por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



terça-feira, 18 de outubro de 2011

Batucada






Manhã de domingo, na capital cearense. Varanda de uma amiga, na Aldeota. Tristeza com razão ou sem razão... O mar e o sol no mesmo lugar, e o meu coração viajante buscando o amor na canção.
É engraçado como sentimos a vida, antes dos 30 anos... Tudo é presente com uma pressa enorme de futuro, e o maior dos ideais é viver com plenitude, um grande amor.
Chegaram. O namorado da minha amiga e um amigo com o violão nos braços. Veio fazer serenata em pleno meio dia.
Foi servida uma caninha de cabeça, e começaram os bebem- riscos
.Eu que não gosto de cana, naquele dia, também beberiquei, ou fiz de conta que o fazia, quando o violão mostrou sua primeira nota. O violão tremia, e dizia de cara: sou boêmio, e dos bons!
Depois de Luiz Melodia, foi a vez do repertório de Luiz Bonfá. Na sequência, tudo que a gente aprendeu com os pais, os tios, ouvindo rádio, nas festinhas, e nas rodas de viola. Minha memória refrescada e sensível acompanhava todas. Os meus olhos vidrados nas mãos do violeiro, pulavam pros seus olhos de ser esteiro.
Foi paixão à primeira vista, ou à primeira ouvida!
O amor se alimenta de música. Mas a música no coração de um violão vadio faz chorar quem espera a próxima canção.

(socorro moreira)

Nenhum comentário: