por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Oração de uma Camponesa de Mal-Mascar - José do Vale Pinheiro Feitosa

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Não consegui a música original e por isso trago a harpa de Luis Bordon de quem muitas famílias tinha um LP com músicas natalinas tocadas em estilo Paraguaio.

Este texto foi escrito a partir de PPS que recebi trazendo uma oração cristã recolhida na África e que se chama Oração de uma Camponesa de Madagascar.


Senhor,

Que me deu o dom das panelas e marmitas

Não posso resumir-me a este corpo faminto,
pois sou o sagrado aos vossos pés.

Não posso rezar no fausto que os homens deram ao vosso altar.

Então, que seja a santa de todas as colheitas,
a fome saciada pelo meu fogão.

Que o vosso amor distribua o calor da chama que acendi
e faça calar a miséria que sufoca os explorados da terra.

Eu tenho as mãos que colhe,
Mas quero também ter a alma que suplanta. .

Quando eu lavar o chão,
lave Senhor o zinabre das guerras que nos consomem.

Quando a comida for posta à nossa mesa,
alimente-nos, Senhor, da liberdade nascida na manjedoura.

É ao divino ser humano que eu sirvo,
servindo à igualdade de todos.

E, finalmente, que meu espírito seja terra, que a terra seja meu cotidiano, que o meu cotidiano seja coletivo, pois fruto da contradição de ser eu e nós; nada mais belo que a contradição do amor; quando nós buscamos fundir nossos corpos; ao invés de nos reduzirmos à fusão de nós; nos multiplicamos no espaço feito eles - (os filhos).

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