por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sexta-feira, 5 de abril de 2013

A "metamorfose" do Felipão - José Nilton Mariano Saraiva



Numa época em que o futebol brasileiro andava de “crista baixa” e com perspectiva real de não participar de uma Copa do Mundo pela primeira vez na história (tal o descalabro reinante), às pressas convocaram, visando “arrumar a casa”, o treinador Luiz Felipe Scolari, então brilhando num dos grandes clubes de São Paulo. E aí ele chegou mostrando ter “luz própria”, objetivos definidos e tal, porquanto, mesmo sob enorme pressão da torcida brasileira e, especialmente, da crônica esportiva, não convocou o idolatrado (mas indisciplinado) jogador Romário. Foi um Deus nos acuda que só cessou quando o time começou a ganhar, findando por se sagrar mais uma vez campeão do mundo.
Ao tempo em que resgatou o respeito do mundo futebolístico pela nossa seleção, Felipão viu-se guindado à condição de top de linha, de estrategista genial, ícone de uma nova era; tanto que sua carreira deu uma alavancada fulminante e ele foi parar “nas Oropa”, onde dirigiu a seleção portuguesa, o respeitável time inglês do Chelsea e até milionários times da Rússia; voltou “podre de rico” e... repaginado.
“Repaginação” que se mostrou decepcionante agora, quando, novamente chamado às pressas para, de novo “arrumar a casa”, se nos apresentou cheio de conivências, de conveniências, de invencionices e de uma maleabilidade que outrora não possuía;  assim, desde que reassumiu não teve a coragem devida pra sequer substituir o “bibelozinho de luxo”, a nova coqueluche da imprensa esportiva (aquele que a TV Globo já decretou ser o único craque do time), o improdutivo e doméstico jogador Neymar, que quando tem pela frente os europeus “se caga todo”, treme mais que vara verde, vira uma peça absolutamente nula (mas, atenção: no próximo jogo enfrentaremos o “índios” da Bolívia e então tal jogador deitará e rolará, de sorte que, hipocritamente, a imprensa no dia seguinte o vangloriará e o elevará à condição de salvador da pátria); no mais e como que pra provar que a metamorfose foi impressionante e pra valer, o Felipão resolveu convocar para a seleção um goleiro que não é nem reserva do reserva do reserva do seu time (ou seja, é o quarto goleiro); só que é jogador do defensivo time do Corinthians, verdadeiro representante do anti-futebol, do futebol de resultados, e que tem à retaguarda uma cambada de grandes empresários sem escrúpulos e que não se importam em jogar sujo, desde que os fins, nem sempre nobres, sejam alcançados.
A dúvida é: será que até a Copa do Mundo o treinador Felipão se reciclará ??? Se não o fizer, estaremos ferrados.
Definitivamente. Sem choro e nem vela.

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