por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



segunda-feira, 11 de junho de 2012

SILVINO NETO - POR NORMA HAUER


No dia 12 de junho de 1991 faleceu, aqui no Rio de Janeiro, Silvério Silvino Neto, que ficou conhecido apenas como SILVINO NETO.
Ele nasceu em 21 de julho de 1913 em São Paulo.
Ele era um gênio. Criou o que muitos hoje fazem mas não dizem a fonte. Aquilo que Chacrinha dizia:"nada se cria, tudo se copia", é uma verdade sempre.
SILVINO NETO imitava, em seus programas radiofônicos, figuras de nossa política, a tal ponto que ia sempre preso ao terminar seu programa, principalmente antes da Hora do Brasil quando, em plena era de Getúlio Vargas, dizia:"vem aí a hora do espeto". Apesar disso, Getúlio gostava das imitações e, muitas vezes, mandava prendê-lo para que ele o imitasse frente a frente.
Foi também um dos pioneiros a fazer vários personagens sozinho, como a Pimpinela, Seu Acácio e Anestésio.
Era a "Pensão da Pimpinela", era "Pimpinela, Anestésio e o Telefone" e os muitos programas de imitações.
Marcou sua presença atuando no rádio, como humorista, mas também como compositor.
Foi o primeiro a comemorar o dia dos namorados com a bonita "Valsa dos Namorados", gravada por Francisco Alves e, depois, por Carlos Galhardo.
De sua autoria, Orlando Silva gravou "Uma Saudade a Mais, Uma Esperança a Menos", como gravou "O Cristo Redentor é uma medalha pequenina, no rosário imenso da colina. Bonecas delicadas quase todas moreninhas, adornam sua ruas qual um bando de andorinhas".
Silvino Neto escreveu umas bonitas "Cartas Coloridas", que falam de amor", criadas por Carlos Galhardo. Mas antes de tudo ele disse, pela voz de Francisco Alves, que o "Adeus, são cinco letras que choram".

Adeus, adeus, adeus,
Cinco letras que choram
Num soluço de dor.
Adeus, adeus, adeus...
É como fim de uma estrada,
Cortando a encruzilhada
Ponto final de um romance de amor.

Quem parte tem os olhos rasos d'água,
Ao sentir a grande mágoa
Por se despedir de alguém;
Quem fica, também fica chorando,
Com o coração sangrando
Querendo partir também.

O samba "Cinco Letras que Choram" foi cantado por uma multidão que acompanhou a pé, o enterro de Francisco Alves entre a Câmara dos Vereadores e o Cemitério São João Batista.

Silvino Neto faleceu exatamente no Dia dos Namrados e foi ele quem compôs a primeira

VALSA DOS NAMORADOS

Valsa do Amor
Valsa da felicidade
Valsa do adeus,
Valsa da saudade.
Um milhão de valsas,
Embalando os bem amados
Valsa do amor
Valsa dps namorados.

Pelos salões, pelos prados em flor.
Mil namorados em busca do amor.
Pelos caminhos, sorrindo ouvirão.
Em todos os cantos esta canção.
Aos namorados pertence o luar,
Noite de lua convida a sonhar.
Aos namorados pertence o além
E esta valsa também.

Quero destacar ainda que Silvino Neto é pai do ator Paulo Silvino e avô de mais dois atores: Flávio Silvino e João Paulo Silvino.
É uma família de artistas, mas Silvério Silvino Neto era um ator completo, o que não acontece com seu filho e netos.
Flávio sofreu um grave acidente automobilístico que deixou algumas seqüelas.


Norma

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