por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quarta-feira, 21 de março de 2012

Z´É E ZILDA- por Norma Hauer




Quem teráo sido ZÉ E ZILDA ?

Ele era, nada mais, nada menos, que o José Gonçalves, nascido em 6 de janeiro de 1906, aqui no Rio de Janeiro e ela ZILDA GONÇALVES, nascida em 18 de março de 1921.

Ambos formaram a dupla ZÉ E ZILDA.

Casados, desde 1938, formaram uma dupla que começou a atuar na Rádio Transmissora, exatamente onde se conheceram e atuavam com o nome de “Dupla da Harmonia”.

Passando, nesse mesmo ano para a Rádio Cruzeiro do Sul, a dupla foi ali “batizada” por Paulo Roberto de ZÉ E ZILDA. Assim, mantiveram-se juntos até que Zé faleceu, prematuramente, em 10 de outubro de 1954, aos 48 anos.

A partir de 1946, Jorge Veiga gravou, da autoria de ambos, “Caboclo Africano” ; Emilinha Borba: “Nosso Amor”; Marlene , da co-autoria de Adelino Moreira e Zé, o samba “Quebra-Mar”; Orlando Silva, de Zé da Zilda e Marino Pinto fez grande sucesso com “Aos Pés da Cruz”.

Aos pés da Santa Cruz,

Você se ajoelhou

E em nome de Jesus

Um grande amor você jurou;

Jurou mas não cumpriu,

Fingiu e me enganou

P’ra mim você mentiu

P’ra Deus você pecou.

O coração tem razão,

Que a própria razão desconhece

Faz promessas e juras, depois esquece.

Seguindo esse princípio.

Você também prometeu.

Chegou até a jurar um grande amor,

Mas depois esqueceu.



O primeiro sucesso da dupla como cantores foi 'RESSACA"

“Tá todo mundo de ressaca,

Ressaca, ressaca, ressaca”...

O segundo sucesso foi

SACA-ROLHA

As águas vão rolar

Garrafa cheia eu não quero ver sobrar

Eu passo mão na saca saca saca rolha

E bebo até me afogar

Deixa as águas rolar

Se a polícia por isso me prender

Mas na última hora me soltar

Eu pego o saca saca saca rolha

Ninguém me agarra ninguém me agarra

Da autoria de ambos e Waldir Machado

Nesse mesmo ano, com o coro artístico da Odeon, fizeram outro sucesso: ”Império do Samba”.

No ano seguinte, saiu a gravação de “As Águas Continuam”, embora ZÉ já houvesse falecido.

Com o falecimento de Zé, Zilda compôs em sua homenagem, o samba :”Vai, Que Depois Eu Vou” e “Meu Zé” .

Em 1958. outro samba:”Amor, Vem me Buscar”, dela com Ricardo Galeno.

Em 1961 gravou, de Paquito e Romeu Gentil, ainda em homenagem ao Zé, o samba “Vem Amor”.

Ela não se conformou com a morte de Zé mostrando o grande amor que os uniu.

Isso é muito bonito, principalmente tratando-se de dois artistas unidos na vida e hoje na morte.

Assim, ambos merecem nossa Saudade.

Norma Hauer - 19 de mar

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