citada denúncia às pressas para aquela Procuradoria, recomendando um reexame detalhado da questão. Aqui pra nós (e de novo), alguém acredita que tal denúncia voltará ao Supremo e o “playboy do Leblon” enfim será penalizado ??? Mais fácil o mar secar, galinha criar dentes, ou um elefante voar.
O que se estranha nisso tudo é que, quando o presidente em exercício da Câmara Federal, Valdir Maranhão, sob enorme pressão, desfez o que tinha feito (anular sua decisão de anular a sessão que houvera autorizado o impeachment da Presidenta Dilma Rousseff), a mídia caiu de pau sobre o próprio, acusando-o de despreparado, analfabeto e outras delicadezas, findando por exigir sua renúncia, ou que seja substituído (até aqui ele resiste).
Pois bem, Gilmar Mendes também o fez e nadica de nada foi ventilado; ninguém o questionou sobre, ou exigiu que fosse substituído, embora o “modus operandi” haja sido o mesmo utilizado pelo Deputado Maranhão (de novo: mais fácil o mar secar, galinha criar dentes, ou um elefante voar).
Até quando os demais integrantes dos Supremo Tribunal Federal vão permitir que um juiz partidário e sem escrúpulos continue a manchar a reputação da corte maior do país ??? 

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