Quantas vezes te roguei,
não laves minha xícara
com os teus dedos.
A minha xícara é sensível.
Acostumada somente
aos meus lábios.
Há uma verdade especial entre eles.
Os meus lábios são os responsáveis
pelas fissuras na circunferência dela.
E ela de tanto queimar-lhes a pele
modelou-lhes o bico a tal ponto
que aprendi assobiar.
Há uma mística relação entre eles.
A minha xícara só sossega
quando meus lábios sorvem
o último cafezinho,
aí, então, ela dorme
sobre a estante.
A minha xícara é sagrada.
Os meus lábios o que há de corpo em mim.
não laves minha xícara
com os teus dedos.
A minha xícara é sensível.
Acostumada somente
aos meus lábios.
Há uma verdade especial entre eles.
Os meus lábios são os responsáveis
pelas fissuras na circunferência dela.
E ela de tanto queimar-lhes a pele
modelou-lhes o bico a tal ponto
que aprendi assobiar.
Há uma mística relação entre eles.
A minha xícara só sossega
quando meus lábios sorvem
o último cafezinho,
aí, então, ela dorme
sobre a estante.
A minha xícara é sagrada.
Os meus lábios o que há de corpo em mim.
Um comentário:
"Os meus lábios o que há de corpo em mim"
meu reino por esse verso!
Abraços, poeta!
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