por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Os "Fábio Júnior" que não são "Júnior" - José Nilton Mariano Saraiva

O uruguaio Mazurkiewicz, sem favor nenhum um dos grandes goleiros do mundo (juntamente com o russo Yashin, conhecido por “Aranha Negra” em razão de usar chuteiras, meões, calção, camisa e boné impecavelmente pretos e que pegava “até pensamento”), merece a homenagem que o pai-torcedor lhe prestou, ao batizar o filho com o seu nome. Só que a homenagem saiu um tanto quanto “truncada” (para não dizer “atrapalhada”), já que Mazurkiewicz transformou-se em Mazuquiebe, conforme nos relata com a competência de sempre o Zé do Vale. Isso, no entanto, não deslustra ou invalida a intenção original. O ídolo foi reverenciado, sim.
Lamentável é que a televisão brasileira e a imprensa tupiniquim, ao noticiar a sua morte, não tenham mostrado ou se referido às suas portentosas defesas ou aos verdadeiros milagres operados por Mazurkiewick embaixo das traves, mas, sim, haja priorizado o vídeo e feito comentários sobre duas “presumíveis” falhas cometidas pelo próprio, mas que, na realidade, se concretizaram muito mais em razão da genialidade de Pelé, então no auge da sua forma, do que propriamente por erro do grande goleiro: o “drible da vaca” que quase resultou em gol e o “tiro de meta” cobrado pela goleiro e seguido da imediata “devolução” da bola, do meio do campo em direção ao gol. Momentos antológicos do futebol.
Mas, retomando o fio da meada, uma outra homenagem que merece ser citada teve como autora a mãe do jogador Fábio Júnior (hoje defendendo o América Mineiro) e foi revelada pelo próprio, de forma quase que acidental. É que, ao término de mais uma partida pelo Campeonato Brasileiro, o repórter abordou-o para a tradicional entrevista sobre o resultado do jogo, o gol que fizera e coisa e tal e, ao final, respeitosamente resolveu mandar um abraço para o “seu Fábio”. E aí se deu o diálogo esclarecedor: Jogador: Que “seu Fábio” ???”. E o repórter, surpreso: “Ué, seu pai, você não é o Júnior ???”. O jogador, assustado, retomando a palavra: “Tá de brincadeira, o nome do meu pai é Bastião”. O repórter, abismado; “Como, seu nome não é Fábio Júnior ??? E, aí, veio o esclarecimento definitivo: “Não, cara, é que minha mãe é fã de carteirinha do cantor Fábio Júnior e resolveu homenagear ele me dando o mesmo nome”. O repórter, mais tranqüilo, não perdeu a pose:  “Bem, então dê o meu abraço em seu Bastião, ok” ??? Jogador, rindo: Ok.
A curiosidade é que nenhum dos “Fábios” é filho de nenhum “Fábio”, a fim de ter no sobrenome o “Júnior”: enquanto o que “poderia” ter sido o pai (o cantor) se chama Fábio Correa Ayrosa Galvão (nascido em São Paulo em 21.11.1953 e é filho de William), o que “quase” foi seu filho (o jogador), assina Fábio Júnior Pereira (nascido em Minas Gerais em 20.11.1977 e é filho de Sebastião), ainda hoje continuam a exercer competentemente as respectivas profissões, apesar, evidentemente, da acentuada diferença de idades: nasceram no mesmo mês (11), quase no mesmo dia (20/21), mas, o ano (quanta diferença): 1953 e 1977. Pensando bem, bem que um poderia ser pai do outro, não ???

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