por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quinta-feira, 11 de julho de 2013

Agora, o "Judiciário" - José Nilton Mariano Saraiva

As recentes manifestações que abalaram a República, sem que tenha sido possível identificar seus idealizadores (porquanto geradas nas redes sociais) tinham destinatário certo e endereço conhecido: a classe política, no Legislativo e Executivo, em Brasília. 
Fato é que a grita sobre a corrupção na esfera política ecoou tão fortemente nas ruas que, ao pressentirem a gravidade da situação, de pronto os Deputados e Senadores “lembraram” de um sem número de projetos que dormitavam nas gavetas e escaninhos da vida. E aí, tivemos algo inusitado: “suas excelências” participando de reuniões plenárias, grupos de trabalho, comissões disso e daquilo, e isso durante os cinco dias úteis da semana, quando o “normal” para eles - e só para eles – era comparecer ao expediente somente as terças e quartas-feiras (viajam na quinta e retornam a Brasília na segunda). 
O Executivo, por sua vez, igualmente acusou o golpe, tanto que a presidenta Dilma Rousseff se valeu da TV para sugerir, em cadeia nacional, a realização de um plebiscito objetivando uma reforma política (hoje, baixada a poeira, os congressistas já boicotaram a iniciativa presidencial). 

Estranhamente, entretanto, o outro poder constituído, o "Judiciário", não foi sequer lembrado. E o nosso Judiciário definitivamente não é flor que se cheire, tantas são as decisões em favor de uma casta de privilegiados, e em desfavor dos menos favorecidos.  Só dois fatos ilustrativos, por falta de espaço: 1) em Brasília, por falcatruas, num mesmo dia o banqueiro Daniel Dantas é trancafiado duas vezes por determinação do Juiz Federal Fausto de Sanctis; de pronto (em ambas), o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, atropelando os ritos processuais, manda soltá-lo (antes, o banqueiro já houvera confidenciado aos advogados que não se preocupassem com os tribunais superiores, porquanto lá ele resolvia); 2) em Fortaleza, o ex-presidente do BNB, Byron Queiroz, é “agraciado” pela Justiça Federal com três condenações (14 anos de prisão, em todas elas) em razão das portentosas e comprovadas fraudes quando geria o BNB; apela ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região, em Recife-PE, onde é absolvido POR UNANIMIDADE.  
Partindo do pressuposto de que Juízes Federais embasam suas decisões em provas robustas e consistentes, salta à vista que por trás de tais anomalias se escondem corruptores e corrompidos por excelência.  
Assim, urge que os holofotes sejam direcionados ao “Judiciário”. Tentemos abrir essa caixa-preta. 

Nenhum comentário: