por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



terça-feira, 14 de outubro de 2014

A GINCANA REPUBLICANA DO MERITOSO CANDIDATO - José do Vale Pinheiro Feitosa

Ei você ai!

É!

Você mesmo!

Sabe tudo que você fez? Ralou no trabalho enquanto estudava. Pagou caro o curso superior. Virou noite para fazer uma “pós”?

Fez concurso com pesada concorrência? Foi aprovado e assumiu numa cidade diferente da que vivia? Que rala no trabalho, faz curso e tem muito cuidado com o seu papel e sua função? Inclusive aquela nomeação para um cargo de chefia?

Isso é meritocracia. Pelo menos no sentido funcional. Agora olhe a seguir a história de um garoto que como muitos “amava os Beatles e o Rolling Stones...”

Brincadeirinha. Nunca foi ao Vietnã. Viveu no conforto da família e por ela foi alçado ao “mérito”.
Papai virou deputado federal.

Lá em Brasília. Com 17 anos, o filhinho meritoso assumiu como secretário do gabinete parlamentar do papai. Papai fora eleito pela Arena. Lembram dela?

São quatro anos de mandato. O meritório, para ser meritocrata, precisava estudar.

E com muito sacrifício usava o teletransporte da Interprise para cumprir o expediente na Câmara em Brasília, enquanto fazia faculdade no Rio de Janeiro.

Menino aplicado terminou o curso.

Vovô é eleito Governador. Agora com um canudo na mão, aos 23 anos é nomeado como assessor do vovozinho. Nem a velha experiência de Vovô poderia dispensar os méritos do jovem netinho. 
  
Vovô é eleito, por eleição indireta, Presidente da República. Netinho carrega a pasta pesada de vovô, aparece na mídia e é uma das caras da morte precedente ao cargo para festa da mídia nacional. Antonio Brito, jornalista da Globo, suou para não perder a vez.  

O vice de vovô assume e num gesto de mérito nomeia o netinho, aos 25 anos, Diretor da Caixa Econômica Federal. E olhem que beleza de ato:

Ministério da Fazenda
Decreto de 14 de maio de 1985
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, de acordo com o artigo 11 do Estatuto da Caixa Econômica Federal, aprovado pelo Decreto nº 81.171, de 3.1.78, RESOLVE
NOMEAR o Dr. Aécio Neves da Cunha Diretor da Caixa Econômica Federal.
Brasília, 14 de maio de 1985, 164º da Independência e 97º da República.
                                                                                                           JOSÉ SARNEY
Francisco Neves Dornelles.

A segunda assinatura é do então Ministro da Fazenda do qual a Caixa Econômica se subordinava.

É priminho do netinho meritoso: AÉCIO NEVES DA CUNHA.    

2 comentários:

jose nilton mariano saraiva disse...

Definitivamente, a trajetória do referido senhor não é das mais edificantes; sempre à sombra do poder-familiar (papai, titio, vovô e por aí vai. Onde a meritocracia ???

José do Vale Pinheiro Feitosa disse...

Nilton, só para termos certeza de quem estamos falando. Quando Diretor da Caixa, no mesmo governo Sarney, Aécio, aos 25 anos ganhou a concessão de uma rádio. E agora se recusa a dizer quanto do dinheiro do povo de minas pôs na empresas de comunicação dele e da família.